LIVRO: OS SEGREDOS DA MENTE MILHONÁRIA
OS SEGREDOS DA MENTE MILIONÁRIA
T. Harv Eker
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Contra-capa:
Se as suas finanças andam na corda bamba, talvez esteja na hora de você
refletir sobre o que T. Harv Eker chama de "o seu modelo de dinheiro"
- um conjunto de crenças que cada um de nós alimenta desde a infância
e que molda o nosso destino financeiro, quase sempre nos levando para uma
situação difícil.
Neste livro, Eker mostra como substituir uma mentalidade destrutiva - que
você talvez nem perceba que tem - pelos "arquivos de riqueza", 17 modos de
pensar e agir que distinguem os ricos das demais pessoas. Alguns desses
princípios fundamentais são:
- Ou você controla o seu dinheiro ou ele controlará você.
- O hábito de administrar as finanças é mais importante do que a quantidade
de dinheiro que você tem.
- A sua motivação para enriquecer é crucial: se ela possui uma raiz negativa,
como o medo, a raiva ou a necessidade de provar algo a si mesmo, o dinheiro
nunca lhe trará felicidade.
- O segredo do sucesso não é tentar evitar os problemas nem se livrar deles,
mas crescer pessoalmente para se tornar maior do que qualquer adversidade.
- Os gastos excessivos têm pouco a ver com o que você está comprando e
tudo a ver com a falta de satisfação na sua vida.
O autor também ensina um método eficiente de administrar o dinheiro.
Você aprenderá a estabelecer sua remuneração pelos resultados que apresenta
e não pelas horas que trabalha. Além disso, saberá como aumentar o seu
patrimônio líquido - a verdadeira medida da riqueza.
A idéia é fazer o seu dinheiro trabalhar para você tanto quanto você trabalha
para ele. Para isso, é necessário poupar e investir em vez de gastar. "Enriquecer
não diz respeito somente a ficar rico em termos financeiros", diz Eker.
"É mais do que isso: trata-se da pessoa que você se torna para alcançar esse objetivo."
ISBN 85-7542-239-1
SEXTANTE 1188575 422397 ___
Orelhas do livro
Orelha esquerda:
"T. Harv Eker desmistifica o motivo pelo
qual algumas pessoas estão destinadas à
riqueza e outras a uma vida de dureza. Se
você quer conhecer as causas fundamentais
do sucesso, leia este livro."
ROBERT G. ALLEN, autor de
O milionário em um minuto
"Hà anos eu acompanho e admiro o trabalho
de Harv Eker. Recomendo este livro a todas as
pessoas que querem aumentar a sua riqueza
financeira, mental e emocional."
JACK CANFIELD, co-autor da série
Histórias para aquecer o coração
Quem nunca se perguntou por que algumas
pessoas precisam suar a camisa para ganhar
dinheiro, enquanto alguns felizardos parecem
enriquecer facilmente? Segundo T. Harv Eker,
isso não ocorre por causa de diferenças de
educação, de inteligência, de talento, de
oportunidades, de métodos de trabalho, de
contatos, de sorte nem, muito menos, como
resultado da escolha de empregos, negócios
ou investimentos.
A resposta, segundo o autor, está no modelo
pessoal de dinheiro que todos nós trazemos
gravado no subconsciente. Para ele, mesmo
quando uma pessoa domina a área em que
atua profissionalmente, se o seu modelo de
dinheiro não estiver programado para um
alto nível de sucesso, ela jamais enriquecerá
- e, se isso acontecer, é possível que logo perca tudo o que conquistou.
Felizmente, ninguém é obrigado a amargar
as conseqüências dessa programação
mental negativa por toda a vida. Neste livro,
Eker apresenta os princípios da mente
milionária, os mesmos que ensina nos seus
seminários e cursos, mostrando que podemos
___
Orelha direita:
nos recondicionar, em termos de
pensamentos e ações, para atingir o sucesso de um
modo tão natural quanto as pessoas ricas.
Na parte 1, aprendemos de que forma as
influências recebidas na infância moldam o
nosso destino financeiro e passamos a
entender também por que as brigas em torno de
dinheiro são tão comuns entre os casais.
Combinando o saber adquirido na prática
com uma linguagem bem-humorada, Eker
nos orienta a identificar as crenças
prejudiciais e a transformá-las para que tenhamos
mais chances de ser bem-sucedidos,
conservar o dinheiro, fazê-lo crescer continuamente
e melhorar os nossos relacionamentos.
Na parte 2, o autor relaciona 17 "arquivos de
riqueza", que expõem a exata diferença entre
o modo de pensar e agir das pessoas ricas e o
daquelas que têm uma mentalidade pobre
ou uma visão de classe média. Cada um
desses arquivos contém sugestões de ação
prática que podem nos ajudar a aumentar
substancialmente os nossos rendimentos e,
quem sabe, até a enriquecer.
O autor
Aplicando os princípios que ensina, T. HARV
EKER conseguiu superar uma penosa fase de
altos e baixos em sua vida e se tornar
milionário em apenas dois anos e meio. Hoje
ele preside a Peak Potentials Training, uma
das mais bem-sucedidas empresas de treinamento pessoal nos Estados Unidos e no
Canadá, responsável pela organização de
seminários e cursos sobre os princípios da
mente milionária que atraem participantes
de todo o mundo. Mais de 250 mil pessoas
já assistiram às suas palestras.
___
Os segredos
da mente
milionária
APRENDA A ENRIQUECER MUDANDO SEUS
CONCEITOS SOBRE O DINHEIRO E ADOTANDO
OS HÁBITOS DAS PESSOAS BEM-SUCEDIDAS
2ª Edição
SEXTANTE
Título original: Secrets ofthe millionaire mind
Copyright © 2005 por Harv Eker
Copyright da tradução © 2006 por GMT Editores Ltda.
Todos os direitos reservados.
tradução
Pedro Jorgensen Junior
preparo de originais
Valéria Inez Prest
revisão
Luis Américo Costa
Sérgio Bellinello Soares
Tereza da Rocha
projeto gráfico e diagramação Valéria Teixeira
capa
Miriam Lerner
fotolitos
RR Donnelley
impressão e acabamento
Yangraf Gráfica e Editora Ltda.
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
E37s Eker, T. Harv
Os segredos da mente milionária / T. Harv Eker;
tradução Pedro Jorgensen Junior. - Rio de Janeiro:
Sextante, 2006.
Tradução de: Secrets of the millionaire mind
ISBN 85-7542-239-1
1. Moedas - Aspectos psicológicos.
2. Milionanios - Psicologia. 3. Ricos - Psicologia.
4. Riqueza Aspectos psicológicos. 5. Capitalistas
e financistas - Psicologia. 6. Sucesso nos negócios
- Aspectos psicológicos. 1. Titulo.
CDD 332.02401
06-2359. CDU 336.74
Todos os direitos reservados, no Brasil, por
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Rua Voluntários da Pátria, 45 - Gr. 1.404 - Botafogo
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E-mail: atendimento@esextante.com.br
www.sextante.com.br
Este livro é dedicado à minha família:
à minha amorosa mulher, Rochelle,
à minha incrível filha, Madison, e ao
meu fantástico filho, Jesse. Sumário
"Quem é, afinal, T. Harv Eker e por que
devo ler este livro?" 9
PARTE 1
O seu modelo de dinheiro 17
PARTE 2
Os arquivos de riqueza 51
Dezessete modos de pensar e agir que distinguem
os ricos das outras pessoas
"E o que eu faço agora?" 172
Agradecimentos 175 "Quem é, afinal, T. Harv Eker e por que devo ler este livro?"
As idéias e os conceitos que apresento neste livro não são por si
mesmos verdadeiros nem falsos, não estão certos nem errados.
Apenas refletem os resultados que obtive em minha carreira e as
conquistas que observei na vida de milhares de alunos meus. Creio
que, aplicando os princípios que descrevo aqui, você transformará a
sua vida. Não se limite a ler este livro. Leve a sério os conceitos e,
depois, faça a sua própria experiência com eles. Guarde o que lhe for
útil e sinta-se à vontade para descartar o que não for.
No que se refere a dinheiro, este livro talvez seja o mais
importante que você terá lido. Sei que essa é uma afirmação ousada, mas
acredito que ele contém o elo que faltava entre o desejo e a
conquista do sucesso. Como você já deve ter reparado, esses são dois
mundos inteiramente diferentes.
É provável que você já tenha lido outros livros, ouvido fitas e
CDs, freqüentado cursos e estudado diferentes métodos de como
enriquecer com imóveis, ações ou negócios. Mas o que aconteceu?
Para a maioria das pessoas, praticamente nada. Depois de um início
promissor, tudo voltou a ser como antes.
Mas a resposta existe. Ela é simples, é garantida, e você não vai
conseguir driblá-la. Tudo se resume ao seguinte: se o "modelo
financeiro" que existe no seu subconsciente não estiver
programado para o sucesso, nada que você aprenda, saiba ou faça terá
grande importancia.
Vou desmistificar o motivo pelo qual algumas pessoas estão
fadadas a ser ricas e outras destinadas a uma vida de dureza. Você
9
entenderá as raízes do sucesso, da mediocridade e do fracasso
financeiro e começará a mudar para melhor o seu futuro nessa área.
Saberá como as influências que recebemos na infância moldam o
nosso modelo financeiro e podem nos conduzir a pensamentos e
hábitos autodestrutivos. Aprenderá a fazer poderosas declarações
que ajudarão a substituir maneiras negativas de pensar por "arquivos
de riqueza": você passará a pensar - e a prosperar - como as pessoas
ricas. Conhecerá também, passo a passo, estratégias práticas para
aumentar a sua renda e construir a sua riqueza.
Na parte 1, explico como cada um de nós está condicionado a
pensar e agir nos assuntos financeiros e esboço quatro estratégias-chave
para você rever o seu modelo mental de dinheiro. Na parte 2, examino
as diferenças entre o modo de pensar das pessoas ricas e da grande
maioria das pessoas. Além disso, sugiro 17 atitudes e ações capazes
de promover mudanças permanentes na sua vida financeira.
E qual é a minha experiência? De onde venho? Sempre fui bem-
sucedido? Quem dera! Assim como um grande número de pessoas, sempre tive muito
potencial, mas os resultados que conseguia eram poucos. Lia todos
os livros, assistia a todos os seminários sobre como prosperar. Eu
queria muito ser bem-sucedido. Não sabia exatamente se era por
causa do dinheiro, da liberdade, do sentimento de realização ou
apenas para provar a minha capacidade aos meus pais. De qualquer
modo, vivia obcecado com a idéia de ser "um sucesso". Entre os 20 e
os 30 anos de idade, comecei vários negócios, sempre com o sonho
de fazer fortuna, no entanto os meus resultados foram de fracos
a péssimos.
Eu trabalhava sem parar, porém não decolava. Sofria da "doença
do monstro do lago Ness": embora ouvisse falar muito dessa coisa
chamada lucro, nunca conseguia vê-lo. E pensava: "Se eu montar o
negócio certo, se pegar uma onda boa, me dou bem." Mas estava
errado. Nada dava certo.., pelo menos para mim. E foi a última parte
dessa frase que acabou chamando a minha atenção. Por que outras
10
pessoas que atuavam no mesmo ramo estavam conseguindo ter
sUCeSsO e eu continuava quebrado?
Tratei, então, de fazer um rigoroso exame de consciência.
Analisando as minhas crenças, observei que, apesar de dizer que
queria ficar rico, eu tinha certas inquietações enraizadas a respeito
do dinheiro. Acima de tudo, sentia medo. Temia fracassar, ou pior,
ter sucesso e acabar perdendo tudo. Nesse caso, eu seria realmente
um panaca. Pior, destruiria a única coisa que soprava a meu favor: a
lenda de que eu tinha um grande potencial. E se eu descobrisse que
não possuía as qualificações necessárias e estava condenado a uma
vida de trabalho duro?
Depois, por sorte, recebi conselhos de um amigo da família, um
homem extremamente rico. Ele foi à casa dos meus pais jogar cartas
e notou a minha presença. Na época eu estava morando na "suíte do
andar de baixo", também conhecida como o porão. Era a terceira vez
que eu voltava para casa. O meu pai deve ter falado com esse amigo
sobre a minha lamentável existência porque, quando ele me viu,
tinha nos olhos aquela simpatia normalmente reservada aos
parentes de um morto.
Ele disse:
- Harv, eu comecei igual a você: um desastre completo.
"Fantástico, isso faz com que eu me sinta bem melhor", pensei.
Mas, antes que pudesse dizer qualquer coisa, ele prosseguiu:
- Mas recebi um conselho que mudou a minha vida e eu gostaria
de transmiti-lo a você. Harv, se as coisas não estão indo como você
gostaria, isso quer dizer apenas que há algo que você não sabe.
Na época eu era um jovem arrogante e achava que sabia tudo.
Porém - ai de mim - a minha conta bancária mostrava o contrário.
Comecei a prestar atenção. Ele continuou: -Você sabia que a maioria das pessoas ricas pensa mais ou menos
da mesma forma?
Eu disse:
- Não, nunca observei isso.
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Ao que ele respondeu:
- Isso não é ciência exata, mas quase todos os ricos pensam de um
jeito completamente diferente das outras pessoas. O modo de
pensar determina as ações dos indivíduos e, conseqüentemente, os seus
resultados. Você acredita que. se pensasse como os ricos e agisse
como eles, conseguiria enriquecer tambem?
Lembro-me de ter respondido com a confiança de uma bola
murcha:
- Acho que sim.
- Então - ele explicou -, tudo o que você precisa fazer é copiar o
modo de pensar dos ricos.
Cético como eu era na época, perguntei:
- E no que você esta pensando neste momento?
A sua resposta foi:
- Estou pensando que os ricos cumprem os seus compromissos,
e o meu neste momento é com o seu pai. As pessoas estão me
esperando para jogar. A gente se ve.
E foi embora. Mas as palavras dele ficaram na minha cabeça.
Como nada estava dando certo para mim, pensei: "Por que não
fazer o que ele disse?" E me dediquei de corpo e alma ao estudo dos
ricos e do seu modo de pensar. Aprendi tudo o que podia sobre o
funcionamento da mente humana, mas me concentrei
principalmente na psicologia do dinheiro e do sucesso. Descobri que, sim, era
verdade: os ricos pensam de um modo diferente das pessoas que não
possuem dinheiro e até das que têm uma vida confortável em termos
financeiros. Acabei tomando consciência de como os meus
pensamentos me empurravam para longe da riqueza. E o mais importante:
aprendi técnicas poderosas de recondicionamento mental para
passar a pensar da mesma forma que eles.
Até que um dia decidi: "Chega de teoria, agora vou colocar isso
em prática." Resolvi tentar outro negócio. Como estava envolvido
com a área de saúde e exercícios físicos, abri uma das primeiras lojas
de equipamentos de ginástica da América do Norte. Mas não tinha
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dinheiro, então precisei fazer um empréstimo de US$ 2 mil no
cartão de crédito para abrir a empresa. Comecei a aplicar o que
havia aprendido, copiando as estratégias de negócios e o modo de pensar das pessoas ricas. O meu primeiro passo foi me
comprometer a fazer sucesso e a jogar para vencer. Jurei manter o foco e jamais
considerar a hipótese de sair do ramo antes de ficar milionário,
quem sabe até mais do que isso. Era um comportamento
radicalmente diferente das minhas iniciativas anteriores. Por pensar
sempre no curto prazo, eu me desviava do rumo quando aparecia uma
boa oportunidade ou me desinteressava quando as coisas iam mal.
Comecei a contestar também a minha atitude mental sempre que
tinha pensamentos negativos ou contraproducentes na área
financeira. No passado eu costumava acreditar que o que a minha mente
dizia era verdade. Mas havia aprendido que, muitas vezes, a minha
própria mente era o meu maior obstáculo ao sucesso. Decidi
desprezar os pensamentos que não reforçassem a visão que eu possuia
da riqueza. Apliquei todos os princípios que você vai aprender neste
livro. Se deu certo? E como!
O meu negócio fez tanto sucesso que abri 10 lojas em apenas dois
anos e meio. Depois, vendi metade das ações da empresa para uma
grande companhia por US$ 1,6 milhão e me mudei para a
ensolarada San Diego, na Califórnia. Tirei dois anos para aperfeiçoar as
minhas estratégias e começar a prestar consultoria de negócios a
clientes em sessões individuais. Acredito que esse trabalho tenha
sido bastante eficaz, pois essas pessoas começaram a levar amigos,
parceiros e sócios às reuniões. Em pouco tempo, passei a orientar
10, às vezes 20, clientes ao mesmo tempo.
Um deles sugeriu que eu abrisse uma escola. Considerei a idéia
excelente. Fundei a Street Smart Business School e ensinei a milhares
de pessoas estratégias práticas de negócios para fazer sucesso em
alta velocidade.
Enquanto eu viajava realizando seminários, percebi algo Curioso.
Às vezes, duas pessoas se sentavam lado a lado na sala e aprendiam
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exatamente os mesmos princípios e estratégias. Uma delas utilizava
essas ferramentas e subia como um foguete rumo ao sucesso. A outra,
porém, não alcançava praticamente nenhum resultado.
Ficou óbvio que, mesmo de posse das ferramentas mais
espetaculares do mundo, a pessoa terá grandes problemas se houver um
pequeno vazamento na sua "caixa de ferramentas", isto é, na sua cabeça.
Por causa disso, formulei um programa chamado Seminário Intensivo
da Mente Milionária, que se fundamenta no jogo interno do
dinheiro e do sucesso. A combinação do jogo interno (a caixa de
ferramentas) com o jogo externo (as ferramentas) fez com que os resultados
de quase todos os participantes melhorassem extraordinariamente.
É isto o que você vai aprender neste livro: como dominar o jogo
interno do dinheiro para ser bem-sucedido nele - isto é, como pensar
da mesma forma que as pessoas ricas para ficar rico também.
Costumavam me perguntar se o meu sucesso era "fogo de palha" ou uma conquista sólida. Vou expor a questão da seguinte maneira:
usando os mesmos princípios que ensino, ganhei muitos milhões de
dólares e me tornei multimilionário. Quase todos os meus negócios
e investimentos vão de vento em popa. Há quem diga que eu tenho
o "toque de Midas", porque tudo o que toco vira ouro. Essas pessoas
estão certas, mas o que talvez elas não percebam é que o toque de
Midas é apenas outra maneira de mencionar um "modelo
financeiro" programado para o sucesso - exatamente o que você terá
quando aprender esses princípios e colocá-los em prática.
No começo de cada Seminário Intensivo da Mente Milionária, eu
geralmente pergunto aos participantes: "Quantos de vocês vieram
aqui para aprender?" Essa pergunta é uma pegadinha porque, como
diz o escritor Josh Billings: "Não é o que não sabemos que nos
impede de vencer - o nosso maior obstáculo é justamente o que já
sabemos." Este livro é mais sobre "desaprender" do que sobre aprender.
É essencial que você reconheça até que ponto os seus velhos modos
de pensar e agir o conduziram à situação em que você está agora.
Se você já é verdadeiramente rico e feliz, ótimo. Caso contrário, eu
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o convido a considerar algumas possibilidades que podem não se
adequar ao que você pensa que é certo ou apropriado para a sua situação.
E, por falar em confiança, adoro a história do homem que está
caminhando à beira de um penhasco quando, de repente, perde o
equilíbrio escorrega e cai. Felizmente, ele tem a presença de espírito
de se agarrar a uma saliência do penhasco e ficar pendurado ali de
forma desesperadora. Depois de passar algum tempo nessa situação,
começa a gritar por socorro:
- Há alguém aí em cima que possa me ajudar?
Não ouve nada. Ele continua gritando:
- Há alguém aí em cima que possa me ajudar?
Até que uma voz estrondosa responde:
- Sou Eu, Deus. Posso ajudá-lo. Solte-se e confie em Mim.
O que se ouviu em seguida foi:
- Há mais alguém aí em cima que possa me ajudar?
A lição é simples. Se você quer passar para um nível de vida mais
elevado, tem que estar disposto a abrir mão de alguns dos seus
velhos modos de ser e pensar e adotar novas opções. No fim, os
resultados falarão por si mesmos.
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PARTE 1
O seu modelo de dinheiro
Vivemos num mundo de dualidades. Alto e baixo, claro e escuro,
quente e frio, rápido e lento, direita e esquerda são alguns exemplos
dos milhares de pólOS opostos com que convivemos. Para que um
pólo exista, é necessário que o outro exista também. É possível haver
um lado direito sem que haja um lado esquerdo? Sem chance.
Portanto, se existem regras "externas" para o dinheiro, há também
regras "internas" para ele. As primeiras envolvem aspectos essenciais,
como conhecimento comercial, administração financeira e
estratégias de investimento. Mas não menos fundamental é o jogo interno.
Vou fazer uma analogia com um carpinteiro e as suas ferramentas.
Ter as mais modernas ferramentas é indispensável para ele, porém
ser um carpinteiro de primeira categoria, capaz de utilizá-las com a
habilidade de um mestre, é ainda mais importante.
Eu sempre digo: não basta estar no lugar certo na hora certa. Você
tem que ser a pessoa certa, no lugar certo, na hora certa.
Quem é você, então? Como você pensa? Quais são as suas crenças?
Quais são os seus hábitos e as suas características? Qual é a sua
opinião sobre si próprio? Quanta confiança você tem em si mesmo?
Como é o seu relacionamento com as pessoas? Até que ponto você
confia nelas? Você realmente acredita que merece ser rico? Qual é a
sua capacidade de agir apesar do medo, da preocupação, do
incômodo, do desconforto? Você consegue ir em frente mesmo quando
não está disposto a fazer isso?
O fato é que o seu caráter, o seu pensamento e as suas crenças são
os fatores que determinam o seu grau de sucesso.
Stuart Wilde, um dos meus escritores favoritos, apresenta a
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questão da seguinte maneira: "A chave do sucesso é despertar a
própria energia, pois isso atrairá as pessoas até você. E, quando elas
aparecerem, fature!"
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Os seus rendimentos crescem na mesma medida em que você cresce!
Por que o seu modelo de dinheiro é importante?
Você já ouviu falar de pessoas que "desabrocham"
financeiramente? Já notou que alguns individuos ganham rios de dinheiro e
depois perdem tudo, ou começam aproveitando uma excelente
oportunidade e, em seguida, deixam o bolo desandar? Agora você
sabe qual é a verdadeira causa desse problema. Por fora, parece má
sorte, uma oscilação na economia, um sócio desonesto, seja lá o que
for. Por dentro, porém, a questão é outra. É por esse motivo que, se
uma pessoa ganha muito dinheiro sem estar interiormente preparada
para isso, o mais provável é que a sua riqueza tenha vida curta e ela
acabe sem nada.
À maioria das pessoas simplesmente não tem capacidade interna
para conquistar e conservar grandes quantidades de dinheiro e para
enfrentar os crescentes desafios que a fortuna e o sucesso trazem.
É sobretudo por causa disso que elas não enriquecem.
Um bom exemplo são os que ganham em loterias. As pesquisas
mostram continuamente que, seja qual for o tamanho do prêmio, a
maior parte desses felizardos acaba voltando ao seu estado
financeiro original, isto é, a ter a quantidade de dinheiro com a qual
conseguem lidar com mais facilidade.
No caso de quem enriquece pelo próprio esforço ocorre
exatamente o contrário. Repare que, quando um milionário desse tipo
perde a fortuna, geralmente ele a refaz em pouco tempo. Nesse
aspecto, Donald Trump é um ótimo exemplo. Ele tinha bilhões de
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dólares e perdeu cada centavo. Dois anos depois, recuperou tudo e
até conseguiu mais.
Como se explica esse fenômeno? É simples. Pessoas assim podem
perder todo o dinheiro que possuem, mas jamais perdem o
ingrediente mais importante do seu sucesso: a mente milionária. No caso
de Trump, a sua mente bilionária, é claro. Você já percebeu que ele
nunca poderia ser apenas um milionário? Como você acha que ele se
sentiria a respeito do seu sucesso financeiro se o seu patrimônio
líquido fosse de US$ 1 milhão? Provavelmente, arruinado, um
completo fracasso financeiro.
Isso acontece porque o "termostato" financeiro desse empresário
está regulado para produzir bilhões, e não milhões. Algumas pessoas
têm um termostato financeiro programado para gerar milhares, e
não milhões; outras têm um termostato ajustado para criar algumas
centenas. Finalmente, existem aquelas cujo termostato financeiro
está condicionado a funcionar abaixo de zero - elas estão
congelando e nem sabem por que. A realidade é que a maior parte das pessoas não atinge o seu
pleno potencial, não é bem-sucedida. As pesquisas mostram que
80% dos indivíduos jamais serão financeiramente livres como
gostariam e 80% deles nunca se considerarão de fato felizes.
O motivo é simples. As pessoas, na sua maioria, agem de forma
inconsciente. Quase dormem no ponto - trabalham e pensam num
plano superficial da vida, baseadas somente no que vêem. Elas
vivem estritamente no mundo visível.
As raízes geram os frutos
Imagine uma árvore. Suponha que seja a árvore da vida. Nela
há frutos. Na vida, os nossos frutos são os nossos resultados. Nós
olhamos para eles e não gostamos do que vemos - achamos que os
frutos que produzimos são poucos, muito pequenos ou que o seu
sabor deixa a desejar.
O que tendemos a fazer, então? A maioria de nós dedica ainda
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mais atenção aos resultados. Mas de onde eles vêm? São as sementes
e as raízes que os geram.
É o que está embaixo da terra que cria o que está em cima dela.
É o invisível que produz o visível. E o que significa isso? Isso quer
dizer que, se você quer mudar os frutos, primeiro tem que trocar as
raízes - quando deseja alterar o que está visível, antes deve
modificar o que está invisível.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Se você quer mudar os frutos, primeiro tem que trocar
as raízes - quando deseja alterar o que está visível,
antes deve modificar o que está invisível.
Algumas pessoas dizem que é necessário ver para crer. A pergunta
que tenho para elas é: "Por que você paga a conta de luz?" Mesmo
não vendo a eletricidade, você com certeza percebe e utiliza o poder
que ela tem. Se não estiver muito certo acerca da sua existência,
experimente colocar o dedo na tomada. Garanto que a sua dúvida
desaparecerá imediatamente.
Aprendi com a experiência que as coisas que não vemos são muito
mais poderosas do que as que vemos. Talvez você não concorde com
essa afirmação, mas tenho certeza de que você sofrerá se não aplicar
esse principio na sua vida. Por quê? Porque estará indo contra as leis
da natureza que dizem que o que está embaixo do solo gera o que está em cima dele, o que é invisível cria o que é visível.
Como seres humanos, não estamos acima da natureza, somos
parte dela. Portanto, quando respeitamos as suas leis e cuidamos das
nossas raízes - do nosso mundo interior -, a vida flui suavemente.
Se não fazemos isso, viver se torna difícil.
Em toda floresta, fazenda, pomar, é o que está embaixo da terra
que gera o que está na superfície. Portanto, é inútil concentrarmos a
atenção nos frutos que já estão maduros. Não temos como mudar
aqueles que já estão pendendo dos galhos, mas podemos modificar
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os que ainda vão nascer. Para isso, precisamos cavar a terra e
reforçar as nossas raízes.
Os quatro quadrantes
Uma das coisas mais importantes que você deve entender é que não
vivemos num único plano da existência. A nossa vida acontece em pelo
menos quatro remos distintos. Esses quatro quadrantes são o mundo
físico, o mundo mental, o mundo emocional e o mundo espiritual.
O que a maioria das pessoas nunca percebe é que o reino físico é
apenas uma "impressão" dos outros três.
Suponha que você tenha acabado de escrever uma carta no
computador. Você aperta a tecla "imprimir" e a carta aparece na impressora.
Em seguida, você examina a página e encontra um erro de digitação.
Você apaga o erro, redigita a palavra corretamente. depois manda
imprimir outra vez e... lá está o mesmo erro.
Mas como pode ser? Afinal, você acabou de corrigi-lo. Então,
você apaga uma área maior. Até consulta as 300 páginas do manual
chamado Corrigindo erros de digitação com eficácia. Pronto, agora
você tem todas as "ferramentas" e o conhecimento de que precisava.
Aciona o comando "imprimir" e lá está o erro de novo! "Ah!, essa
não!", você grita, perplexo. "Não é possível! O que está acontecendo?
Será que entrei na quinta dimensão?"
O que está acontecendo é que o problema não pode ser corrigido
na "impressão", no mundo físico, mas apenas no "programa", nos
mundos mental, emocional e espiritual.
Dinheiro é resultado, riqueza é resultado, saúde é resultado, doença é
resultado, o seu peso é resultado. Vivemos num mundo de causa e efeito.
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PRINCÍPIO DE RIQUEZA Dinheiro é resultado, riqueza é resultado,
saúde é resultado, doença é resultado, o seu peso
é resultado. Vivemos num mundo de causa e efeito.
Você já ouviu alguém dizer que a falta de dinheiro é um enorme
problema? Na verdade, ela nunca é um problema, e sim um sintoma
do que está acontecendo embaixo da terra.
A falta de dinheiro é o efeito. Mas onde está a causa? Ela se resume
ao seguinte: a única maneira de mudar o seu mundo "exterior" é
modificar o seu mundo "interior".
Quaisquer que sejam os seus resultados - abundantes ou escassos,
bons ou maus, positivos ou negativos -, lembre-se sempre de que o
seu mundo exterior é apenas um reflexo do seu mundo interior. Se
as coisas não vão bem na sua vida exterior, é porque não estão indo
bem na sua vida interior. É simples assim.
Declarações: um poderoso segredo para a mudança
Nos seminários. uso técnicas de "aprendizado acelerado". Com elas,
as pessoas aprendem mais depressa e memorizam uma quantidade
maior de ensinamentos. A chave é o envolvimento. A abordagem que
emprego segue o velho ditado: "Você se esquece daquilo que escuta;
você se lembra daquilo que vê; você entende aquilo que faz."
Por isso, vou lhe pedir que, toda vez que você terminar a leitura
de um princípio de riqueza, faça uma declaração verbal. Em seguida,
emita outra "declaração". O que é uma declaração? Uma simples
afirmação positiva pronunciada enfaticamente em voz alta.
Por que as declarações são uma ferramenta tão valiosa? Porque
tudo o que existe é feito de uma única coisa: energia. A energia
sempre viaja em freqüências e vibrações. Assim, toda declaração tem
uma freqüência vibratória. Quando você faz uma declaração em voz
alta, a energia que ela libera vibra por todas as células do seu corpo.
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Ela envia mensagens específicas não apenas para o universo como
também para o seu subconsciente.
A diferença entre uma declaração e uma afirmação é pequena,
mas, até onde sei, poderosa. A afirmação é definida como "um
enunciado positivo segundo o qual um objetivo que você pretende
alcançar já está se concretizando". Uma declaração é definida como
"o anúncio formal da intenção de empreender um dado curso de
ação ou de adotar uma posição específica".
A afirmação diz que determinado objetivo já está sendo alcançado.
Não a vejo com bons olhos porque, quase sempre, quando
afirmamos alguma coisa que ainda não é real, uma voz dentro da nossa
cabeça costuma responder: "Isso não é verdade, é lorota."
Por outro lado, declarar não é dizer que algo já é real, e sim que temos a intenção de fazer ou de ser alguma coisa. É uma posição que
a voz consegue aceitar, porque não estamos afirmando que é
verdade agora, mas um propósito para o futuro.
Uma declaração é também, por definição, formal. É a emissão formal
de uma energia que penetra no universo e percorre o nosso corpo.
Outra palavra importante da definição de declaração é ação.
Devemos executar todas as ações necessárias para que as nossas
intenções se tornem realidade. Recomendo que você faça as
declarações em voz alta todo dia de manhã e à noite.
Devo admitir que, quando ouvi tudo isso pela primeira vez, eu
disse: "Sem essa. Esse negócio de declaração é muito artificial." Mas,
como na época eu estava quebrado, pensei: "Mas que diabos, isso
não vai doer!", e fui em frente. Como agora estou rico, não
surpreende que eu acredite que as declarações funcionam de verdade.
De qualquer forma, prefiro ser absolutamente crédulo e rico do
que absolutamente incrédulo e duro. E você?
Eu o convido a dizer:
DECLARAÇÃO
O meu mundo interior cria o meu mundo exterior.
23
Agora diga:
Eu tenho uma mente milionária!
Qual é e como se formou o seu modelo de dinheiro?
Nos programas de rádio e de televisão de que participo nos
Estados Unidos sou conhecido por fazer a seguinte afirmação: "Em
cinco minutos posso prever o futuro financeiro que você terá pelo
resto da sua vida."
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Em cinco minutos posso prever o futuro
financeiro que você terá pelo resto da sua vida.
Como? Numa rápida conversa com uma pessoa, consigo
identificar aquilo que chamo de seu "modelo" de dinheiro e de sucesso.
Todos nós temos um plano de dinheiro e de sucesso inscrito no
subconsciente. Ë esse modelo, mais do que todas as outras coisas
combinadas, o que determina o nosso futuro financeiro.
E o que é o modelo de dinheiro? Vou fazer uma analogia com o projeto de uma casa, que é o plano, ou o desenho preestabelecido,
para aquela construção. Analogamente, o modelo de dinheiro de uma
pessoa é a sua programação, ou o seu modo de ser preestabelecido,
com relação às finanças.
Quero apresentar você a uma fórmula extremamente importante,
que determina como criamos a nossa realidade e a nossa riqueza.
Muitos dos mais respeitados professores da área de potencial
humano usam-na como base dos seus ensinamentos. Ela se chama
Processo de Manifestação e tem a seguinte seqüência:
24
PRINCIPIO DE RIQUEZA
Pensamentos conduzem a sentimentos.
Sentimentos conduzem a ações.
Ações conduzem a resultados.
O modelo financeiro de uma pessoa consiste numa combinação
dos seus pensamentos, dos seus sentimentos e das suas ações em
questões de dinheiro.
Como se forma, então, o modelo de dinheiro? A resposta é simples.
Ele se constitui fundamentalmente da informação ou programação
que a pessoa recebeu no passado, sobretudo quando era criança.
Quais foram as fontes primárias dessa programação ou
condicionamento? Para a maioria de nós, a lista inclui pais, irmãos, amigos,
figuras de autoridade, professores, líderes religiosos mídia e cultura
para mencionar alguns elementos.
Vejamos a cultura. Sabemos que algumas sociedades têm formas
próprias de pensar sobre o dinheiro e de lidar com ele, enquanto
outras fazem isso de um modo diferente. Você acredita que a criança
já sai do ventre da mãe com as atitudes formadas em relação ao
dinheiro ou que ela é ensinada a lidar com ele? Acertou: toda criança
é ensinada a pensar e agir no que diz respeito às finanças.
O mesmo vale para você, para mim e para todas as pessoas.
Fomos ensinados a pensar e agir de determinada maneira no que
se refere ao dinheiro. Esses ensinamentos se transformaram no
condicionamento, que são todas as respostas automáticas que
nos conduzem ao longo da vida. A menos, é claro, que sejamos
capazes de intervir e rever os arquivos de dinheiro que temos
na cabeça. É exatamente isso o que você fará ao longo da leitura
deste livro e o que venho ensinando a milhares de pessoas nos
meus seminários.
Eu disse que pensamentos conduzem a sentimentos, sentimentos
Conduzem a ações e ações conduzem a resultados. Nesse ponto surge 25
uma pergunta interessante: de onde vêm os seus pensamentos? Por
que você pensa de modo diferente das outras pessoas?
Os seus pensamentos têm origem nos arquivos de informação
que você guarda nos compartimentos de armazenagem da sua
mente. Mas de onde parte essa informação? Da sua programação
passada. É verdade, o seu condicionamento determina todos os
pensamentos que surgem na sua mente. É por isso que ele costuma ser
chamado de mente condicionada.
Para incluir esse entendimento, o Processo de Manifestação pode
agora ser ajustado da seguinte maneira:
P > P > S > A = R
A sua programação conduz aos seus pensamentos; os seus
pensamentos conduzem aos seus sentimentos; os seus sentimentos
conduzem às suas ações; as suas ações conduzem aos seus resultados.
Mudando a programação, você dá o primeiro e indispensável
passo para modificar os seus resultados.
E como ocorre o condicionamento? Ele se estabelece de três
maneiras principais em todos os campos da vida, inclusive no do dinheiro:
Programação verbal: o que você ouvia quando era criança?
Exemplo: o que você via quando era criança?
Episódios específicos: que experiências você teve quando era criança?
Como é muito importante que você entenda os três aspectos do
condicionamento, vou analisar cada um deles mais a fundo. Na parte 2,
você aprenderá a se recondicionar para obter riqueza e sucesso.
A primeira influência: programação verbal
Na sua infância, que frases você ouvia a respeito de dinheiro,
riqueza e pessoas ricas?
26
provavelmente algo como: o dinheiro é a fonte de todo mal, poupe
para os dias ruins, os ricos são gananciosos, os ricos são criminosos, os
ricos são desonestos, você tem que dar duro para ganhar dinheiro, não se pode ser rico e espiritualizado ao mesmo tempo, dinheiro não nasce
em árvore, o dinheiro fala mais alto, os ricos ficam cada vez mais ricos
e os pobres cada vez mais pobres, isso não é para o nosso bico, nem todo
mundo pode ser rico, nunca se tem o bastante e a infame frase não
temos dinheiro para isso.
Na minha casa, toda vez que eu pedia dinheiro ao meu pai, ele
respondia aos brados:
- Você acha que eu sou feito de quê? De dinheiros?
Rindo, eu dizia:
- Até que seria bom. Eu pegaria um braço, uma perna e até
mesmo um dedo seu.
Ele nunca riu.
Esse é o problema. Todas as frases que você ouviu sobre dinheiro
quando era criança permanecem no seu subconsciente como parte
do modelo que governa a sua vida financeira.
O condicionamento verbal é extremamente poderoso. Por
exemplo, um dia meu filho lesse, que na época tinha três anos de idade,
veio correndo até mim todo animado e disse: "Papai, vamos ver o
filme da tartaruga-ninja. Está passando aqui perto." Juro que não
fazia a menor idéia de como aquele pingo de gente já podia ser um
craque em geografia. Duas horas depois, obtive a resposta ao assistir
ao anúncio do filme na televisão. A chamada final dizia: "Em cartaz
num cinema perto de você."
Tive outro exemplo da força do condicionamento verbal por
meio de um dos participantes do Seminário Intensivo da Mente
Milionária. Stephen não tinha nenhum problema em ganhar dinheiro
- a sua dificuldade era conservá-lo.
Na época em que se inscreveu no programa, ele embolsava mais de
US$ 800 mil por ano, o mesmo resultado dos nove anos anteriores.
Apesar disso, ainda passava sufoco. Stephen dava sempre um jeito
27
de gastar o dinheiro, emprestá-lo ou perdê-lo em maus investimentos.
Fosse qual fosse a razão, o seu patrimônio líquido ainda era
igual a zero.
Ele me contou que, quando era garoto, a sua mãe costumava dizer:
"Os ricos são gananciosos. Eles lucram com o suor dos pobres. A
gente deve ter o suficiente para viver. Mais do que isso é cobiça."
Ninguém precisa ser um Einstein para perceber o que se passava no
subconsciente de Stephen. Não era de admirar que ele estivesse quebrado, pois fora verbalmente condicionado pela mãe a acreditar que os
ricos são gananciosos. Conseqüentemente, a sua mente ligava as
pessoas ricas à ambição desmedida, que é, evidentemente, má. Como ele
não queria ser mau, o seu subconsciente lhe dizia que não podia ser rico.
Stephen amava a mãe e não queria que ela o desaprovasse. É
óbvio que, pelo sistema de crenças dela, ele não teria a sua aprovação
se ficasse rico. Assim, a única coisa que podia fazer era livrar-se de
todo o dinheiro que excedesse o estritamente necessário para o seu
sustento - de outra forma estaria sendo ganancioso.
Você deve estar pensando que, entre possuir riqueza e ter a
aprovação da mãe ou de quem quer que seja, a maioria das pessoas
escolheria ser rica. Nem pensar. A mente humana não funciona
assim. É claro que o dinheiro parece ser a escolha lógica. Mas, quando
o subconsciente tem que optar entre a lógica e as emoções
profundamente enraizadas, as emoções quase sempre vencem.
PRINCIPIO DE RIQUEZA
Quando o subconsciente tem que optar entre a
lógica e as emoções profundamente enraizadas,
as emoções quase sempre vencem.
Retornando à história de Stephen. Em menos de 10 minutos de
curso, usando técnicas experienciais extremamente eficazes, ele
conseguiu mudar o seu modelo de dinheiro de modo espetacular. Em
apenas dois anos, passou de falido a milionário.
28
No semináriO, Stephen começou a compreender que essas crenças
negativas eram da sua mãe e não suas, e se baseavam na
programação que ela recebera no passado. Dei então um passo à frente
ajudando-o a criar uma estratégia para não perder a aprovação dela,
caso ficasse rico. Foi muito simples.
A mãe de Stephen sempre adorou praia. Ele investiu, então, numa
casa no Havaí, de frente para o mar. Ela vai para lá todo ano passar
o verão e se sente no céu, e ele também. Agora essa senhora considera
fantástico o fato de o filho ser alguém bem-sucedido financeiramente
e não economiza elogios à sua generosidade.
Eu mesmo, depois de um início lento, ia bem nos negócios, mas
nunca chegava a ganhar dinheiro com ações. Ao tomar consciência
do modelo de dinheiro que possuía, lembrei-me de que, quando eu
era garoto, todos os dias depois do trabalho o meu pai se sentava à
mesa de jantar com o jornal, examinava as páginas do mercado de
capitais e batia com o punho na mesa, reclamando: "Malditas ações!"
Depois, ele passava a meia hora seguinte atacando a estupidez do sistema e mostrando como as pessoas podem ter mais chances de
ganhar dinheiro com jogos de loteria.
Agora que você já entende o poder do condicionamento verbal,
consegue perceber por que eu não era capaz de ganhar dinheiro
com ações. Eu estava literalmente programado para fracassar, para
escolher a ação errada, pelo preço errado, na hora errada. Por quê?
Para validar subconscientemente o modelo de dinheiro que bradava:
"Malditas ações!"
Tudo o que sei dizer é que, depois que arranquei essa erva daninha
tremendamente tóxica do meu "jardim financeiro" interno, comecei
a colher os frutos. A partir do meu recondicionamento, passei a
escolher ações que se valorizavam e, desde então, continuei a ter um
admirável sucesso no mercado de capitais. Parece incrível, mas,
depois que a pessoa de fato compreende como o modelo de
dinheiro funciona, isso faz todo o sentido.
Repetindo: o condicionamento do seu subconsciente determina
29
o seu pensamento. O seu pensamento determina as suas decisões e
estas determinam as suas ações, que, finalmente, determinam os
seus resultados.
São quatro os elementos-chave da mudança, todos essenciais para
a reprogramação do seu modelo de dinheiro. Eles são simples,
porém muito poderosos.
O primeiro elemento da mudança é a conscientização. Você não
pode modificar uma Coisa cuja existência ignora.
O segundo elemento da mudança é o entendimento.
Compreendendo a origem do seu modo de pensar, você será capaz de
reconhecer que ele tem que vir de fora.
O terceiro elemento da mudança é a dissociação. Ao constatar que
esse modo de pensar não é seu, você tem a opção de mantê-lo ou
largá-lo, baseado em quem você é hoje e onde quer estar amanhã.
Pode observar essa maneira de pensar e vê-la como ela é - apenas um
arquivo de informação armazenado na sua mente há muito tempo
que talvez não tenha mais um pingo de verdade nem de valor para você.
O quarto elemento é o recondicionamento. Iniciarei esse proCesso
na parte 2, em que apresento os arquivos mentais que criam a riqueza.
Agora, vou retornar à questão do condicionamento verbal e
expor os passos que você pode dar desde já para começar a rever o
seu modelo de dinheiro. Passos para a mudança: programação verbal
CONSCIENTIZAÇÃO - Escreva as frases que você ouvia sobre
dinheiro, riqueza e pessoas ricas quando era criança.
ENTENDIMENTO - Escreva sobre como essas frases vêm afetando a
sua vida financeira até hoje.
DISSOCIAÇÃO - Você percebe que esses pensamentos representam
apenas o seu aprendizado passado, que eles não são parte da sua
anatomia, não são quem você é? Consegue ver que o presente lhe dá
a opção de ser diferente?
30
DECLARAÇÃO
As coisas que eu ouvia sobre dinheiro não são necessariamente
verdadeiras. Opto por adotar novas formas de pensar que contribuam para
a minha felicidade e o meu sucesso.
Agora diga:
Eu tenho uma mente milionária!
A segunda influência: exemplos
A segunda maneira como somos condicionados é chamada de
exemplo. Como se comportavam os seus pais ou responsáveis em
questões de dinheiro quando você era criança? Eles cuidavam bem
ou mal das finanças? Eram gastadores ou econômicos? Eram
investidores perspicazes ou nunca investiam? Eram propensos a arriscar
ou conservadores? Vocês tinham dinheiro sempre ou só
esporadicamente? O dinheiro afluía com facilidade à sua família ou era suado?
Era fonte de felicidade ou motivo de ásperas discussões?
Por que essa informação é importante? Você já deve ter ouvido
a frase: "Macaco vê, macaco faz." Ora, nós, seres humanos, não
ficamos muito atrás. Quando crianças, aprendemos quase tudo a
partir dos exemplos que nos dão.
Embora a maioria de nós odeie admitir o que vou dizer, ha uma
boa dose de verdade no velho ditado: "A fruta não cai longe da árvore."
Isso me lembra a história da mulher que estava preparando o
pernil para o jantar cortando as duas pontas dessa peça de carne.
Sem entender, o marido lhe perguntou por que ela fazia isso. Ela
respondeu: "Era assim que a minha mãe fazia." Justamente naquela noite a sua mãe foi jantar com eles. Os dois aproveitaram para lhe
perguntar por que ela sempre cortava as duas extremidades do pernil.
A mãe respondeu: "Porque era assim que a minha mãe fazia." Então
eles decidiram telefonar para a avó dela e saber por que ela cortava
as pontas do pernil. A resposta? "Porque a minha panela era pequena".
A questão é: em matéria de dinheiro, tendemos a ser idênticos aos
nossos pais - a um deles em particular ou a uma combinação dos dois.
31
O meu pai, por exemplo, era empresário do ramo da construção
civil. Construía de 12 a 100 casas por projeto. Cada um desses
empreendimentos demandava um pesado investimento de capital. O
meu pai precisava empenhar tudo o que tínhamos para fazer
empréstimos nos bancos até as casas serem vendidas e o dinheiro começar
a entrar. Por isso, toda vez que ele dava início a um projeto, nós
ficávamos mergulhados em dívidas e sem um tostão para gastar.
Como você pode imaginar, por essa época o humor do meu pai
não era dos melhores nem a generosidade era o seu forte. Para tudo
o que eu lhe pedia, mesmo que custasse só um centavo, a sua resposta-
padrão depois de "Você acha que eu sou feito de dinheiro?" era "Está
maluco?". É claro que eu não conseguia mais do que aquele olhar de
"Nem pense em pedir outra vez". Garanto que você sabe exatamente
o que é isso.
Essa situação durava um ano ou dois, até as casas serem vendidas.
Depois, ficávamos cheios da grana. Da noite para o dia, o meu pai se
transformava em outra pessoa. Ficava feliz, afável e extremamente
generoso. Até me perguntava se eu precisava de dinheiro. Eu tinha
ganas de lhe devolver aquele olhar da época das vacas magras, mas,
Como não era bobo, dizia apenas: "Claro, pai, obrigado." E revirava
os olhos.
A vida era boa até o maldito dia em que ele chegava em casa
anunciando: "Encontrei um ótimo terreno. Vamos COnstruir
novamente." Lembro-me muito bem de que eu costumava dizer
"Fantástico, pai, boa sorte!. com o coração apertado por saber do
período de dureza que teríamos pela frente.
Até onde consigo me lembrar, esse padrão já existia quando eu
tinha seis anos de idade e durou até os meus 21 anos, quando saí
definitivamente de casa. Foi quando tudo mudou - pelo menos era
assim que eu pensava.
Nessa época, terminei os estudos e me tornei, como você há de
imaginar, construtor. Depois me meti em vários negócios relacionados com projetos de construção. Por algum estranho motivo, após
32
ganhar pequenas fortunas, em pouco tempo eu estava de novo na
pindaíba. Então, começava outro negócio, sentia-me novamente
no topo do mundo e, um ano depois, me via mais uma vez no fundo
do poço.
Fiquei cerca de 10 anos nesse esquema de altos e baixos, até
perceber que o problema talvez não fosse o ramo de negócio em que eu
estava, os sócios que escolhia, os empregados que tinha, a situação
econômica do país ou minha decisão de dar um tempo no trabalho e
relaxar quando as coisas iam bem. Finalmente, reconheci que, talvez,
estivesse inconscientemente revivendo os altos e baixos do meu pai.
Graças a Deus, tive a oportunidade de aprender o que você está
lendo neste livro e consegui me recondicionar a abandonar o
modelo ioiô e construir uma vida de prosperidade crescente. Até hoje
sinto ânsia de mudar quando as coisas vão bem (e sabotar a mim
mesmo no processo), mas agora tenho na mente outro arquivo que
observa esse sentimento e diz: "Obrigado pela informação. Pode
retomar a concentração e voltar ao trabalho."
O exemplo seguinte vem de um dos participantes dos seminarios.
Nunca vou me esquecer de um senhor que, em lágrimas, se aproximou
de mim no final da apresentação com a respiração ofegante e
enxugando os olhos na manga da camisa. Olhei para ele e perguntei:
- Qual é o problema, senhor?
Ele respondeu:
- Tenho 63 anos de idade. Leio livros e freqüento seminários
desde que eles foram inventados. Já escutei todo tipo de palestrante
e tentei tudo o que eles sugeriram - ações, imóveis, uma dúzia de
negócios diferentes. Voltei à universidade e obtive um MBA. Tenho
10 vezes mais conhecimento do que a média das pessoas e jamais
alcancei o sucesso financeiro. Em todos esses anos, sempre comecei
muito bem e acabei de mãos vazias e nunca soube por quê. Eu me
achava um completo idiota até hoje. Depois de ouvir o que você
falou e processar as informações, finalmente as coisas começaram a
fazer sentido. Não há nada errado comigo. Simplesmente trago o
33
modelo de dinheiro do meu pai gravado na mente, e esse tem sido
o meu castigo. O meu pai perdeu tudo o que possuía num negócio
malsucedido. Todo dia ele saia de casa para procurar trabalho ou
tentar vender alguma coisa e voltava sem nada. Ah, se eu tivesse
aprendido sobre modelos e padrões de dinheiro há 40 anos...
Quanta perda de tempo todo esse aprendizado e conhecimento. E comesou a chorar convulsivamente. Eu lhe disse:
- O seu conhecimento não é de forma nenhuma uma perda de
tempo. Ele apenas ficou latente, num canto do seu cérebro, à espera
do momento oportuno para se manifestar. Agora que o senhor
formulou um "modelo de sucesso", tudo o que aprendeu ao longo da
vida se tornará útil e fará com que seja bem-sucedido.
A maioria de nós só sabe a verdade quando a escuta. Ele começou
a ficar ofegante de novo, depois foi se mostrando mais aliviado e
passou a respirar profundamente. Em seguida, um grande sorriso
iluminou o seu rosto. Deu-me um forte abraço e disse:
- Obrigado, obrigado, obrigado.
Na última vez que tive notícias desse senhor, ele estava nas alturas:
acumulara mais riqueza nos últimos 18 meses do que nos últimos
18 anos. Para mim, isso é o máximo.
Repito: mesmo que você tenha todo o conhecimento e toda a
qualificação do mundo, se o seu modelo não estiver programado
para o sucesso, você estará condenado financeiramente.
Nos seminários, recebo muitas pessoas cujos pais lutaram na
Segunda Guerra Mundial ou sofreram uma grande perda financeira.
Elas sempre se espantam ao perceber como as experiências dos pais
influenciaram as suas crenças e os seus hábitos a respeito do dinheiro.
Algumas delas gastam feito loucas porque, como dizem: "É muito
fácil perder tudo, por isso o melhor é desfrutar o dinheiro enquanto
é possível." Outras fazem o caminho inverso: guardam o que têm no
cofre para os dias difíceis.
Uma palavra de sabedoria: poupar para os dias difíceis parece
uma boa idéia, mas pode também criar grandes problemas. Um dos
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princípios que ensino nos cursos é o poder da intenção. Se você está
juntando dinheiro para os dias difíceis, o que acabará conseguindo?
Dias difíceis! Pare de fazer isso. Em vez de economizar para tempos
ruins, concentre-se em guardar para os dias felizes ou para o ia em
que você alcançar a sua liberdade financeira. Nesse caso, pela lei da
intenção, é exatamente isso o que obterá.
Eu disse anteriormente que, em questões de dinheiro, a maioria
das pessoas tende a se identificar com os pais ou com um deles pelo
menos, mas há também o outro lado da moeda. Há quem acabe se
tornando exatamente o oposto deles. Por que isso acontece? Será
que as palavras raiva e rebeldia têm algo a ver com essa história? Em
suma, tudo depende do quanto a pessoa se irritava com os pais.
Infelizmente, quando somos crianças não podemos dizer a eles:
"Mamãe, papai, sentem-se aqui. Quero discutir uma coisa com vocês:
não gosto da maneira como vocês lidam com o seu dinheiro. Por isso, quando for adulto, vou agir de um modo totalmente diferente.
Espero que compreendam. Agora vão dormir. Tenham bons sonhos."
Não, as coisas definitivamente não acontecem assim. Pelo contrario:
quando os nossos botões são apertados, geralmente tendemos a
ficar furiosos e a reagir com uma atitude do tipo: "Eu odeio vocês.
Jamais serei como vocês. Quando eu crescer, serei rico, terei tudo o
que quero, gostem vocês ou não." Depois, vamos para o quarto,
batemos a porta e começamos a socar o travesseiro ou o que estiver ao
alcance da mão para extravasar a frustração.
Muitas pessoas nascidas em famílias pobres sentem raiva e se
rebelam. Em geral, elas vão à luta e enriquecem ou têm, pelo menos,
o impulso de enriquecer. Mas há um pequeno problema, que é na
verdade um problemão. Mesmo que façam fortuna ou se matem de
trabalhar na tentativa de alcançar o sucesso, elas não costumam ser
felizes. Por quê? Porque as raízes da sua riqueza ou motivação para
ganhar dinheiro são a raiva e o ressentimento. Conseqüentemente,
dinheiro e raiva tornam-se entidades associadas na sua mente:
quanto mais dinheiro elas têm ou lutam para ter, mais enraivecidas ficam.
35
Até o dia em que a sua consciência lhes diz: "Estou cansado de
tanta raiva e de tanto estresse. Tudo o que eu quero é paz e
felicidade." Nesse ponto, as pessoas perguntam à mesma mente que criou
aquela associação o que fazer a respeito dessa situação. E a mente
responde: "Para se livrar da raiva, será necessário dar um fim ao seu
dinheiro." E é o que elas fazem: inconscientemente, livram-se dele.
Começam a gastar loucamente, a realizar maus investimentos, a
pedir divórcios desastrosos do ponto de vista financeiro ou a
sabotar o próprio sucesso de outra forma. Mas não importa, porque
agora elas são felizes, certo? Errado. As coisas ficam ainda piores
porque agora, além de continuarem a sentir raiva, elas estão
também na lona. Deram fim à coisa errada!
Livraram-se do dinheiro, e não da raiva - do fruto, e não da raiz -,
quando a verdadeira questão é, e sempre foi, a raiva que sentem
dos pais. Enquanto esse sentimento permanecer, elas nunca estarão
verdadeiramente felizes ou em paz, não importa quanto dinheiro
tenham ou deixem de ter.
A sua razão, ou motivação, para enriquecer ou fazer sucesso
é crucial. Se ela possui uma raiz negativa, como o medo, a raiva
ou a necessidade de provar algo a si mesmo, o dinheiro nunca lhe
trará telicidade.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA A sua razão ou motivação para enriquecer ou fazer
sucesso é crucial. Se ela possui uma raiz negativa,
como o medo, a raiva ou a necessidade de provar
algo a si mesmo, o dinheiro nunca lhe trará felicidade.
Por quê? Porque nenhum desses problemas pode ser resolvido
com dinheiro. Veja o caso do medo, por exemplo. Nos seminários,
costumo perguntar à platéia: "Quantos de vocês diriam que o medo
é a sua principal motivação para o sucesso?" Poucas pessoas erguem
o braço. No entanto, quando eu pergunto "Quantos de vocês diriam
36
que a segurança é uma das suas principais motivações para o
sucesso?", quase todos os presentes levantam a mão. Mas preste atenção
- a segurança e o medo são ambos motivados pelo mesmo fator.
A busca por segurança tem origem na insegurança, cujo
fundamento é o medo.
Será que mais dinheiro dissipa o medo? Quem dera! A resposta é:
absolutamente, não. Por quê? Porque o dinheiro não é a raiz do
problema; o medo, sim. E o pior é que esse sentimento, mais do que um
problema, é um hábito. Portanto, ganhar mais dinheiro apenas
mudará o tipo de temor que trazemos dentro de nós. Quando não
possuímos nada, sentimos medo de não conseguir chegar lá ou de
não termos o suficiente. Se atingimos um patamar qualquer, o medo
passa a ser "E se eu perder tudo o que consegui?", ou "Todo mundo
vai querer o meu dinheiro", ou ainda "Vou ter que pagar uma
fortuna de impostos". Em resumo, se não formos à raiz da questão e
nos livrarmos do medo, nenhuma quantidade de dinheiro será
capaz de nos ajudar.
É claro que a maioria das pessoas, se pudessem escolher, preferiria
se preocupar com a possibilidade de perder o dinheiro que possui a
não ter um centavo, mas nenhuma dessas duas hipóteses propicia
um modo agradável de viver.
Assim como existem pessoas movidas pelo medo, há quem seja
motivado a alcançar o sucesso financeiro para provar que "é
suficientemente capaz". Vou tratar detalhadamente desse desafio na
parte 2. Por enquanto, apenas entenda que nenhuma quantidade de
dinheiro jamais fará de você alguém competente. O dinheiro não
pode transformá-lo em algo que você já é. Volto a dizer: assim como
acontece com o medo, a necessidade de provar a sua competência o
tempo todo acaba se tornando o seu modo de viver. Nem passa pela
sua cabeça que essa necessidade está governando os seus atos. Você se
considera um grande realizador, um baita líder, uma pessoa
determinada, características que são todas excelentes. A questão que
permanece é: por quê? Que motor está na raiz de tudo isso? 37
No caso dos indivíduos movidos pela necessidade constante de
provar que são capazes, nenhuma quantidade de dinheiro consegue
aliviar a dor daquela ferida interna que faz com que, para eles, todas
as coisas e todas as pessoas da sua vida não são "o suficiente". Nem
todo o dinheiro do mundo, nem qualquer outra coisa do gênero,
será o bastante para quem não se sente capaz.
Mais uma vez: está tudo dentro de você. Lembre-se: o seu mundo
interior reflete o seu mundo exterior. Se você não se considera
pleno, acabará confirmando essa crença e criando a realidade de que
não tem o suficiente. Por outro lado, se você se sente uma pessoa
plena, validará essa crença gerando abundância. Por quê? Porque a
plenitude é a sua raiz e ela se tornará o seu modo natural de viver.
Desvinculando a sua motivação para ganhar dinheiro da raiva, do
medo e da necessidade de auto-afirmação, você poderá estabelecer
novas associações para prosperar financeiramente por meio do
propósito, da contribuição e da alegria. Assim, nunca terá que se
livrar do dinheiro para ser feliz.
Ser rebelde ou ser o oposto dos seus pais na área financeira nem
sempre é um problema. Ao contrário, se você é um rebelde (geralmente
o caso do segundo filho) e a sua família tem hábitos negativos
no que diz respeito ao dinheiro, é muito bom pensar e agir de forma
oposta a ela nessa questão. Por outro lado, se os seus pais são bem-
sucedidos e você está se voltando contra eles, pode estar a caminho
de enfrentar sérias dificuldades financeiras.
Em qualquer dos casos, o importante é reconhecer como o seu
modo de ser se relaciona com um dos seus pais ou com ambos em
matéria de dinheiro.
Passos para a mudança: exemplo
CONSCIENTIZAÇÃO -Pense no modo de ser e nos hábitos dos seus
pais em relação à riqueza e ao dinheiro. Liste por escrito em que
aspectos você se considera igual a cada um deles ou o seu oposto.
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ENTENDIMENTO - Escreva sobre o efeito que esse exemplo vem
causando na sua vida financeira.
DISSOCIAÇÃO - Você compreende que esse modo de ser é
apenas o seu aprendizado passado, e não quem você é? Consegue
perceber que tem a opção de ser diferente agora?
DECLARAÇÃO O exemplo que tive a respeito do dinheiro era o modo de agir dos
meus pais. A minha maneira de fazer as coisas nessa área sou eu
que escolho.
Agora diga:
Eu tenho uma mente milioná ria!
A terceira influência: episódios específicos
A terceira forma básica de condicionamento são os episódius
específicos. Que experiências com dinheiro, riqueza e pessoas
você teve quando criança? Elas são extremamente importantes
porque moldaram as crenças - ou melhor, as ilusões - que hoje
governam a sua vida.
Vou dar um exemplo. Josey, uma enfermeira de sala de cirurgia,
foi ao Seminário Intensivo da Mente Milionaria. Os seus
rendimentos eram excelentes, mas ela sempre gastava tudo. Quando cavamos
um pouco mais fundo, ela falou de um episódio que vivera aos
11 anos de idade. Estava com os pais e a irmã num restaurante
chinês. A mãe e o pai começaram mais uma das suas brigas por
causa de dinheiro. De pé, o pai gritava e esmurrava a mesa com o
punho quando ficou vermelho, depois azul, e caiu no chão, vítima
de um ataque cardíaco. Josey era da equipe de natação da escola e
tinha feito o treinamento de ressuscitação cardiopulmonar. Tentou
de tudo, mas não adiantou. O pai morreu nos seus braços.
Desse dia em diante, a sua mente passou a associar o dinheiro à
dor. Não admira que, quando adulta, Josey tenha passado a se livrar
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subconscientemente de todo o dinheiro que ganhava, na tentativa de
dar um fim à dor. Outro dado interessante é o fato de ela ter se
tornado enfermeira. Por quê? Talvez ainda estivesse tentando salvar o pai.
No curso, nós a ajudamos a identificar e revisar o seu antigo
modelo de dinheiro. Hoje ela está a caminho de se tornar
financeiramente independente. E não é mais enfermeira. Não que não
gostasse do trabalho, o problema é que estava nessa profissão pelo
motivo errado. Hoje Josey trabalha com planejamento financeiro
personalizado, ajudando as pessoas a entender como a programação
passada governa todos os aspectos da sua vida financeira.
O próximo exemplo de episódio específico é mais pessoal.
Quando a minha mulher tinha oito anos de idade, toda vez que ela
ouvia a buzina do caminhão de sorvete na sua rua, corria até à mãe
para pedir uma moedinha. E ouvia a seguinte resposta: "Sinto
muito, querida, eu não tenho. Peça ao seu pai." Ele então lhe dava
uma moeda e ela ia comprar o sorvete, feliz da vida.
Toda semana essa mesma história se repetia. O que foi, então, que
a minha mulher aprendeu a respeito do dinheiro? Primeiro, que são os homens que têm dinheiro. E o que você acha
que ela esperava de mim quando nos casamos? Exatamente: que eu
lhe desse dinheiro. Só que agora ela não pedia mais moedinhas! Já
era uma mulher formada.
Segundo, ela aprendeu que mulher não tem dinheiro. Se a sua mãe
(a deusa) não o tinha, obviamente era assim que as coisas deviam
ser. Para confirmar esse padrão, ela se livrava subconscientemente
de todo o dinheiro que ganhava. E era sempre precisa nesse aspecto.
Se eu lhe desse US$ 100, ela gastava US$ 100. Se lhe desse US$ 200,
ela gastava US$ 200, se lhe desse US$ 500, ela gastava US$ 500. Foi
quando ela fez um dos meus cursos e aprendeu tudo sobre a arte da
alavancagem financeira. Eu lhe dava US$ 2 mil e ela gastava US$ 10
mil! Tentei explicar: "Não, meu amor, com alavancagem quero dizer
que nós deveríamos receber US$ 10 mil, e não gastá-los." Por alguma
razão, esse conceito não se fixava na sua mente.
40
O único motivo pelo qual nós brigávamos era o dinheiro. Isso quase
custou o nosso casamento. O que não sabíamos era que dávamos
significados inteiramente diferentes a ele. Para a minha mulher,
dinheiro correspondia a prazer imediato (como saborear um sorvete).
Eu, por outro lado, cresci com a crença de que ele devia ser
acumulado para proporcionar liberdade.
No que me dizia respeito, quando a minha mulher gastava
dinheiro, ela estava acabando com a nossa liberdade futura. E, do ponto
de vista dela, sempre que eu a impedia de gastar, estava tirando o seu
prazer de viver.
Felizmente, aprendemos a reavaliar os nossos respectivos modelos
financeiros e, mais importante, a estabelecer um terceiro modelo
específico para o nosso relacionamento.
Será que dá certo? Deixe-me responder da seguinte maneira: eu
testemunhei três milagres na minha vida:
1. O nascimento da minha filha.
2. O nascimento do meu filho.
3. O fim das minhas brigas com a minha mulher
por causa de dinheiro.
As estatísticas mostram que a causa mais freqüente das
separações e divórcios é o dinheiro. E o principal motivo por trás das
brigas não é o dinheiro em si mesmo, mas o conflito entre "modelos
de dinheiro"! Não importa quanta grana você tenha ou deixe de ter.
Se o seu modelo não é compatível com o da pessoa com quem se
relaciona, há um grande desafio à sua frente. Isso vale para pessoas
casadas, namorados, familiares e até sócios. O fundamental é
compreender que você está lidando com modelos, e não com dinheiro.
Uma vez que tenha identificado o modelo financeiro do seu parceiro ou da sua parceira, conseguirá lidar com ele de um modo que
satisfaça ambos.
O primeiro passo é se conscientizar de que os arquivos de
dinheiro dessa pessoa são provavelmente diferentes dos seus. Em vez
41
de se aborrecer, procure compreender. Faça o possível para saber o
que é importante para ela nessa área e identifique as suas
motivações e os seus receios. Assim, estará lidando com as raízes e não
com os frutos, e terá uma boa chance de solucionar o problema. Do
contrário, perca a esperança.
Passos para a mudança: episódios específicos
Há um exercício que você pode fazer com o seu parceiro ou com a
sua parceira. Sentem-se e falem sobre as histórias envolvendo
dinheiro que cada um de vocês tem na memória - o que ouviam
quando crianças, os respectivos modelos familiares e quaisquer episódios
emocionais específicos que tenham vivido. Descubram também o que
o dinheiro realmente significa para ambos: prazer, liberdade,
segurança, status. Isso os ajudará a identificar os seus modelos de dinheiro
atuais e descobrir os motivos das suas divergências nessa questão.
Em seguida, falem a respeito do que vocês querem hoje, não como
indivíduos, mas como parceiros. Cheguem a um acordo e decidam
sobre os seus objetivos gerais e as suas atitudes em relação a dinheiro
e sucesso. Depois, escrevam num papel uma lista das ações que os dois
consideram positivas para guiar a sua vida. Prendam o papel na
parede e, sempre que houver um problema, lembrem-se mutuamente
e com toda a gentileza daquilo que vocês decidiram juntos quando
conversaram de maneira objetiva, desapaixonada e livre das garras
dos seus antigos modelos de dinheiro.
CONSCIENTIZAÇÃO - Pense num episódio emocional específico a
respeito de dinheiro que você tenha vivido quando criança.
ENTENDIMENTO - Escreva sobre como esse episódio pode ter
afetado a sua vida financeira atual.
DISSOCIAÇÃO - Você compreende que esse modo de ser é apenas
o seu aprendizado passado e não quem você é? Consegue perceber
que tem a opção de ser diferente agora?
42
DECLARAÇÃO
Eu me liberto das minhas experiências passadas negativas com dinheiro e crio para mim um futuro novo e rico.
Agora diga:
Eu tenho uma mente milionária!
Afinal, o que está programado no
seu modelo de dinheiro?
É hora de responder à pergunta que vale um milhão. Qual é o seu
atual modelo de dinheiro e sucesso e para quais resultados ele está
dirigindo você subconscientemente? Você está programado para o
sucesso, para a mediocridade ou para o fracasso financeiro? Está
programado para viver na dureza ou para fazer fortuna? Está programado
para batalhar por dinheiro ou para trabalhar de forma equilibrada?
Você está condicionado a ter um rendimento estável ou flutuante?
Já sabe do que se trata: primeiro você tem, depois não tem, depois
tem, depois não tem. Sempre parece que as causas dessa drástica
variação vêm do mundo exterior. Por exemplo: "Eu tinha um ótimo
emprego, mas a empresa faliu. Então comecei o meu próprio negócio.
As coisas iam de vento em popa, porém o mercado encolheu. O meu
negócio seguinte ia muito bem até o meu sócio sair", etc. Não se
iluda, esse é o seu modelo em operação.
Você está programado para ter uma renda baixa, uma renda média
ou uma renda alta? Sabia que existem quantidades de dinheiro que a
maioria das pessoas está programada para receber? Você está
programado para ganhar de R$ 30 mil a R$ 40 mil por ano? De R$ 50 mil
a R$ 60 mil? De R$ 80 mil a R$ 100 mil? De R$ 200 mil a R$ 300 mil?
Mais de R$ 350 mil?
Alguns anos atrás, numa das minhas palestras, havia na platéia
um cavalheiro inusitadamente bem vestido. Quando terminei a
apresentação, ele veio até mim e perguntou se eu achava que o
Seminário Intensivo da Mente Milionária poderia fazer algo por ele,
43
considerando que os seus rendimentos já eram de US$ 500 mil por
ano. Perguntei-lhe há quanto tempo ele ganhava esse valor. Ele
respondeu: "Há sete anos seguidos."
Era tudo o que eu precisava ouvir. Perguntei-lhe, então, por que
ele não ganhava US$ 2 milhões por ano. Disse-lhe que os princípios
que ensino são destinados a pessoas que desejam atingir o seu pleno
potencial financeiro e lhe pedi que pensasse no motivo pelo qual ele
estava parado no meio milhão. Ele decidiu participar do seminário.
Um ano depois, recebi dele um e-mail que dizia: "O meu
aprendizado foi incrível, mas cometi um erro. Reprogramei o meu modelo
de dinheiro para ganhar apenas US$ 2 milhões por ano, como
discutimos. Como já cheguei lá, estou me reprogramando para obter
US$ 10 milhões anuais." A questão é: o seu rendimento anual não importa. O que interessa
saber é se você está atingindo o seu pleno potencial financeiro ou não.
Talvez você esteja se perguntando por que diabos uma pessoa precisa
de tanto dinheiro. Primeiro, a própria pergunta não é francamente
positiva para a sua riqueza, mas um sinal de que você deve rever o seu
modelo de dinheiro. Segundo, o principal motivo pelo qual aquele
senhor queria ganhar tudo aquilo era aumentar as suas doações a
uma instituição de caridade que ajuda vítimas da AIDS na África. Um
golpe na crença de que as pessoas ricas são gananciosas.
Vamos em frente. Você está programado para economizar dinheiro
ou para gastá-lo? Está programado para administrá-lo bem ou para
administrá-lo mal?
O seu condicionamento o leva a escolher investimentos de sucesso
ou a entrar em "roubadas"? Talvez você esteja se perguntando: "Como
é possível que o fato de eu ganhar ou perder dinheiro na bolsa de
valores ou em imóveis esteja inscrito no meu modelo?" É simples.
Quem escolhe as ações? As propriedades? Você. Quem decide quando
comprá-las? Você. Quem decide quando vendê-las? Você. Acredito
que você tem algo a ver com tudo isso.
Tenho um conhecido chamado Larry que é um verdadeiro imã
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quando se trata de ganhar dinheiro. Definitivamente, o seu modelo
é de rendimentos elevados. Mas, quando a questão é investir o próprio
dinheiro, Larry tem o beijo da morte. Tudo o que ele compra
despenca como uma avalanche. (Você acredita que o pai dele tinha o
mesmo problema?) Eu me mantenho em estreito contato com ele
para lhe pedir conselhos financeiros. São sempre perfeitos, ou melhor,
perfeitamente errados! Tudo o que Larry sugere eu faço ao contrário.
Observe, porém, como algumas pessoas parecem ter o que chamei
de toque de Midas. Tudo o que elas tocam se converte em ouro. As
duas sindromes, o toque de Midas e o beijo da morte, não são senão
manifestações opostas do modelo financeiro.
Volto a dizer: o seu modelo de dinheiro determinará a çua vida
financeira - e até a sua vida pessoal. Se você é uma mulher cujo
modelo de dinheiro está programado para rendimentos baixos, o
mais provável é que atraia um homem que também apresente esse
tipo de programação, para que você possa permanecer na situação
financeira em que se sente confortável e validar o seu modelo. Caso
você seja um homem cujo modelo de dinheiro está programado
para rendimentos baixos, o mais provável é que atraia uma mulher
gastadora que arrase a sua conta bancária, para que você possa
permanecer na situação financeira em que se sente confortável e
legitimar o seu modelo.
A maioria das pessoas acredita que o sucesso nos negócios depende
fundamentalmente das suas qualificações e dos seus conhecimentos,
ou, pelo menos, da sua perspicácia em identificar as melhores oportunidades em termos comerciais. Odeio ter que lhe dizer que isso
não é bem assim.
O sucesso do seu negócio depende do seu modelo de dinheiro.
Você sempre o validará. Se ele está programado para lhe dar R$ 30
mil anuais, essa é a medida precisa do êxito que você obterá com ele
- o suficiente para lhe garantir R$ 30 mil por ano.
Se você é vendedor e tem um modelo programado para ganhar
R$ 100 mil por ano e consegue fechar um grande negócio que lhe
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renderá R$ 150 mil, acontecerá o seguinte: ou a venda será cancelada
ou, caso você receba os R$ 150 mil, o ano seguinte será péssimo para
compensar e levá-lo de volta ao nível do seu modelo financeiro.
Por outro lado, caso você esteja programado para ganhar R$ 150
mil e tenha passado dois anos na pior, não se preocupe: você vai
recuperar tudo o que não conseguiu receber. Será necessariamente
assim, é a lei subconsciente da relação entre a mente e o dinheiro.
Talvez você siga uma intuição e faça um bom negócio no mercado
de capitais ou acerte em outra investida qualquer. Não importa o que
seja: de um jeito ou de outro, se você está programado para ganhar
R$ 150 mil por ano, no fim é isso que vai ter.
E como você pode descobrir a programação do seu modelo de
dinheiro? Uma das maneiras mais óbvias é examinar os seus
resultados. Analise a sua conta bancária. Analise a sua renda. Analise o
seu patrimônio líquido. Analise o êxito dos seus investimentos.
Analise o seu sucesso nos negócios. Analise se você é um gastador ou
um poupador. Analise se você administra bem as suas finanças.
Analise até que ponto os seus rendimentos são estáveis ou flutuantes.
Analise o quanto você dá duro para ganhar dinheiro. Analise os seus
relacionamentos que envolvem dinheiro.
O seu dinheiro é suado ou chega a você com facilidade? Você tem
um negócio ou um emprego? Você fica muito tempo no mesmo
negócio ou emprego ou muda com freqüência?
O modelo de dinheiro funciona como um termostato. Se a
temperatura da sala é 220, é provável que o termostato esteja regulado
para 220. E é nesse ponto que a questão fica interessante. É possível,
considerando o fato de que a janela está aberta e faz frio lá fora, que a
temperatura da sala caia e atinja 180? É claro, mas o que acontecerá no
fim? O termostato será acionado e ela voltará aos 220.
É possível também, considerando o fato de que a janela está aberta
e faz calor lá fora, que a temperatura da sala suba e chegue a 250?
É claro que sim, mas o que acontecerá no fim? O termostato será
acionado e ela retornará aos 220.
46 A única maneira de mudar permanentemente a temperatura da
sala é "zerar" o termostato. De modo análogo, a única maneira de
modificar permanentemente o seu nível de sucesso financeiro é
zerar o seu termostato financeiro, também conhecido como modelo
de dinheiro.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
A única maneira de mudar permanentemente a temperatura
da sala é "zerar" o termostato. De modo análogo, a única
maneira de modificar permanentemente o seu nível
de sucesso financeiro é zerar o seu termostato financeiro,
também conhecido como modelo de dinheiro.
Você pode tentar o que for - desenvolver os seus conhecimentos
em negócios, marketing, vendas, negociações e administração e
tornar-se especialista em imóveis ou ações. Essas são ótimas
ferramentas. Mas, no fim, se a sua caixa de ferramentas interna não for
grande e forte o suficiente para ajudá-lo a ganhar e conservar
quantidades substanciais de dinheiro, todas as ferramentas do mundo lhe
serão inúteis.
Repito, é uma simples questão de aritmética: "Os seus
rendimentos crescem na mesma medida em que você cresce."
Felizmente, ou quem sabe infelizmente, o seu modelo de dinheiro
e sucesso tenderá a permanecer com você para o resto da vida - a
não ser que seja modificado e transformado. E é exatamente disso
que vou continuar tratando na parte 2.
Lembre-se de que o primeiro elemento de toda mudança é a
conscientização. Faça uma auto-análise, conscientize-se, observe os seus
pensamentos, os seus medos, as suas crenças, os seus hábitos, as suas
atitudes e a sua inação. Coloque-se sob a lente de um microscópio.
Estude-se.
A maioria de nós acredita que vive uma vida baseada em escolhas,
mas em geral isso não é verdade. Mesmo sendo pessoas esclarecidas,
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ao longo de um dia tomamos poucas decisões que retletem a
consciência que temos de nós mesmos naquele momento. Na maior parte
do tempo, somos como robôs: agimos no automático, dirigidos por
condicionamentos passados e por velhos hábitos. É nesse ponto que
entra a conscientização. A consciência observa os nossos
pensamentos e as nossas ações para que vivamos das escolhas verdadeiras
feitas no momento presente em lugar de sermos governados por
uma programação proveniente do passado. PRINCÍPIO DE RIQUEZA
A consciência observa os nossos pensamentos e as
nossas ações para que vivamos das escolhas verdadeiras
feitas no momento presente em lugar de sermos governados
por uma programação proveniente do passado.
Portanto, adquirindo consciência, você poderá viver do que é hoje
em vez do que foi ontem; conseguirá reagir apropriadamente às
situações que se apresentam, fazendo uso de toda a gama e de todo
o potencial das suas qualificações e dos seus talentos em vez de
reagir de forma inadequada aos acontecimentos, impelido por medos e
inseguranças do passado.
Uma vez consciente, conseguirá ver a sua programação tal como
ela é: meras gravações de informações recebidas e aceitas no passado,
quando você era muito jovem para conhecer algo melhor. Entenderá
que esse condicionamento não é quem você é, mas quem escolheu
ser; compreenderá que você não é a "gravação", é sim o "gravador";
que não é o "conteúdo" do copo, mas o próprio copo.
De fato, a genética pode ter influência nisso tudo e, é claro, os
aspectos espirituais também desempenham o seu papel, porém boa
parte do modelo de pessoa que você é provém das crenças e
informações de outras pessoas. Como já disse, as crenças não são
necessariamente verdadeiras nem falsas, nem certas nem erradas - mas,
sejam ou não válidas, elas são opiniões que foram transmitidas
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repetidamente e, depois, passadas de geração em geração, até
chegarem a você. Sabendo disso, basta renunciar de forma consciente a
qualquer conceito que não o ajude a conquistar a riqueza e
substituí-lo por outros que façam isso.
Como disse o meu amigo e escritor Robert G. Allen num dos
meus seminários: "Nenhum pensamento mora de graça na cabeça
de ninguém - todos eles são investimentos OU Custos. Ou levam a
pessoa na direção da felicidade e do sucesso ou a afastam dessas
duas coisas - ou a fortalecem ou a enfraquecem."
Por isso é indispensável que você escolha sabiamente os seus
pensamentos e as suas crenças. Conscientize-se de que eles não são
quem você é, tampouco estão necessariamente ligados a você. Por
mais preciosos que pareçam, não tem mais importância e significado
do que aqueles que você lhes confere. Nada tem significado, exceto aquele que nós mesmos atribuímos às coisas.
Se o seu verdadeiro objetivo na vida e decolar rumo ao sucesso,
não acredite numa só palavra que você mesmo disser. E, se deseja
clareza instantânea, não creia num só pensamento seu.
Caso você seja como a maioria das pessoas, vai acreditar em algo
nesse ínterim, portanto pode perfeitamente adotar para si mesmo
crenças positivas, enriquecedoras. Lembre - se: pensamentos conduzem
a sentimentos, que conduzem a ações, que conduzem a resultados.
Você pode optar por pensar e agir como as pessoas ricas e, desse modo,
conquistar resultados semelhantes aos que elas alcançam.
A questão é: como pensam e agem as pessoas ricas? É exatamente
isso o que mostrarei na parte 2.
Se você quer mudar para sempre a sua vida financeira, prossiga.
DECLARAÇÃO
Observo os meus pensamentos e só alimento aqueles que me fortalecem.
Agora diga:
Eu tenho uma mente milionária!
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50
PARTE 2
Os arquivos de riqueza
Dezessete modos de pensar e agir
que distinguem os ricos
das outras pessoas
Na parte 1, abordei o Processo de Manifestação. Lembre-se:
pensamentos conduzem a sentimentos, sentimentos conduzem a ações e ações conduzem a resultados. Tudo tem início com os
pensamentos. Não é espantoso que, embora esse poderoso mecanismo seja a
base da nossa vida, a maioria de nós não faz a menor idéia de como
ele funciona? Comece dando uma rápida olhada em como a sua
mente trabalha. Metaforicamente falando, ela não é nada mais do
que um grande armário cheio de arquivos, similar ao que você
talvez tenha em casa ou no escritório. Toda informação que entra ali
é etiquetada e guardada nesses arquivos de fácil acesso para ajudar
na sua sobrevivência. Você percebeu? Eu não disse prosperidade,
disse sobrevivência.
Em cada situação, você recorre a esses arquivos mentais para
determinar a sua reação. Digamos, por exemplo, que se trate de uma
oportunidade financeira. Você vai automaticamente até os arquivos
que têm a etiqueta dinheiro e, com base neles, decide o que fazer. Os
seus únicos pensamentos possíveis a respeito desse assunto são
aqueles armazenados nessas pastas, ou seja, elas contêm tudo o que
está guardado na sua mente sob essa categoria.
As suas decisões se fundamentam naquilo que lhe parece lógico,
sensato e apropriado naquele momento. Então você faz o que
acredita ser a escolha certa. O problema, no entanto, é que a escolha
51
certa pode não ser uma escolha bem-sucedida. Na verdade, aquilo
que faz total sentido para você pode produzir péssimos resultados.
Digamos que a minha mulher está no shopping center e vê uma
bolsa verde em promoção com 2500 de desconto. Ela se dirige
imediatamente aos arquivos da sua mente com a pergunta: "Devo
comprar esta bolsa?" Numa fração de segundo, eles lhe dão a resposta:
"Você anda procurando uma bolsa verde para combinar com o
sapato que comprou na semana passada. Além disso, esta tem o
tamanho ideal. Compre-a." Ela se encaminha para o balcão sentindo-se
emocionada, afinal vai comprar a linda bolsa, e também orgulhosa,
pois a está adquirindo com 25% de desconto.
Na mente da minha mulher, essa compra faz total sentido. Ela
quer a bolsa, acredita que precisa dela e, ainda por cima, que
aquele é um "grande negócio". No entanto, em nenhum momento a sua
mente encontrou o seguinte pensamento: "É verdade, esta bolsa é
muito linda e, caramba, é uma verdadeira pechincha! Mas, como
neste momento estou com um débito imenso no cartão de crédito,
é melhor eu me segurar."
A minha mulher não se deparou com essa informação porque
esse dado não está em nenhum arquivo dentro da sua cabeça.
A pasta "Quando você estiver devendo, evite comprar" nunca
foi armazenada na sua mente, portanto essa opção simplesmente
não existe.
Percebeu? Se no seu armário só existem arquivos desfavoráveis ao sucesso financeiro, essas serão as únicas opçoes à sua disposição:
escolhas naturais, automáticas e que farão total sentido para você,
mas cujo resultado final será um problema muito maior ou, na
melhor das hipóteses, alguma coisa medíocre. Inversamente, se na sua
mente há arquivos favoráveis ao sucesso financeiro, você tomará, de
forma natural e automática, decisões que conduzem a ele. Nem
precisará refletir sobre o assunto. O seu modo normal de pensar
resultará numa ação bem-sucedida da mesma forma que o modo normal
de pensar de Donald Trump produz riqueza.
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Não seria fantástico se você fosse naturalmente capaz de pensar
como os ricos em matéria de dinheiro? Desejo muito que a sua
resposta a essa pergunta tenha sido "com certeza" ou algo semelhante.
Sim, você é capaz.
Como disse anteriormente, o primeiro passo para qualquer
mudança é a conscientização. Isto é, o ponto de partida para pensar da
mesma forma que os ricos é saber como eles pensam.
As pessoas ricas pensam de um modo muito diferente de quem
tem uma mentalidade pobre ou uma visão de classe média. Os seus
pensamentos se distinguem em matéria de dinheiro, de riqueza, de
si próprias, de outras pessoas e de praticamente todos os aspectos da
vida. Nesta parte do livro, vou mostrar algumas dessas diferenças e,
para auxiliá-lo no seu recondicionamento, instalarei na sua mente
17 "arquivos de riqueza" alternativos. Novos arquivos possibilitam
novas escolhas. Eles o ajudarão a perceber quando você estiver
raciocinando como um indivíduo de mentalidade pobre ou como
alguém que tem uma visão de classe média e a mudar
conscientemente o seu foco para o modo de pensar das pessoas ricas. Lembre-se:
você pode optar por maneiras de pensar favoráveis à sua
felicidade e ao seu sucesso e deixar de lado as formas negativas.
PRINCÍPIO DE RIQuEZA
Você pode optar por maneiras de pensar favoráveis
à sua felicidade e ao seu sucesso e deixar de
lado as formas negativas.
Antes de começar, quero fazer alguns esclarecimentos. Primeiro,
não tenho a menor intenção de menosprezar quem dispõe de poucos
recursos financeiros nem desejo dar a impressão de que não me
sensibilizo com a sua situação. Não considero os ricos melhores do que
ninguém: eles apenas têm mais dinheiro. Por outro lado, em alguns casos,
para me assegurar de que você captará a mensagem, utilizo exemplos
mais incisivos para diferenciar o modo como as pessoas pensam. 53
Segundo, sempre que menciono indivíduos ricos, pessoas que
vivem com grandes dificuldades financeiras e indivíduos que têm
uma vida apenas satisfatória no que se refere às finanças, estou me
referindo unicamente à sua mentalidade, à sua maneira característica
de pensar e agir, e não à quantidade de dinheiro que elas têm ou ao
seu valor para a sociedade.
Terceiro, exponho a questão de maneira generalizada. Sei muito
bem que nem todo rico, assim como nem toda pessoa que dispõe de
recursos financeiros limitados ou simplesmente satisfatórios, é como
apresento em alguns exemplos. Repito, o meu objetivo é destacar as
diferenças entre as mentalidades para ter certeza de que você
entenderá OS princípios e conseguirá utilizá-los.
Quarto, de modo geral, menciono com menos freqüência a visão
de classe média, porque esta costuma ser um híbrido da forma como
os ricos pensam e da mentalidade pobre. O meu propósito, insisto,
é que você se conscientize do lugar que ocupa na escala e raciocine
como os ricos, caso queira ser um deles.
Quinto, você pode ter a impressão de que muitos princípios desta
seção do livro têm mais a ver com hábitos e ações do que com formas
de pensar. Lembre-se: as suas ações provêm dos seus sentimentos,
que provêm dos seus pensamentos. Conseqüentemente, toda ação
que conduz à riqueza é precedida de um modo de pensar que segue
essa mesma direção.
Finalmente, quero que se disponha a abrir mão da idéia de que
está certo. Ou seja, que aceite deixar de fazer as coisas do seu modo.
Por quê? Porque a sua forma de agir fez com que você chegasse
exatamente à situação em que está agora. Caso deseje um pouco
mais dessa mesma experiência, continue a se conduzir à sua maneira.
Mas, se ainda não enriqueceu, talvez seja hora de considerar uma
alternativa indicada por alguém que tem muito dinheiro e já colocou
milhares de pessoas na estrada da fortuna. A decisão é sua.
Os conceitos que ensino são simples, porém muito profundos.
Eles proporcionam mudanças reais, para pessoas reais, no mundo real.
54
Como é que eu sei? Na minha empresa, a Peak Potentials Training,
todo ano recebemos milhares de cartas e e-mails que relatam
como cada um dos arquivos de riqueza modificou a vida das
pessoas. Se você aprender o que são esses arquivos e usá-los, tenho
absoluta confiança de que eles lhe darão a chance de transformar
a sua vida também.
No fim de cada seção, apresento uma declaração e descrevo as
medidas que você deve tomar para gravar esse arquivo específico de riqueza. E essencial que cada um dos arquivos seja colocado em
prática o mais rápido possível na sua vida, para que o conhecimento
passe a um nível fisico, celular, criando uma mudança permanente
e duradoura.
Quase todas as pessoas entendem que somos criaturas de hábitos.
O que elas não sabem é que existem dois tipos de hábitos: os de fazer
e os de não fazer. Tudo o que você não está fazendo neste momento
você tem o hábito de não fazer. A única maneira de mudar isso é
fazer. A leitura o ajudará, mas a questão é completamente diferente
quando se passa da teoria à prática. Caso esteja de fato
comprometido com o sucesso, prove isso executando as ações sugeridas.
55
Arquivo de riqueza nº 1
As pessoas ricas acreditam na seguinte idéia:
"Eu crio a minha própria vida."
As pessoas de mentalidade pobre acreditam na
seguinte idéia: "Na minha vida, as coisas acontecem."
Se você quer enriquecer, é imperativo acreditar que está no
comando da sua vida, em especial da sua vida financeira. Caso contrário,
você tem uma crença enraizada de que exerce pouco ou nenhum
controle sobre a sua própria vida e, conseqüentemente, de que exerce
pouco ou nenhum controle sobre o seu sucesso financeiro.
Já reparou que em geral são as pessoas que têm uma situação
financeira difícil as que gastam mais dinheiro com jogos lotéricos?
Elas realmente acreditam que a riqueza cairá no seu colo quando as
bolinhas com os seus números forem sorteadas. As vezes passam a
noite coladas na tela da televisão esperando ansiosamente pelo
sorteio para ver se desta vez a fortuna finalmente lhes sorrira.
É claro que todo mundo quer ganhar na loteria e até os ricos
jogam de vez em quando para se divertir. Porém, em primeiro lugar,
eles não gastam uma parte substancial dos seus rendimentos com
bilhetes; em segundo lugar, essa não é a sua principal "estratégia"
para fazer fortuna.
Você precisa acreditar que é você mesmo quem conquista o seu
próprio êxito, que é você mesmo quem promove a sua própria
mediocridade e que é você mesmo quem estabelece a sua própria
batalha pelo dinheiro e pelo sucesso. Consciente ou inconscientemente,
sempre se trata de você.
Em vez de assumirem a responsabilidade pelo que acontece na sua própria vida, as pessoas de mentalidade pobre preferem se
colocar no papel de vítimas. Um pensamento típico de quem apresenta
esse padrão é: "Pobre de mim." Assim, por força da lei da intenção,
é literalmente isto o que as vítimas conseguem ser: pobres.
Repare que eu disse que elas se colocam no papel de vítimas. Não
56
afirmei que são vítimas. Na minha opinião, ninguém é vítima. Creio
que as pessoas adotam essa imagem por acreditarem que desse modo
conseguem alguma coisa. Mais adiante examinarei essa questão com
mais detalhes.
Sendo assim, como é que você sabe quando alguém está se
fazendo de vítima? A resposta é: uma vítima deixa três pistas óbvias.
Pista nº 1 da vítima: a culpa é dos outros
Quando o assunto é o motivo de não serem ricas, as vitimas, na
sua maioria, são especialistas no "jogo da culpa". O objetivo desse
jogo é ver para quantas pessoas e circunstâncias uma vitima
consegue apontar o dedo sem jamais olhar para si mesma. É algo
divertido, pelo menos para ela. Infelizmente, não é assim tão legal para
qualquer um que tenha a má sorte de estar ao seu lado. A razão é
simples: quem está muito próximo a ela se torna um alvo fácil.
A vítima põe a culpa na economia, no governo, na bolsa de valores,
nos seus corretores, no ramo de negócio em que atua, no patrão, nos
empregados, no gerente, nos diretores da empresa. no serviço de
atendimento ao cliente, no departamento de entregas. no marido
ou na sua mulher, no sócio, em Deus e, é claro, nos pais. A culpa é
sempre de outra pessoa ou de outra coisa. O problema é
invariavelmente alguém ou alguma coisa, nunca ela própria.
Pista nº 2 da vítima: sempre há uma justificativa
Quando não está culpando alguém, a vítima trata de racionalizar
ou justificar a sua situação dizendo algo do gênero: "dinheiro não
é assim tão importante." Eu lhe pergunto: você acha que, se disser ao
seu marido ou à sua mulher, ao seu namorado ou à sua namorada,
à sua sócia ou ao seu sócio que eles não são assim tão importantes,
algum deles ficaria muito tempo com você? Acredito que não.
Tampouco o dinheiro ficaria.
Nos meus seminários sempre há participantes que vêm me dizer:
"Sabe, Harv, dinheiro não é tão importante assim." Eu os olho dire- 57
tamente nos olhos e respondo: "Você está sem dinheiro?" Em geral
eles desviam o olhar para os próprios pés e respondem, cabisbaixos,
qualquer coisa como: "Bem, neste momento estou com alguns
problemas financeiros, mas..." Eu digo então: "O problema não é neste
momento, você sempre esteve na pindaíba OU muito perto disso.
não é mesmo?" A essa altura eles geralmente balançam a cabeça
concordando e retornam pesarosamente aos seus lugares, dispostos
a escutar e aprender, percebendo por fim o resultado desastroso que
esse pensamento tem ou teve sobre a sua vida.
É evidente que essas pessoas estão enfrentando grandes
dificuldades financeiras. Você possuiria uma motocicleta se ela não fosse
importante para você? É claro que não. Teria um papagaio de
estimação se ele não fosse importante para você? Obviamente, não. Da
mesma forma, se, na sua opinião, o dinheiro não é tão importante
assim, você simplesmente não terá nenhum.
Vou explicar algo sem meias palavras: toda pessoa que diz que
dinheiro não é importante não tem dinheiro nenhum. Os ricos
entendem a importância do dinheiro e o lugar que ele ocupa na
sociedade. Quem tem a mentalidade pobre, por sua vez, valida a sua
própria inépcia financeira com comparações irrelevantes. Afirma:
"O dinheiro não é mais importante do que o amor." Ora, essa é uma
comparação equivocada. O que é mais importante: o seu braço ou a
sua perna? É óbvio que ambos têm importância.
O dinheiro é essencial nas áreas em que produz resultados e
insignificante nos campos em que não tem utilidade. E, embora o
amor possa fazer o mundo girar, esse sentimento certamente não
paga a construção de hospitais, igrejas e casas. E também não enche
a barriga de ninguém.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
O dinheiro é extremamente importante nas áreas em
que produz resultados e insignificante nos campos
em que não tem utilidade.
58
Nenhum rico acredita que o dinheiro não é importante. E, caso
eu não tenha sido convincente o bastante e você ainda pense que, de alguma forma, o dinheiro é insignificante, você não deve ir bem
financeiramente e continuará assim enquanto não erradicar esse
arquivo negativo do seu modelo de dinheiro.
Pista nº 3 da vitima: viver se queixando
Queixar-se é a pior coisa que alguém pode fazer por sua saúde e
riqueza. A pior mesmo. Por quê?
Acredito piamente na lei universal que diz: "Aquilo que
focalizamos se expande." Quando você se queixa, no que está se
concentrando: naquilo que está certo ou no que está errado na sua vida?
Obviamente, está dando destaque ao que está errado. E, uma vez
que aquilo que é focalizado se expande, você só receberá mais do
que está indo mal.
Muitos professores da área do desenvolvimento pessoal falam
sobre a lei da atração. Ela diz que "os iguais se atraem" - isso quer
dizer que, quando alguém reclama, está na realidade atraindo coisas
ruins para a sua vida.
PRINCIPIO DE RIQUEZA
A pessoa que se queixa torna-se um "imã de coisas ruins"
vivo e pulsante.
Você já reparou como costuma ser difícil a vida das pessoas que
vivem se lamentando? Parece que tudo o que pode dar errado lhes
acontece. Elas dizem: "É claro que eu reclamo - olha só como minha
vida é uma droga." Agora que você já sabe mais sobre esse assunto,
poderá explicar: "Não: é exatamente porque você se queixa que a
sua vida é uma droga."
Isso remete a outro ponto. Você tem que fazer questão absoluta de
não ficar na companhia de pessoas que vivem reclamando. Se tiver
uma grande necessidade de estar perto de uma delas, não se esqueça
59
de se proteger com um guarda-chuva de aço, do contrário a coisa
ruim que era destinada a ela vai cair em cima de você também.
Eu procuro ficar tão distante quanto possível de quem reclama
porque a energia negativa é contagiosa. Muitas pessoas, porém,
adoram se aproximar dos resmungões e ouvi-los. Por quê? Por um
motivo simples: elas estão esperando a sua vez de se queixar. "E você acha que isso é horrível? Espere só até ouvir o que aconteceu comigo."
Vou lhe passar um dever de casa e prometo que ele lhe dara uma
grande oportunidade de mudar a sua vida. Eu o desafio a não
reclamar de nada durante os próximos sete dias. E não apenas em voz alta,
na sua cabeça também. Porém você terá que fazer isso nos próximos
sete dias inteirinhos. Por quê? Porque durante os primeiros dias talvez
você ainda receba alguma coisa ruim "residual" do passado. Por isso
pode demorar um pouco para ela se dissipar.
Desafiei milhares de pessoas a fazer esse pequeno exercício e fiquei
admirado com a quantidade de gente que me disse depois que ele
transformou as suas vidas. Garanto que a sua vida também se tornará
surpreendente quando você parar de se concentrar nas coisas
negativas - e de atraí-las, portanto. Se você costuma se lamentar, esqueça
por enquanto a idéia de atrair o sucesso - para a maioria das pessoas,
atingir o "ponto morto" já é um grande começo.
A atitude de culpar os outros, justificar-se e queixar-se tem o
mesmo efeito das pílulas. Só serve para reduzir o estresse. Alivia a tensão
do fracasso. Pense nisso. Se a pessoa não estivesse sendo malsucedida
de algum modo, ela precisaria responsabilizar alguém, arranjar uma
justificativa para isso ou reclamar? A resposta óbvia é: não.
De hoje em diante, quando você se vir culpando os outros, se
justificando ou se queixando, pare imediatamente. Lembre-se de que
você está criando a sua vida e atraindo para ela, a todo momento, o
sucesso ou algo negativo. É fundamental que escolha cuidadosamente
os seus pensamentos e as suas palavras.
Agora você está pronto para escutar um dos maiores segredos do
mundo: não existem vítimas verdadeiramente ricas. Entendeu bem?
60
Afinal, quem ouviria as suas queixas? "Ai, ai, o meu iate está
arranhado." Diante disso, qualquer um responderia: "E daí?"
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Não existem vitimas verdadeiramente ricas.
Por outro lado, ser vítima tem as suas recompensas. O que as
pessoas ganham se colocando nesse papel? A resposta é: atenção. Isso é
importante? Com toda a certeza. De uma forma ou de outra, atenção
é tudo o que a maioria das pessoas almeja. E o que faz com que elas vivam em busca de atenção é o fato de cometerem um grande erro
- o mesmo que quase todos nós já cometemos: confundir atenção
com amor.
Acredite: é praticamente impossível ser feliz e bem-sucedido
quando se está o tempo todo precisando de atenção. Por causa
dessa necessidade, quem está sempre querendo agradar para
conseguir aprovação costuma ficar à mercê dos outros. A busca por
atenção causa mais um problema: a pessoa tende a fazer coisas
idiotas para consegui-la. É essencial dissociar a atenção do amor
por vários motivos.
Primeiro, a pessoa fará mais sucesso; segundo, será mais feliz;
terceiro, poderá encontrar amor verdadeiro na sua vida. Na maior
parte dos casos, aqueles que confundem amor com atenção não se
amam no sentido genuinamente espiritual da palavra, e sim, em
larga medida, a partir do seu próprio ego, como na frase "eu amo
tudo o que você faz por mim". Conseqüentemente, o
relacionamento diz respeito apenas ao próprio indivíduo, não à outra pessoa ou,
pelo menos, às duas.
Dissociando a atenção do amor, a pessoa se liberta para amar o
outro pelo que ele é, e não pelo que ele faz para ela.
Como já disse, uma vítima verdadeiramente rica não existe.
Assim, para poder continuar nesse papel, quem está em busca de
atenção faz questão absoluta de nunca enriquecer de verdade.
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É hora de decidir. Você pode ser uma vítima ou alguém rico,
jamais as duas coisas ao mesmo tempo. Preste atenção: toda vez que
você culpar alguém, se justificar ou se queixar, estará se degolando
em termos financeiros.
É hora de resgatar o seu poder e reconhecer que você cria tudo o
que existe e o que não existe na sua vida. Observe que você produz
a sua riqueza, a sua falta de riqueza e todas as possibilidades que
estão no meio do caminho.
DECLARAÇÃO
Eu mesmo crio o meu próprio grau de sucesso financeiro.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Toda vez que você se vir culpando alguém, se justificando ou se
queixando, passe o dedo indicador na frente da sua garganta no sentido horizontal para se lembrar de que esse comportamento
pode vir a causar a sua degola financeira. Embora esse gesto
pareça rude, ele não é pior do que o mal que você faz a si
próprio ao responsabilizar as pessoas, se justificar e reclamar,
e o ajudará a se livrar desses hábitos destrutivos.
2. Faça um "controle". Ao final de cada dia, liste por escrito um
fato que tenha sido positivo e outro que tenha sido negativo.
Depois, escreva a resposta para a seguinte pergunta: "Como eu
criei cada uma dessas situações?" Se houver outras pessoas
envolvidas, responda: "Qual foi o meu papel na criação de cada
uma dessas situações?" Esse exercício o manterá responsável por
sua vida e consciente das estratégias que estão funcionando a
seu favor e das que estão contra você.
62
Arquivo de riqueza nº 2
As pessoas ricas entram no jogo do dinheiro para ganhar.
As pessoas de mentalidade pobre entram no jogo
do dinheiro para não perder.
As pessoas de mentalidade pobre jogam o jogo do dinheiro na
defensiva. Responda: se você fosse disputar uma partida de um
esporte qualquer usando uma tática estritamente defensiva, quais
seriam as suas chances de vencer? Muita gente concordaria que
pouca ou nenhuma.
No entanto, é assim que a maioria das pessoas joga o jogo do
dinheiro. A sua principal preocupação é a sobrevivência e a segurança,
e não a conquista de riqueza e abundância. Então, qual é a sua meta,
seu objetivo, sua real intenção?
A meta das pessoas verdadeiramente ricas é ter grande fortuna e
abundância. Não apenas algum dinheiro, mas muito dinheiro. E
qual é o objetivo das pessoas de mentalidade pobre? Ter "dinheiro
suficiente para pagar as contas... em dia, já seria um milagre!"
Deixe-me falar uma vez mais sobre o poder da intenção. Se o que você
pretende é possuir apenas o bastante para cobrir as despesas, é
exatamente isso o que conseguirá - nem um único centavo a mais.
As pessoas que têm uma visão de classe média dão pelo menos
um passo além, pena que seja um passo muito pequeno. O seu grande
objetivo na vida é igual à palavra de que mais gostam neste mundo:
"conforto", e tudo o que desejam é um pouco mais disso. Odeio ter
que lhe dar esta noticia, porém existe uma imensa diferença entre
ter algum conforto e ser rico.
Devo admitir que nem sempre eu soube disso. Mas um dos
motivos pelos quais me considero no direito de escrever este livro é o fato de ter experimentado os três níveis de situação financeira.
Houve uma fase em que estive completamente quebrado - cheguei
a pedir US$ 1 emprestado para abastecer o carro. Mas isso não foi
tudo. Primeiro, o carro não era meu. Segundo, esse dólar veio na
63
forma de quatro moedas. Você faz idéia de como é constrangedor
para um adulto ter que pagar gasolina com moedas? O frentista me
olhou como se eu fosse um ladrão de cofrinho de criança e apenas
sorriu, balançando a cabeça. Não sei se dá para imaginar, mas esse
foi um dos meus momentos financeiros mais baixos e, infelizmente,
apenas um deles.
Depois que me estruturei, passei ao nível de ter conforto. Isso é
bom. Pelo menos dá para variar indo a restaurantes melhores. Mas
o máximo que eu podia pedir ali era frango. Não há nada de errado
com o frango, se esse é o prato que a pessoa realmente quer. Porém,
muitas vezes não é.
Na verdade, quem está numa situação apenas confortável do
ponto de vista financeiro geralmente escolhe o prato consultando a
coluna à direita no cardápio - o lado do preço.
A questão se resume ao seguinte: se o seu objetivo é ter algum
conforto, é provável que você nunca fique rico. Mas, caso a sua meta
seja enriquecer, é provável que você alcance uma situação ricamente
confortável.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Se o seu objetivo é ter algum conforto, é provável
que você nunca fique rico. Mas, caso a sua meta
seja enriquecer, é provável que você alcance uma
situação ricamente confortável.
Um dos princípios que ensino nos seminários é: "Se você atirar
nas estrelas, atingirá pelo menos a Lua." As pessoas de mentalidade
pobre não atiram nem no teto da sua própria casa e, depois, ficam
se perguntando por que não acertaram em nada. Bem, você acaba
de descobrir por quê. Só conseguimos aquilo que verdadeiramente
almejamos. Se você quer ficar rico, a sua meta tem que ser essa, e
não a de ter apenas o suficiente para pagar as contas ou para
desfrutar de algum conforto.
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DECLARAÇÃO A minha meta é ficar milionário e mais ainda.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Liste, por escrito, dois objetivos financeiros que demonstrem
a sua intenção de criar abundância, e não mediocridade ou
pobreza. Relacione metas do tipo "jogar para ganhar" em
termos de:
a. rendimento anual
b. patrimônio líquido
Torne essas metas possíveis dentro de um prazo realista, mas
lembre-se também de "atirar nas estrelas".
2. Vá a um restaurante sofisticado e peça um prato caro sem
perguntar quanto custa. (Se a grana estiver curta, é aceitável dividir.)
Obs.: Frango não vale.
65
Arquivo de riqueza nº 3
As pessoas ricas assumem o compromisso de serem ricas.
As pessoas de mentalidade pobre gostariam de ser ricas.
Pergunte as pessoas se elas querem ser ricas. A maioria delas vai
pensar que você é doido. "É claro que sim", dirão. A verdade, porém,
é que quase todas elas não desejam enriquecer. Por quê? Porque têm
no seu subconsciente muitos arquivos dc riqueza negativos que lhes
dizem que há algo errado em ser rico.
No Seminário Intensivo da Mente Milionária, uma das perguntas
que faço é: quais são algumas das possíveis desvantagens de ser rico
ou de tentar ser rico?
Veja o que os participantes costumam dizer e verifique se alguma
das respostas tem a ver com o que você pensa a respeito dessa questão.
"E se eu me der bem e perder tudo? Aí serei realmente um
fracassado."
"Nunca vou saber se as pessoas gostam de mim por mim mesmo
ou pelo meu dinheiro." "Vou cair na faixa mais alta do imposto de renda e ter que dar
metade do meu dinheiro ao governo.
"Dá muito trabalho."
"O esforço pode acabar com a minha saúde."
"Os meus amigos e a minha família vão me criticar, dizendo:
"Quem você pensa que é?"
"Todo mundo vai me pedir uma ajudinha."
"Eu poderia ser roubado."
"Os meus filhos poderiam ser seqüestrados."
uma responsabilidade muito grande. Terei que administrar
rios de dinheiro. Precisarei entender tudo de investimentos. Vou ter
que me preocupar com estratégias fiscais e proteção de ativos e
contratar contadores e advogados caros. Ai, que coisa chata!"
E por aí vai.
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Como mencionei anteriormente, cada um de nós tem arquivos de
riqueza dentro do armário chamado mente. Esses arquivos contêm
as nossas crenças pessoais, uma das quais é a de que ser rico é
maravilhoso. No entanto, no caso de muita gente, nessas pastas estão
também informações que dizem que ser rico talvez não seja tão
espetacular assim. ‘Ju seja, CS>J.S pc>suas tcfl 1 1]kfl5d~cI1> mwi
contraditórias a respeito da riqueza. Uma parte desses registros
afirma, radiante: "Ter mais dinheiro tornaria a minha vida muito mais
divertida." Mas outra parte grita: "É, mas vou ter que me matar de
trabalhar! Qual é a graça, então?" Uma parte diz: "Vou poder viajar
pelo mundo inteiro." E outra destaca: "É, mas todos vão querer uma
ajudinha." Essas contradições podem parecer inocentes, mas, na
realidade, são alguns dos principais motivos pelos quais a maioria
das pessoas nunca enriquece.
Podemos considerar a questão da seguinte maneira. O universo
(outra forma de dizer "força superior"), que está ligado a um grande
departamento de pedidos via correio, está o tempo todo lhe
enviando acontecimentos, pessoas e coisas. Você "pede" (e recebe) aquilo
que deseja encaminhando-lhe mensagens cheias de energia
baseadas nas suas crenças dominantes. Por força da lei da atração, o
universo faz o que está ao seu alcance para dizer sim e atende aos seus desejos. Mas, se você tem mensagens contraditórias nos seus
arquivos de riqueza, ele não compreende o que você quer.
Em determinado momento, o universo ouve que você deseja
enriquecer e começa a lhe enviar oportunidades para que alcance o
seu objetivo. Depois, porém, ele o escuta dizer "Os ricos são
gananciosos" e começa a ajudá-lo a não ganhar muito dinheiro. Em
seguida, você pensa: "Ser rico tornaria a minha vida muito mais
interessante"; e o universo, perplexo e confuso, recomeça a lhe mandar
chances de ganhar mais dinheiro. No dia seguinte, você não está de
bom humor e pensa: "O dinheiro não é tão importante assim.
Frustrado, o universo grita: "Dá um jeito nessa sua cabeça. Eu lhe
darei o que você quiser, mas me diga o que é!"
67
O principal motivo que impede a maioria das pessoas de conseguir
o que quer é não saber o que quer. Os ricos não têm nenhuma
dúvida de que almejam fazer fortuna. São inabaláveis no seu desejo e
totalmente comprometidos com a criação da riqueza. Farão tudo o
que for legal, moral e ético para concretizar a sua meta. Eles não
enviam mensagens contraditórias ao universo. As pessoas de
mentalidade pobre, sim.
(Por falar nisso: se, enquanto você estava lendo o parágrafo
anterior, uma voz interna lhe disse algo do gênero "Os ricos não estão
nem aí para a legalidade, a moralidade e a ética" você está
definitivamente fazendo a coisa certa lendo este livro. Mais adiante, vou
mostrar como esse modo de pensar é nocivo.)
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
O principal motivo que impede a maioria das pessoas
de conseguir o que quer é não saber o que quer.
As pessoas de mentalidade pobre apontam uma série de motivos
para explicar por que enriquecer e ser rico pode ser um problema.
Conseqüentemente, elas nunca estão 100% certas de que querem
fazer fortuna. As mensagens que enviam ao universo são
contraditórias, assim como aquelas que transmitem aos outros. E por que
toda essa confusão? Porque as mensagens que elas mandam para si
mesmas também são incoerentes.
Já falei sobre o poder da intenção. Sei que é difícil acreditar, mas
você sempre consegue o que quer - aquilo que você deseja no seu
subconsciente, e não o que você diz querer. Talvez você negue isso
enfaticamente: "Está louco? Por que motivo eu ia querer continuar
me matando de trabalhar?" Respondo-lhe exatamente com a mesma
pergunta: "Não sei. Por que razão você haveria de querer continuar se matando de trabalhar?"
Se você não está obtendo a riqueza que diz desejar, há uma grande
probabilidade de que seja porque, primeiro, no seu subconsciente,
68
você não a almeja de verdade; segundo, você não está disposto a
fazer o que é necessário para consegui-la.
Vou explorar um pouco mais essa questão. O querer tem três
níveis. O primeiro é: "Eu quero ser rico." Essa é outra forma de dizer:
"Pegarei tudo o que cair no meu colo." Mas querer somente não
basta. Você nunca notou que "querer" nem sempre conduz a "ter"?
Observe também que querer e não ter cria mais querer. Querer
torna-se um hábito que só leva a ele mesmo, um círculo vicioso que
não chega a lugar nenhum. A riqueza não resulta simplesmente do
fato de a pessoa desejar possuí-la. Como eu sei disso? Basta
observar a realidade: bilhões de indivíduos querem ser ricos, mas
relativamente poucos são.
O segundo nível do querer é: "Eu escolho ser rico." Isso implica a
decisão de ficar rico. A escolha tem uma energia muito forte e anda
de mãos dadas com a responsabilidade que a pessoa tem de criar
a sua própria realidade. A palavra decisão vem do latim decidere, que
equivale a "eliminar todas as outras alternativas". Escolher é muito
bom, mas ainda não é o melhor.
O terceiro nível do querer é: "Eu me comprometo a ser rico."
O significado de comprometer-se é "dedicar-se sem restrições". o que
exige não se refrear e dar 10000 de tudo o que se tem para obter
riqueza. Isso requer disposição para fazer o que for necessário
durante o tempo que for preciso. é o caminho do guerreiro.
Nenhuma desculpa, nenhum se, nenhum mas, nenhum talvez - e o
fracasso não é uma opção. O caminho do guerreiro é simples: "Serei
rico ou morrerei tentando."
"Eu me comprometo a ser rico." Experimente dizer isso a si
mesmo. O que você sente? Há quem experimente uma sensação de
força e há quem tenha uma sensação de medo.
As pessoas, na sua maioria, jamais se comprometeriam a ser ricas.
Se alguém lhes perguntasse: "Vocês apostariam a sua vida que farão
fortuna nos próximos 10 anos?" Quase todas elas diriam: "Nem
pensar!" Essa é a diferença entre quem tem muito dinheiro e os
69
indivíduos de mentalidade pobre. É por não se comprometerem de
verdade a se tornarem ricos que estes últimos não o são e
provavelmente jamais o serão.
Alguém entre eles poderia dizer: "Harv, não sei do que você está falando. Eu trabalho duro o ano inteiro, faço o possível, de todas as
formas. É claro que estou comprometido com o objetivo de
enriquecer." E eu responderia que tentar não é suficiente. A definição de
comprometer-se é dedicar-se incondicionalmente.
A palavra-chave é: incondicionalmen te. Ela mostra que você está
dando tudo, e quero dizer tudo mesmo, o que tem para conseguir
ser rico. Muitas das pessoas financeiramente empacadas que conheço
têm um limite quanto ao que estão dispostas a fazer, ao que aceitam
arriscar e ao que admitem sacrificar. Embora se digam prontas para
fazer tudo o que for necessário, eu sempre descubro, quando as
questiono profundamente, que elas impõem uma série de condições em
relação ao que estão ou não dispostas a realizar para terem sucesso.
Detesto ter que lhe dizer isso, mas ficar rico não é um passeio no
bosque. E, se alguém disser que é, ou essa pessoa sabe muito mais do
que eu ou não é sincera. A minha experiência diz que enriquecer
exige foco, coragem, conhecimento, especialização, 100% de
dedicação, atitude de não desistir jamais e, é claro, programação mental
de pessoa rica. Você precisa também acreditar piamente que pode
conquistar a riqueza e que de fato a merece. Repito: o significado de
tudo isso é que, se você não estiver verdadeira e plenamente
determinado a fazer fortuna, o mais provável é que não a obtenha mesmo.
PRINCIPIO DE RIQUEZA
Se você não está verdadeira e plenamente determinado a
fazer fortuna, o mais provável é que não a obtenha mesmo.
Você está disposto a trabalhar 16 horas por dia? As pessoas ricas
estão. Concorda em trabalhar sete dias por semana e abrir mão da
maior parte dos seus fins de semana? As pessoas ricas, sim. Admite
70
sacrificar o seu tempo com a família e os amigos e se privar das Suas
diversões e dos seus hobbies? As pessoas ricas fazem isso. Aceita
arriscar todo o seu tempo, toda a sua energia e todo o seu capital
inicial sem nenhuma garantia de retorno? As pessoas ricas correm esse
risco.
Elas estão preparadas para agir assim e dispostas a fazer tudo isso
durante um tempo que pode ser curto ou bastante longo. E você,
está pronto para essa realidade?
Com sorte, não terá que trabalhar muito tempo, nem muito, nem
sacrificar nada. Desejar é de graça, porém eu não contaria com isso.
No entanto, é interessante notar que, uma vez que você se comprometa, o universo se apressará em ajudá-lo. Um dos meus textos
favoritos, escrito pelo explorador W. H. Murray numa das suas
primeiras expedições ao Himalaia, diz o seguinte:
"Até que se esteja comprometido, sobrevém a hesitação, a
possibilidade de recuar, uma ineficiência permanente. Todo ato de
iniciativa (e criação) responde a uma única verdade elementar, e
desconhecê-la mata incontáveis idéias e esplêndidos planos: a partir
do momento em que o indivíduo se compromete definitivamente,
a Providência se move junto com ele. Toda uma cadeia de eventos
emana da decisão do individuo, levando a seu favor todos os tipos
de imprevistos, encontros e assistência material que ninguém jamais
sonharia que pudessem ocorrer dessa maneira."
Em outras palavras, o universo ajudará, guiará, apoiará e fará até
milagres a seu favor. Mas, primeiro, você tem que se comprometer.
DECLARAÇÃO
Eu me comprometo a ser rico.
Eu tenho uma mente milionária!
71
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Escreva um pequeno parágrafo sobre o motivo exato pelo qual
enriquecer é importante para você. Seja específico.
2. Procure um amigo ou parente que esteja disposto a ajudá-lo.
Diga a ele que você quer conquistar o máximo de sucesso
invocando o poder do compromisso. Olhe nos olhos dessa pessoa e
repita as seguintes palavras:
"Eu, _______ [o seu nome], por meio desta declaração, me
comprometo a ser milionário ou mais ainda em ____ [data]."
Peça ao seu parceiro que diga: "Eu acredito em você."
Depois diga: "Muito obrigado."
Obs.: Observe como você se sentia antes e como se sente depois
de firmar o seu compromisso. Se a sensação é de liberdade,
você está no caminho certo. Caso tenha sentido uma pontada
de medo, continua no caminho certo. Mas, se não significou
nada, é porque você ainda está no padrão "Não estou disposto
a fazer tudo o que for necessário" ou no padrão "Não preciso
de nenhuma dessas bobagens". Seja como for, não se esqueça de que o seu padrão o levou exatamente ao ponto onde você está
neste momento.
72
Arquivo de riqueza n04
As pessoas ricas pensam grande.
As pessoas de mentalidade pobre pensam pequeno.
Num dos seminários havia um professor-instrutor que
aumentara o seu patrimônio liquido de US$ 250 mil para US$ 6 milhões
em apenas três anos. Quando lhe perguntei qual o seu segredo, ele
disse: "Tudo mudou a partir do momento em que comecei a pensar
grande." Considere a lei dos rendimentos: "A sua remuneração se
dará na proporção direta do valor que você agregar, de acordo com
o mercado."
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Lei dos rendimentos: "A sua remuneração se dará
na proporção direta do valor que você agregar,
de acordo com o mercado."
A palavra-chave é valor. E é importante conhecer os quatro fatores
que determinam o seu valor no mercado: oferta, demanda,
qualidade e quantidade. A minha experiência diz que o fator que
representa o maior desafio para a maioria das pessoas é a quantidade. Ele
corresponde simplesmente a: quanto do seu valor você realmente
agrega ao mercado?
Outra maneira de dizer isso é: quantas pessoas você atende
ou atinge?
No meu negócio, por exemplo, há instrutores que preferem
ensinar a pequenos grupos de 20 pessoas de uma vez, outros que se
sentem confortáveis com 100 ouvintes na sala, outros que gostam de
um público de 500 participantes e outros ainda que adoram platéias
de mil a 5 mil pessoas ou mais. Há diferença de rendimento entre
esses instrutores? Pode acreditar que sim.
No começo deste livro mencionei que fui proprietário de uma
cadeia de lojas de equipamentos de ginástica. A partir do momento
73 em que pensei entrar nesse ramo, a minha intenção era ter 100 lojas
bem-sucedidas e atender milhares de clientes. A minha concorrente,
que começou seis meses depois de mim, tinha a meta de possuir
uma única loja de sucesso.
Como você quer viver? Como deseja jogar o jogo? Prefere pensar
grande ou pequeno? A escolha é sua.
A maioria das pessoas escolhe pensar pequeno. Por quê? Primeiro,
por causa do medo. Elas morrem de medo do fracasso e também do
sucesso. Segundo, porque se sentem inferiores e não merecedoras.
Não se consideram suficientemente importantes ou capazes de fazer
uma real diferença na vida de alguém.
Mas preste atenção: a nossa vida não diz respeito somente a nós.
Diz respeito também a contribuir para a vida dos outros. Diz
respeito a ser fiel a nossa missão e à nossa razão de estarmos neste
mundo neste momento. Diz respeito a acrescentarmos a nossa peça
ao quebra-cabeça do planeta. A maioria das pessoas está tão presa
ao seu próprio ego que pensa: "Tudo gira em volta de mim, de mim
e de mim." No entanto, se você quer ser rico no verdadeiro sentido
da palavra, isso não pode se limitar a você. Tem que incluir o valor
que você acrescenta à vida dos outros.
Buckrninster Fuller, um dos maiores inventores e filósofos da
nossa época, disse: "O propósito da nossa vida é acrescentar valor à
vida das pessoas desta geração e das gerações seguintes."
Cada um de nós veio ao mundo com certos talentos naturais,
habilidades específicas. Esses dons nos foram dados por uma razão:
usá-los e compartilhá-los. Pesquisas mostram que os individuos
mais felizes são aqueles que exploram ao máximo esses talentos.
Parte da nossa missão na vida deve ser, portanto, partilhar os
talentos e o valor que temos com o maior número possível de pessoas.
Isso requer estar disposto a pensar grande.
Você conhece a definição de empresário? A minha é: "Uma
pessoa que lucra solucionando problemas alheios." Exatamente. Um
empresário não é nada mais do que alguém que soluciona problemas.
74
Eu lhe pergunto: você prefere resolver problemas de mais pessoas
ou de menos pessoas? Se respondeu mais, você precisa começar a
pensar grande e decidir ajudar um grande número de pessoas -
milhares, milhões até. O efeito disso é que, quanto mais gente você
auxiliar, mais "rico" ficará nos planos mental, emocional, espiritual
e, por fim, financeiro. Não se iluda: neste mundo todos nós temos uma missão. Há uma
razão para você estar vivendo neste exato momento. No livro Fernão
Capelo Gaivota, de Richard Bach, a certa altura o personagem
pergunta: "Como vou saber se completei a minha missão?" A resposta:
"Se você ainda respira, é porque ela ainda não terminou."
O que tenho testemunhado é muita gente deixando de fazer o seu
trabalho, de cumprir a sua obrigação, ou dharma, como é chamada
em sanscrito. O que vejo é muita gente pensando pequeno demais e
muita gente se deixando guiar por egos moldados pelo medo. O
resultado é muita gente abrindo mão de viver à altura do seu
potencial, tanto em termos da própria vida quanto da sua contribuição
para os outros.
Tudo se resume ao seguinte: se não for você, quem será?
Volto a dizer: cada um de nós tem um propósito exclusivo na vida.
Suponha que você seja um investidor que compra imóveis para
alugá-los e ganhar dinheiro com o fluxo de caixa e a valorização. Que
ajuda você está prestando? Você agrega valor à sua comunidade
auxiliando famílias a encontrar casas confortaveis que, de outra
forma, elas talvez não chegassem a conhecer. Mas a questão é: a
quantas famílias e pessoas você pode dar a sua contribuição? A sua
intenção é ajudar 10 em vez de uma, 20 em vez de 10, 100 em vez de
20? É isso o que eu quero dizer com pensar grande.
Em Um retorno ao amor, a escritora Marianne Williamson expôs
a questão da seguinte maneira:
"Você é filho de Deus. Viver de modo pequeno não serve ao
mundo. Não há nada de iluminado em se esconder para que as
75
pessoas não se sintam Inseguras ao seu redor. Todos nós fomos
feitos para brilhar, como as crianças. Nascemos para tornar
manifesta a glória de Deus que está dentro de nós. Não apenas de
algumas pessoas, mas de todas. Quando deixamos a nossa luz brilhar,
inconscientemente damos permissão aos outros para fazerem o
mesmo. No momento em que nos libertamos do nosso próprio
medo, a nossa presença liberta automaticamente outras pessoas.
O mundo não precisa de mais gente que viva de modo pequeno.
É hora de parar de se esconder e ir à luta. É hora de parar de
necessitar e passar a conduzir. É hora de começar a compartilhar os seus
talentos em vez de escondê-los ou fingir que eles não existem. É hora de dar início ao jogo da vida em grande estilo.
No fim, pensar e agir pequeno só leva a uma vida de sacrifícios e
insatisfação. Pensar grande e agir grande permite possuir dinheiro
e uma vida com sentido. A escolha é sua.
DECLARAÇÃO
Eu penso grande. Escolho ajudar milhares de pessoas.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Liste, por escrito, o que você acredita serem os seus talentos
naturais - as coisas em que você sempre se destacou. Descreva
também como e em que você pode usar mais esses talentos,
especial mente na sua vida profissional.
2. Escreva ou faça uma sessão de brainstorm com um grupo de
pessoas sobre como você pode resolver problemas de um
número de pessoas 10 vezes maior do que o que você atinge
com o seu trabalho ou negócio atual. Proponha pelo menos
três estratégias. Pense em "alavancagem".
76
Arquivo de riqueza nº5
As pessoas ricas focalizam oportunidades.
As pessoas de mentalidade pobre focalizam obstáculos.
As pessoas ricas vêem oportunidades. As pessoas de mentalidade
pobre identificam obstáculos. As pessoas ricas reconhecem o
potencial de crescimento. As pessoas de mentalidade pobre consideram o
potencial de perda. As pessoas ricas focalizam a remuneração. As
pessoas de mentalidade pobre concentram-se no risco.
Tudo se resume à velha questão: "O copo esta meio vazio ou meio
cheio?" Não estou falando de pensamento positivo, estou me
referindo à sua perspectiva habitual do mundo. Grande parte das pessoas
de mentalidade pobre toma decisões inspirada pelo medo. A sua
mente está o tempo todo à procura do que está ou pode dar errado
em qualquer situação. A sua programação mental primordial é: "E
se não der certo?" Ou, mais frequentemente: "Isso não vai dar certo." Quem possui uma visão de classe média é ligeiramente mais
otimista. A sua programação mental é: "Espero que de certo."
Os ricos, como já disse, assumem a responsabilidade pelos
resultados da sua vida e agem segundo a programação mental "Vai dar
certo porque eu farei com que dê certo".
Eles esperam ser bem-sucedidos. Têm confiança na sua
capacidade e criatividade e acreditam que, se alguma coisa falhar, vão
descobrir outro jeito de obter sucesso.
De modo geral, quanto maior a recompensa, maior o risco. Por
verem oportunidades o tempo todo, as pessoas ricas estão dispostas
a arriscar. Elas acreditam que conseguirão recuperar o seu dinheiro
caso a vaca vá para o brejo.
A expectativa das pessoas de mentalidade pobre, ao contrario, é
fracassar. Elas não têm confiança em si mesmas nem na sua
capacidade. Estão certas de que, se não forem bem-sucedidas nas suas
ações, será uma catástrofe. E, como só vêem obstáculos, geralmente
não estão dispostas a correr riscos. Sem risco, não há recompensa.
77
É bom lembrar que estar aberto a aceitar riscos não corresponde
necessariamente a estar disposto a perder. As pessoas ricas correm
riscos calcu lados. Isso quer dizer que elas pesquisam, realizam as
análises necessárias e tomam decisões baseadas em fatos e
informações sólidas. Mas será que passam a vida inteira se informando?
Não. Elas fazem o que está ao seu alcance, no menor tempo possível,
e tomam a decisão calculada de ir à luta ou não.
Embora digam estar se preparando para uma oportunidade, o
que as pessoas de mentalidade pobre geralmente fazem é marcar
passo. Morrendo de medo, levam semanas, meses e até mesmo anos
a fio pensando no que fazer e, quando decidem, a oportunidade já
desapareceu. Então elas se justificam dizendo: "Eu estava me
preparando." Com certeza, mas, enquanto se preparavam, o sujeito rico
entrou em cena, saiu de cena e ganhou mais uma fortuna.
Sei que pode parecer estranho o que vou dizer, considerando
quanto valorizo a responsabilidade do indivíduo para consigo mesmo.
Realmente acredito que o que as pessoas chamam de sorte está
associado ao enriquecimento e ao sucesso em qualquer campo.
No futebol, um time pode ganhar o jogo porque o goleiro da
outra equipe engole um frango faltando menos de um minuto para
o fim da partida. No golfe, pode ser uma tacada mal dada que bate
numa árvore e volta para o green a 10cm do buraco.
No mundo dos negócios, você já deve ter ouvido falar de alguém
que aplicou dinheiro num terreno da periferia e 10 anos depois surgiu um conglomerado que decidiu construir ali um shopping
center ou um edifício de escritórios. Esse investidor ficou rico. Terá
sido uma brilhante jogada comercial ou pura sorte? O meu palpite
é: um pouco das duas coisas.
A questão, porém, é que a sorte - ou qualquer coisa do gênero
- não cruzará o seu caminho se você não executar uma ação. Para
ter sucesso financeiro, primeiro é necessário que você faça algo,
compre algo ou comece algo. E depois disso? Terá sido a sorte, o
universo ou um poder superior que o terá ajudado com um milagre por
78
sua coragem e por seu compromisso de ir à luta? Na minha opinião,
tanto faz. Apenas acontece.
Outro princípio-chave pertinente nesse caso é: as pessoas ricas
focalizam o que elas querem, enquanto as que têm uma mentalidade
pobre concentram-se no que não querem. Repetindo, a lei universal
diz: "Aquilo que você focaliza se expande." Como os ricos estão
sempre voltados para as oportunidades, elas chovem na sua vida. O seu
maior problema é administrar todas as chances de ganhar dinheiro
que aparecem à sua frente. No caso das pessoas de mentalidade
pobre, que, por outro lado, estão sempre enfatizando os obstáculos,
eles se multiplicam ao seu redor. O seu maior problema é como se
livrar de tantos problemas.
A questão é simples. O seu campo focal determina o que você
encontrará na vida. Concentre-se nas oportunidades e verá
oportunidades. Atenha-se aos obstáculos e terá obstáculos. Não estou lhe
dizendo para não tomar cuidado com os problemas. Trate deles à
medida que forem aparecendo, no momento presente. Mas
mantenha os olhos postos nas suas metas, permaneça em movimento
rumo aos seus objetivos. Dedique o seu tempo e a sua energia a
conquistar aquilo que você quer. Quando surgirem dificuldades, supere-as
e, em seguida, recupere rapidamente o seu foco. Não permaneça a
vida inteira resolvendo complicações. Pare de ficar o tempo todo
apagando incêndios. Quem faz isso anda para trás. Empregue o seu
tempo e a sua energia em pensamentos e atos, seguindo firmemente
adiante, na direção do seu propósito.
Quer um conselho simples mas raro? Se você deseja ficar rico,
concentre-se em ganhar, conservar e multiplicar o seu dinheiro.
Se prefere ser pobre, dedique-se a gastá-lo. Independentemente de
quantas dezenas de livros você leia e de quantos cursos sobre sucesso
você faça, tudo se resume a isso. Lembre-se: aquilo que você focaliza
se expande.
As pessoas ricas entendem também que não é possível ter todas as
informações de antemão. Em um dos meus programas, oriento OS
79 participantes a acessar a sua força interior e vencer a despeito de tudo.
Ensino um princípio conhecido como "Preparar, fogo, apontar!".
O que significa isso? Prepare-se o melhor que puder no menor
tempo possível, aja e corrija-se no caminho.
É loucura pensar que se pode saber tudo o que vai ocorrer no
futuro. É ilusão supor que é possível estar preparado para qualquer
circunstância que surja no processo e também protegido contra ela.
No universo não há linha reta, você sabia? A vida não viaja em linhas
perfeitamente retas. Ela se assemelha mais a uma estrada sinuosa.
Em geral, só conseguimos ver a curva seguinte e, só depois de alcançá-la,
é que somos capazes de avistar mais.
A idéia é você começar o jogo com tudo o que tem, no lugar onde
está. Ê o que chamo de entrar no corredor. Vou lhe dar um exemplo.
Anos atrás eu planejava abrir um café e confeitaria 24 horas em Fort
Lauderdale, Flórida. Estudei as opções de localização, o mercado e o
equipamento necessário. Pesquisei também os tipos de bolos, tortas,
sorvetes e cafés disponíveis, O primeiro problema foi que engordei
à beça. Comer o objeto da minha pesquisa não foi de grande ajuda.
Então me perguntei: "Harv, qual é a melhor maneira de estudar um
ramo de negócio?" E esse sujeito chamado Harv, que era
evidentemente muito mais esperto do que eu, respondeu: "Se você quer
conhecer um negócio a fundo, entre nele. Ninguém tem a obrigação
de saber tudo. Entre no corredor conseguindo um emprego na area.
Você aprenderá mais varrendo o chão e lavando pratos num
restaurante do que se passar 10 anos pesquisando do lado de fora." (Eu
não disse que ele era muito mais esperto do que eu?)
Foi o que fiz. Arranjei um emprego numa empresa do ramo.
Gostaria de poder dizer que os meus soberbos talentos foram
imediatamente reconhecidos e que recebi de cara o cargo de diretor
executivo. Mas, o que fazer... Como ninguém ali percebeu as minhas
qualidades de liderança, tive que começar como ajudante de
garçom. É isso mesmo, varrendo o chão e lavando pratos. Não é
engraçado como o poder da intenção dá certo?
80
Você deve estar pensando que eu tive que engolir o meu orgulho
para aceitar esse trabalho, mas a verdade é que nunca considerei a
questão dessa forma. A minha missão era conhecer o negócio dos
doces, por isso me senti grato pela oportunidade de aprender o
assunto "de carona" na empresa de alguém e ainda por cima ganhar
um dinheirinho.
Nessa temporada como ajudante de garçom, passei o máximo de
tempo conversando com o gerente sobre receitas e despesas,
examinando caixas para descobrir os nomes dos fornecedores e ajudando
o padeiro, às quatro da manhã, para aprender sobre os equipamentos, ingredientes e problemas do ramo.
Eu devia estar indo bastante bem na minha função porque,
depois de uma semana, o gerente me chamou, me deu um pedaço
de torta e me ofereceu uma promoção ao posto de... caixa. Pensei
naquilo durante um exato nanossegundo e respondi: "Obrigado,
mas não, muito obrigado."
Primeiro, não haveria muito o que aprender se eu ficasse preso
atrás de uma caixa registradora. Segundo, já sabia o que eu queria
saber. Missão cumprida.
É isso o que quero dizer com "corredor": entrar no campo em que
você quer estar no futuro, aceitando qualquer fúnção, para ter
condições de conhecer a atividade. Esse é, de longe, o melhor método
para se aprender um negócio. Primeiro, você pode vê-lo por dentro;
segundo, tem condições de fazer os contatos necessários, o que seria
complicado estando do lado de fora; terceiro, uma vez no corredor,
outras "portas de oportunidade" se abrem à sua frente - isto é,
observando o que realmente acontece, você tem a chance de
identificar um nicho que não havia percebido antes; quarto, talvez você
descubra que não gosta do ramo - e dê graças a Deus por ter ficado
sabendo disso antes que fosse muito tarde.
Então, qual dessas quatro situações ocorreu comigo? Quando
deixei aquela empresa, mal podia ver uma torta e, muito menos,
sentir o cheiro de qualquer uma delas. Segundo, o padeiro saiu de lá
81
um dia depois de mim e me telefonou para dizer que acabara de
descobrir um novo e fantástico equipamento de ginástica
conhecído como botas para gravidade, que são usadas nos exercícios de
inversão corporal feitos em barras (talvez você tenha visto Richard
Gere com elas numa cena do filme Gigolô americano em que ele fica
pendurado de cabeça para baixo). Ele queria saber se eu estava
interessado em dar uma olhada naquele produto. Fui conferir e
cheguei à conclusão de que as botas eram simplesmente o máximo,
mas o ex-padeiro, não. Assim, entrei sozinho no negócio.
Comecei vendendo as botas para lojas de departamentos e de
material esportivo. Percebi que todos os revendedores tinham algo
em comum - equipamentos de ginástica de má qualidade. Os sinos
do meu cérebro badalaram freneticamente: "Oportunidade,
oportunidade, oportunidade." É engraçado como as coisas acontecem. Era
a minha primeira experiência com esse tipo de produto e ela me
levou a abrir uma das primeiras lojas de varejo de artigos de fitness
da América do Norte e a ganhar o meu primeiro milhão. E pensar
que tudo começou quando me propus a ser ajudante de garçom. A
mensagem é simples: entre no corredor. Você nunca sabe que portas
se abrirão no seu caminho. Ëu tenho um lema: "A ação sempre vence a inação." As pessoas
ricas saem em campo, acreditando que, uma vez dentro do jogo,
podem tomar decisões inteligentes, no momento presente, fazer
correções de rumo e ajustar as velas durante o percurso.
As pessoas de mentalidade pobre, por não confiarem em si
mesmas e nas suas aptidoes, acreditam que precisam saber tudo de
antemão, o que é praticamente impossível. Enquanto isso, não
fazem nada.
Os ricos, com a sua atitude positiva de "preparar, fogo,
apontar",
entram em ação e quase sempre vencem. Quem pensa pequeno
costuma dizer a si mesmo: "Não vou fazer nada até identificar todos os
possiveis problemas e saber exatamente como lidar com eles."
Assim, nunca age e conseqüentemente sempre perde.
82
Os ricos vêem uma oportunidade, mergulham nela e ficam ainda
mais ricos. E aquelas outras pessoas? Ainda estão "se preparando".
DECLARAÇÃO
Eu focalizo as oportunidades e não os obstáculos.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Entre no jogo. Pense numa situação ou num projeto que você
tenha tido vontade de começar. O que quer que você esteja
esperando, esqueça. Comece agora, de onde está, a partir do
que você tem. Se possível, dê o primeiro passo trabalhando
como empregado ou com outra pessoa para aprender os
macetes. Se já aprendeu, não tem mais desculpa. Vá à luta!
2. Pratique o otimismo. Tudo o que alguém considerar problema
ou obstáculo, reclassifique como oportunidade. Você deixará
loucas as pessoas negativas, mas, afinal, qual é a diferença? Não
é isso o que elas fazem consigo mesmas o tempo todo?
3. Focalize o que você tem e não o que você não tem. Faça uma
lista de 10 coisas pelas quais você se sente grato e leia-a em voz
alta. Repita essa leitura todas as manhãs durante os 30 dias
seguintes. Se não gostar do que possui, não terá mais nada
disso nem precisará ter. 83
Arquivo de riqueza nº 6
As pessoas ricas admiram outros
indivíduos ricos e bem-sucedidos.
As pessoas de mentalidade pobre guardam
ressentimento de quem é rico e bem-sucedido.
As pessoas de mentalidade pobre costumam olhar para o sucesso
alheio com ressentimento, ciúme e inveja. Ora alfinetam com frases
do tipo "Que sorte eles têm!" ora sussurram "Esses ricos idiotas".
Se você quer ser uma pessoa boa, mas considera os ricos
naturalmente maus, nunca será um deles. É impossível. Como você pode
ser algo que despreza?
É espantoso observar o ressentimento e até a raiva pura e simples
que muitas pessoas de mentalidade pobre têm dos ricos. É como se
acreditassem que eles são os responsáveis pela situação difícil em
que elas se encontram. "É isso mesmo, os ricos ficam com todo o
dinheiro, por isso não sobra nenhum para mim." Esse é,
obviamente, o perfeito discurso da vítima.
Vou contar uma história, não para me queixar, mas para registrar
uma experiência real que tive com esse princípio. Antigamente, nos
meus tempos de dureza, eu tinha um carro velho. Mudar de faixa de
tráfego nunca era problema. Quase todos os motoristas me deixavam
entrar. Depois que fiquei rico e comprei um belo Jaguar preto, novinho
em folha, notei que as coisas mudaram. De um dia para o outro,
comecei a ser cortado, às vezes ganhando gestos obscenos de brinde.
Chegavam a me atirar objetos, e por uma única razão: eu possuía um Jaguar.
Um dia, eu estava dirigindo por um bairro muito simples onde
tinha ido distribuir perus de Natal como caridade. Ao abrir o teto
solar do Jaguar, percebi atrás de mim quatro sujeitos mal-encarados
encarapitados na traseira de uma picape. Sem mais nem menos, eles
começaram a usar o meu carro para jogar basquete, tentando acertar
latas de cerveja no teto solar. Vários amassados e arranhões depois,
passaram por mim gritando: "Rico filho da mãe!"
84
Imaginei, é claro, que se tratava de um incidente isolado, até duas
semanas depois, quando deixei o carro estacionado na rua de outro bairro também muito simples e, ao retornar, em menos de 10
minutos, encontrei um imenso arranhão na lateral feito à chave.
Na ocasião seguinte, eu fui a essa mesma parte da cidade com um
Ford Escort alugado. Para minha surpresa, não houve nenhum
problema. Não estou absolutamente inferindo que aqueles bairros
sejam habitados por gente má, porém a experiência me diz que
algumas pessoas ali guardam ressentimento dos ricos.
É fácil falar em não ter ressentimento de quem tem muito
dinheiro, porém essa é uma armadilha em que qualquer um pode cair,
até mesmo eu, dependendo do estado de espírito. Certa vez,
quando liguei a televisão para saber os resultados esportivos, o programa
Oprah estava no ar. Mesmo não sendo um grande fã de televisão, eu
adoro a Oprah. Essa mulher afetou positivamente mais pessoas do
que qualquer outra no planeta e merece, por isso, cada centavo que
possui... e muito mais.
Ela estava entrevistando a atriz Halle Berry, ganhadora do Oscar
2002 por sua atuação em A última ceia. O tema era o contrato que
Halle acabara de fechar, um dos maiores contratos de atriz da
história do cinema - US$ 20 milhões. Halle disse que não ligava
para dinheiro e que lutou por esse contrato fabuloso para abrir
caminho para as suas colegas de profissão. Então, eu me vi dizendo,
ceticamente: "Ah, sem essa! Você acha que todas as pessoas que estão
assistindo ao programa são idiotas? Pegue logo uma parte dessa
grana e dê um aumento ao seu assessor de relações públicas. Essa é a
melhor jogada publicitária que já vi na vida."
Senti a energia negativa crescendo dentro de mim. Mas, antes que
ela me dominasse, reagi. "Cancela, cancela, obrigado pela informação",
gritei à minha mente, para abafar a voz do ressentimento.
Não dava para acreditar. Ali estava eu, o Sr. Mente Milionária
em pessoa, ressentido com Halle Berry por causa do dinheiro que
ela ganhara. Rapidamente, dei a volta por cima e comecei a gritar
85
com toda a força dos meus pulmões: "É isso aí, garota! Você é o
máximo! Ficou barato para eles, você devia ter pedido US$ 30
milhões. Parabéns! Você é incrivel, você merece." Depois disso me senti
muito melhor.
Qualquer que fosse o motivo de Halle Berry querer tanto dinheiro,
o problema não era ela, era eu. Lembre-se de que as minhas opiniões
não fazem nenhuma diferença para a felicidade nem para a riqueza
dessa pessoa, no entanto fazem toda a diferença para a minha
felicidade e riqueza. Não se esqueça também de que opiniões e
pensamentos não são bons nem maus, certos nem errados quando entram na
nossa mente, mas podem, seguramente, ajudar ou atrapalhar a nOSSa
felicidade e o nosso sucesso quando invadem a nossa vida. No momento em que senti a energia negativa fluindo dentro de
mim, o meu alarme "de observação" soou e, tal como havia treinado,
eu imediatamente neutralizei a negatividade na minha mente. Não
é necessario ser perfeito para ficar rico, porém é importante saber
reconhecer pensamentos que não fortalecem nem você mesmo nem
os outros e mudar o foco para pensamentos mais positivos. Quanto
mais você estudar este livro, mais rápido e fácil será o processo.
Em O milionário em um minuto, os meus amigos Mark Victor
Hansen e Robert G. Allen citam uma história comovente narrada
por Russell H. Conwell em Uma fortuna ao seu alcance, escrito ha
mais de um século:
"Eu digo que vocês devem enriquecer, que é seu dever enriquecer.
Quantos irmãos piedosos me dizem: "Mas o senhor, um ministro
cristão, usa o seu tempo para percorrer o país de alto a baixo aconselhando
as pessoas a enriquecer, a ganhar dinheiro?" Sim, é claro que sim.
Então eles continuam: "Que coisa horrível! Por que o senhor
não prega o Evangelho em vez de doutrinar as pessoas a ganhar
dinheiro?" Porque ganhar dinheiro honestamente é pregar o Evangelho.
Essa é a razão. Os homens que enriquecem talvez sejam os mais
honestos que podemos encontrar na comunidade.
86
"Mas", afirma um jovem aqui esta noite, "durante toda a minha
vida me disseram que as pessoas ricas são desonestas, indignas, vis
e desprezíveis." Meu amigo, é exatamente por aceitar essa idéia que
você não tem nenhum dinheiro. A base da sua fé e totalmente falsa.
Eu lhe digo com toda a clareza... 98 de cada 100 homens (e
mulheres) ricos dos Estados Unidos são honestos. E é por isso que são
ricos. É por esse motivo que os outros lhes confiam dinheiro. É por
causa disso que realizam grandes empreendimentos e sempre
encontram pessoas para trabalhar Com eles.
Diz outro jovem: "As vezes ouço falar de homens que ganham
milhões de dólares desonestamente." Sim, é claro que ouve, e eu
tambem. Mas eles são tão raros que os jornais falam a seu respeito
o tempo todo como notícia até ficarmos com a impressão de que
todos os ricos conseguem as suas fortunas de modo desonesto.
Meu amigo, leve-me aos subúrbios da Filadélfia e me apresente
aos moradores que possuem casas ao redor dessa grande cidade,
casas belas com jardins e flores, casas esplêndidas de refinada arte,
e eu o apresentarei às pessoas mais plenas de caráter e iniciativa da
nossa cidade. Aqueles que têm as suas próprias Casas se tornam mais dignos, honestos e puros, mais fiéis, eConomicos e cuidadosos
por possuí-las.
Nós pregamos contra a cobiça no pulpito e usamos a expressão
"lucro imundo" de um modo tão radical que Os cristãos ficam com
a idéia de que é pecado um homem ser rico. Dinheiro é poder, e é
preciso ser razoavelmente ambicioso para ganhá-lo. Deve ser assim
porque vocês podem praticar mais boas ações com ele do que sem
ele. O dinheiro imprime as suas Bíblias, o dinheiro constrói as suas
igrejas, o dinheiro envia os seus missionários e o dinheiro sustenta
os seus pastores. Portanto, eu digo que é necessário ter dinheiro. Se
vocês são capazes de enriquecer honestamente, é seu dever sagrado
fazer isso. É um erro terrivel das pessoas piedosas pensar que se
deve ser pobre para ser piedoso."
87
Essa passagem de Conwell expõe excelentes questões. A primeira é
a confiabilidade. De todos os atributos necessários para enriquecer, ser
confiável deve estar perto do topo da lista. Diga-me, você faria
negócio com uma pessoa em quem não confia pelo menos um pouco?
Nem pensar! Portanto, para enriquecer, é necessário ser confiável aos
olhos de muita gente. E, se tantas pessoas confiam assim em alguém,
é porque esse indivíduo deve ser mesmo confiável.
Que outras características as pessoas devem ter para fazer
fortuna e, mais importante ainda, permanecer ricas? É claro, toda regra
tem exceção, mas, em termos gerais, quem você precisa ser para se
sair bem em qualquer coisa? Considere as seguintes características:
alguém positivo, confiável, focado, determinado, persistente,
trabalhador, ativo, bondoso, comunicador competente, razoavelmente
inteligente e especializado em pelo menos uma área.
Outro aspecto interessante da passagem de Conwell é o fato de
tantas pessoas terem sido condicionadas a acreditar que não se pode
ser ao mesmo tempo rico e bondoso ou rico e espiritualizado. Até
eu pensava dessa maneira. Como muitos de nós, ouvia dos meus
amigos e professores, da mídia e do resto da sociedade que todo rico
é, em princípio, mau e ganancioso. Mais uma vez, esse modo de
pensar é pura bobagem. Com base na minha própria experiência
de vida, e não em velhos mitos fundamentados no medo, descobri
que as pessoas mais ricas que conheço são também as mais amáveis.
Quando nos mudamos para San Diego, fomos morar num dos
bairros mais sofisticados da cidade. Adorávamos a beleza da casa e
da região, mas eu estava um pouco inseguro, pois não conhecia
ninguém ali e ainda não me sentia adaptado. O meu plano era ficar
na minha e não me misturar com aqueles endinheirados esnobes.
Mas quis o universo que os meus filhos, com cinco e sete anos de
idade naquela época, se tornassem amigos das crianças da
vizinhança. Assim, não demorou muito para que eu os levasse de carro a uma daquelas mansões para brincar. Lembro-me perfeitamente
do momento em que bati na pesada porta de madeira, de pelo
88
menos 6m de altura, maravilhosamente entalhada. A dona da casa a
abriu e, com a voz mais simpática do mundo, disse: "Harv, é tão bom
conhecê-lo, entre." Eu me senti um pouco confuso ao ver que ela
estava me servindo um chá gelado com uma tigela de frutas. "Que
brincadeira é esta?" a minha mente cética não parava de perguntar.
Logo chegou o marido, que antes se divertia com as crianças na
piscina. Ele foi ainda mais simpático: "Harv, estamos felizes por você
estar morando no bairro. Venha com a sua família ao nosso jantar
amanhã. Vamos apresentá-los aos nossos amigos. Nem pense em
recusar. Falando nisso, você joga golfe? Vou jogar depois de amanhã
no clube. Venha como meu convidado." Fiquei em estado de choque.
Onde estavam os esnobes que eu tinha certeza que encontraria? Fui
para casa dizer à minha mulher que iríamos ao jantar.
- Ai, meu Deus - disse ela -‘ eu não tenho roupa.
Mas eu a acalmei:
- Meu bem, você não entendeu. As pessoas são incrivelmente
simpáticas e absolutamente informais. Seja você mesma e vai ficar
tudo bem.
Fomos e, naquela noite, conhecemos algumas das pessoas mais
afetuosas, amáveis, generosas e adoráveis da nossa vida. A certa altura,
o assunto enveredou para uma campanha de caridade dirigida por
uma das convidadas. Os talões de cheques foram logo aparecendo.
Eu mal podia crer na fila que se formara para dar dinheiro àquela
mulher. Mas os cheques eram doados sob a condição de que haveria
reciprocidade: a mulher apoiaria a obra de caridade em que o
doador estivesse envolvido. É isso mesmo, cada pessoa ali era
responsável por um projeto dessa natureza ou tinha um papel de
destaque nesse trabalho.
O casal que nos convidou participava de várias dessas iniciativas.
Na verdade, todo ano o seu objetivo era contribuir com as maiores
doações individuais da cidade para o Hospital da Criança. Eles não
apenas doavam milhares de dólares como organizavam um jantar
anual de gala que arrecadava mais alguns milhares.
89
Depois, nos tornamos íntimos da família de um dos mais
importantes angiologistas do mundo. Ele ganhava uma fortuna fazendo
quatro ou cinco cirurgias por dia - cada uma delas custava de
US$ 5 a US$ 10 mil. Eu o menciono como exemplo porque toda terça-feira era o seu
dia "livre", em que operava pessoas da cidade que não podiam pagar
por esse serviço. Trabalhava das 6h às 22h e realizava cerca de 10
cirurgias, todas de graça. Como se não bastasse, dirigia uma
organização própria, cuja missão era convencer outros médicos a adotar o
"dia grátis" para os membros das suas respectivas comunidades.
Desnecessário dizer que, diante da realidade, a minha velha crença
condicionada de que os ricos são esnobes gananciosos dissipou-se
totalmente. Hoje eu sei que a verdade é outra. A minha experiência
diz que as pessoas mais ricas que conheço são também as mais
amaveis. E as mais generosas. O que não quer dizer que quem não é
rico não possa ter essas qualidades. Mas afirmo com segurança que a
idéia de que os ricos são em princípio maus é pura ignorância.
A verdade é que o ressentimento contra as pessoas bem-sucedidas
financeiramente é uma das maneiras mais seguras de alguém
continuar na pior. Nós somos criaturas de hábitos - para superar esse
ou qualquer outro hábito, precisamos praticar. Quero que você, em
lugar de se ressentir dos ricos, pratique admirá-los, pratique abençoá-los,
pratique amá-los. Assim, saberá inconscientemente que, quando
enriquecer, outras pessoas o admirarão, o abençoarão e o amarão
em vez de se roerem de ressentimento da maneira como talvez você
faça agora.
Uma das minhas filosofias de vida provém da ancestral sabedoria
Huna, ensinamentos dos sábios do Havaí. Ela diz o seguinte:
"Abençoe aquilo que você quer. Quando vir uma pessoa com uma
casa bonita, abençoe a pessoa e a casa. Quando vir uma pessoa com
um belo carro, abençoe a pessoa e o carro. Quando vir uma pessoa
com uma bela família, abençoe a pessoa e a família. Quando vir uma
pessoa com um belo corpo, abençoe a pessoa e o corpo."
90
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
"Abençoe aquilo que você quer." - Filosofia Huna
A questão é: se de algum modo você se ressente do que as pessoas
possuem, nunca poderá tê-lo.
Em qualquer caso: quando você vir alguém num belo Jaguar com
o teto solar aberto, não atire latas de cerveja nele!
DECLARAÇÃO
Eu admiro as pessoas ricas. Eu abençôo as pessoas ricas. Eu amo as
pessoas ricas. E vou ser uma pessoa rica também.
Eu tenho uma mente milionária! AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Pratique a filosofia Huna: "Abençoe aquilo que você quer."
Passeie, compre revistas, observe as casas bonitas e os carros
bacanas e leia sobre negócios bem-sucedidos. Abençoe tudo o
que você vir e gostar. Abençoe também os proprietários desses
bens ou as pessoas que estão envolvidas com eles.
2. Escreva e envie uma breve carta ou um e-mail a alguém que
você conheça (não necessariamente em pessoa) que seja
extremamente bem-sucedido em qualquer campo, dizendo-lhe o
quanto você o admira e respeita por suas realizações.
91
Arquivo de riqueza nº 7
As pessoas ricas buscam a companhia
de indivíduos positivos e bem-sucedidos.
As pessoas de mentalidade pobre buscam a companhia
de indivíduos negativos e fracassados.
As pessoas bem-sucedidas observam outras pessoas bem-sucedidas
para se motivar - as veem como exemplos com os quais podem
aprender e dizem a si mesmas: "Se elas conseguem, eu também
consigo." Como afirmei antes, o exemplo propicia uma das maneiras
fundamentais de aprendizado.
Quem é rico se sente grato por outras pessoas terem tido êxito antes
dele, pois, com um modelo para seguir, fica mais fácil encontrar o
próprio suCesso. Por que reinventar a roda? Existem métodos
comprovados para enriquecer que dão certo para quase todos que os aplicam.
O modo mais rápido e fácil de enriquecer é aprender como as
pessoas ricas, mestras em fazer fortuna, jogam o jogo da riqueza.
Basta copiar as suas estratégias internas e externas. Faz sentido: se
você tiver uma programação mental idêntica à delas e imitar a sua
forma de agir, as suas chances de obter os mesmos resultados serão
muito grandes. Foi o que eu fiz e é disso que este livro trata.
Ao contrário dos ricos, muitas pessoas de mentalidade pobre,
quando ouvem falar do sucesso de alguém, costumam julgar, criticar
e escarnecer, além de tentar puxar esse individuo para o seu próprio
nível. Quanta gente assim você conhece? Quantos parentes seus agem
desse jeito? A questão é: como é possível aprender com os indivíduos que você critica ou se inspirar neles?
Sempre que sou apresentado a alguém muito rico, dou um jeito
de conhecer essa pessoa e aprender como ela pensa. Se você acha
que estou errado em fazer isso, é porque talvez pense que eu deveria
ficar amigo de quem está na pior. Eu não concordo. Como
mencionei anteriormente, a energia é contagiosa, e não quero me expor
a influências negativas.
92
Um dia, enquanto eu dava uma entrevista para uma radio, uma
mulher telefonou com uma ótima pergunta: "O que faço se sou
positiva e quero crescer e o meu marido é alguém que puxa tudo para
baixo? Devo deixá-lo? Devo tentar mudá-lo?" Ouço perguntas
semelhantes a essa pelo menos 100 vezes por semana nos cursos.
Quase todos os participanteS querem saber a mesma coisa: "O que
fazer se as pessoas do meu convívio intimo não estão interessadas
no crescimento pessoal e até me criticam porque eu estou?
A resposta é a seguinte: primeiro, não perca tempo tentando
mudar pessoas negativas. Não é sua obrigação. O seu dever é usar o
que aprendeu para melhorar a si mesmo e a sua vida. Seja o
exemplo. seja bem-sucedido, seja feliz e, quem sabe, as pessoas vejam a
luz (em você) e queiram um pouco dela para si próprias. Repito, a
energia é contagiosa. A escuridão se dissipa na luz. As pessoas têm
que se esforçar para se manter "escuras" quando ha luz a sua volta.
A sua tarefa é apenas ser o melhor que puder. Se lhe perguntarem o
seu segredo, conte.
Segundo, tenha em mente um princípio que ensino nos cursos
para que a pessoa aprenda a manifestar a sua vontade, mantendo-se
calma, centrada e em paz. Ele diz: "Tudo aconteLe por uni motivo, e
esse motivo existe para me ajudar." De fato, é muito mais difícil ser
positivo e consciente ao lado de pessoas e circunstâncias negativas,
mas esse é o seu teste. Da mesma forma como o aço é endurecido
pelo fogo, você crescerá mais rápido e ficará mais forte se
permanecer fiel aos seus valores quando todos a sua volta estiverem
cheios de dúvidas e propensos a recriminações.
Não se esqueça de que nada tem significado, exceto aquele que nós
mesmos atribuímos às coisas. Lembre-se também de que, na parte 1,
você leu sobre como nos identificamos com os nossos pais ou nos
rebelamos contra eles, dependendo do modo como "enquadramos"
as suas ações. De hoje em diante, quero que pratique reenquadrar a
negatividade alheia para se recordar de como não deve pensar e agir.
Quanto mais negativas forem as pessoas, mais lembranças você tera 93
do quanto é desagradável ser assim. Não estou sugerindo que lhes
diga isso. Apenas aja como proponho, sem condená-las por serem
como são. Se começar a julgá-las, criticá-las e menosprezá-las, você
acabará não sendo melhor do que elas.
No pior dos casos, se não for mais capaz de lidar com a energia
negativa de pessoas que o cercam e se isso o estiver prejudicando de
tal maneira que não consiga mais crescer, talvez você precise tomar
algumas decisoes corajosas a respeito de si próprio e de como quer
viver a sua vida. Não estou lhe sugerindo que aja de modo irrefletido,
mas eu, por exemplo, jamais poderia conviver com alguém negativo
e que desdenhasse do meu desejo de aprender e crescer - pessoal,
espiritual e financeiramente. Nunca faria isso comigo mesmo
porque tenho respeito por mim e pela minha vida. Mereço toda a
felicidade e todo o sucesso que puder ter.
Repito, a energia é contagiosa: portanto, você pode afetar ou
infectar as pessoas. O inverso também é verdade: ou elas o afetam
ou o infectam. Eu lhe pergunto: você abraçaria uma pessoa sabendo
que ela está com conjuntivite? A maioria de nós diria: "Nem pensar,
da conjuntivite eu quero é distância." Muito bem, acredito que o
pensamento negativo é uma espécie de conjuntivite mental. Em vez
de coceira nos olhos, ele provoca um sentimento de desdém; em
vez de dor, causa vontade de criticar; em vez de ardência,
desencadeia um sentimento de frustração. Agora me diga: está seguro de
que deseja ficar perto de alguém que apresenta esses sintomas?
Tenho certeza de que você já ouviu a expressão "cada qual com o
seu igual". Você sabia que a maior parte das pessoas ganha 20% a
mais ou a menos do que os seus amigos íntimos? Por isso é
importante observar quem são as pessoas com quem você se junta e
escolher cuidadosamente com quem passar o seu tempo.
Pela minha experiência, vejo que os ricos não entram para clubes
de alta classe só para jogar golfe, mas também para estar em contato
com outros indivíduos bem-sucedidos. Ha um ditado que diz: "Não
se trata do que você sabe, mas de quem você conhece." Faço questão
94
de buscar a companhia de pessoas positivas e de sucesso e, tão
importante quanto, de manter distância de quem é negativo.
Além disso, não abro mão de evitar situações destrutivas. Não vejo motivo para me deixar envenenar por uma energia prejudicial.
Nisso incluo: discutir, fofocar e falar pelas costas. E acrescento o
hábito de assistir a programas bobocas na televisão, a não ser como
estratégia de relaxamento, nunca como forma basica de diversão.
Quando vejo televisão, geralmente assisto a programas esportivos,
jogos e entrevistas com atletas de destaque. Primeiro, porque gosto
de ver os campeões de qualquer área em ação; segundo, porque
aprecio ouvi-los, presto muita atenção na sua programação mental.
Para mim quem está na primeira divisão de qualquer esporte ja é
um vencedor. O atleta desse nivel necessariamente superou diversas
etapas para chegar aonde chegou, o que considero fantástico. Admiro
a atitude que eles assumem nas vitórias: "Foi um grande esforço de
toda a equipe. Obtivemos um bom resultado. apesar de ainda
precisarmos melhorar muita coisa. Em todo caso, fomos recompensados
pelo nosso trabalho." Gosto também do que eles costumam
dizer depois das derrotas: "Foi só uma partida. Estaremos em campo
de novo. Vamos simplesmente esquecer esse jogo e nos concentrar
no próximo. Agora é só conversarmos sobre os erros cometidos,
treinar e fazer o que for necessario para vencer."
Nos Jogos Olímpicos de 2004, a canadense Perdita Felicien,
campeã mundial dos 100m com barreiras, era a favorita absoluta para
a medalha de ouro. Mas na prova final ela tocou no primeiro
obstáculo e caiu feio. Nem completou a prova. Extremamente abalada,
ficou lá chorando sem acreditar no que havia acontecido. Passara os
quatro anos anteriores se preparando, seis horas por dia, sete dias
por semana. Na manhã seguinte, eu ouvi a sua entrevista coletiva.
Devia tê-la gravado. Fiquei impressionado com a visão dessa atleta
sobre o que lhe ocorrera e sohre o futuro. Ela disse mais ou menos
o seguinte: "Não sei por que aconteceu, mas aconteceu, e eu vou
aprender com isso. Estou decidida a me concentrar mais e trabalhar
95
mais nos próximos quatro anos. Quem sabe qual seria o meu
caminho se eu tivesse vencido? Talvez eu perdesse o ímpeto de competir.
Não sei, mas a minha gana de vencer é agora maior do que nunca.
Voltarei ainda mais forte." Ouvindo-a falar assim, só pude dizer
"Caramba!". A gente aprende um bocado com os campeões.
As pessoas ricas procuram a companhia de vencedores, enquanto
as de mentalidade pobre preferem estar perto de perdedores. Por
quê? É uma questão de conforto. Os ricos sentem-se bem com o
sucesso dos outros, consideram-se dignos de estar com eles. Quem
pensa pequeno está sempre desconfortável ao lado de individuos
bem-sucedidos, seja porque tem medo de ser rejeitado, seja porque
se sente deslocado. Para se proteger, o seu ego parte para o
julgamento e a crítica. Se você quer enriquecer, tem que mudar o seu modelo interno
para passar a acreditar que é absolutamente tão capaz quanto
qualquer milionário ou multimilionário. Nos seminários, fico pasmo
quando alguém me pergunta se pode tocar em mim, dizendo: "Eu
nunca toquei um multimilionário antes." Em geral, sou educado e
sorrio, mas na minha cabeça estou dizendo: "Vá viver a sua vida! Eu
não sou melhor do que você nem diferente. Se não entender isso
rapidinho, estará sempre na pior."
Não se trata de tocar os milionários, mas de decidir que você é tão
capaz e merecedor quanto qualquer um deles e agir da mesma
forma. O meu melhor conselho é o seguinte: caso você queira tocar
um milionário, torne-se um deles.
Espero que tenha compreendido. Em vez de desdenhar das
pessoas ricas, imite-as. Em vez de evitá-las, conheça-as. Em vez de dizer
"Caramba, elas são o máximo", diga "Se elas podem, eu também
posso". No fim, quando você quiser tocar um milionário, bastará
tocar a si mesmo.
96
DECLARAÇÃO
Eu imito as pessoas ricas e bem-sucedidas. Eu busco a companhia de
pessoas ricas e bem-sucedidas. Se elas podem, eu também posso!
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Vá a uma biblioteca, a uma livraria ou acesse a internet para ler
a biografia de uma pessoa que é ou foi extremamente rica e
bem-sucedida. Roberto Marinho, Antônio Ermírio de Morais,
Abilio Diniz, Bill Gates, Donald Trump, Jack Welch e Ted Turner
são bons exemplos. Use as suas histórias pessoais para se
inspirar, para aprender estratégias de sucesso específicas e, o mais
importante, para copiar a sua programação mental.
2. Associe-se a um clube de alta classe - de tênis, de negócios, de
golfe, etc. Aproxime-se de pessoas ricas num ambiente
requintado. Se não puder entrar para um clube de alto nível, tome um
café ou drinque no hotel mais chique da sua cidade. Sinta-se à
vontade nessa atmosfera e observe os clientes. Perceba que eles
não são diferentes de você.
3. Identifique uma situação ou pessoa que puxa você para baixo.
Afaste-se dessa situação ou ligação ou diminua os contatos. 4. Pare de assistir a bobagens na televisão e fique longe de
conversas destrutivas.
97
Arquivo de riqueza nº8
As pessoas ricas gostam de se promover.
As pessoas de mentalidade pobre não apreciam
vendas nem autopromoção.
Não gostar de autopromoção é um dos grandes obstáculos ao
sucesso. Em geral, quem reage negativamente a vendas e
promuções está na pior. É óbvio. Como alguém pode obter uma receita
significativa com o seu próprio negócio ou como representante de
um se não está disposto a deixar os outros saberem que ele, o seu
produto e o seu serviço existem? No caso de quem é empregado,
se a pessoa não divulgar as próprias virtudes, outro tuncionário
que se disponha a fazer isso passará rapidamente à sua frente na
hierarquia da empresa.
As pessoas costumam ter problemas com vendas e
autopromoção por vários motivos. Quem sabe você reconhece um deles
como o seu?
Primeiro, talvez no passado você tenha tido uma experiência
ruim com alguém que tentou lhe vender algo de maneira
inadequada. Essa pessoa pode ter forçado a barra, aborrecido você num
momento impróprio ou se recusado a aceitar um não, O que
importa, em qualquer caso, é reconhecer que esse episódio ficou para trás.
Prender-se a ele não é útil hoje.
Segundo, pode ser que você tenha vivido uma experiência
decepcionante tentando vender algo a alguém que não estava nem um
pouco interessado no seu produto. Nesse caso, a sua aversão a se
promover é apenas uma projeção do seu próprio medo do fracasso e da
rejeição. Repito: o passado não é necessariamente igual ao futuro.
Terceiro, talvez a sua resistência se origine de uma programação
transmitida por seus pais. Muita gente aprende que é falta de
educação "vender o próprio peixe". Mas, no mundo real dos negócios e
do dinheiro, se você não vender o seu próprio peixe, ninguém fará
isso no seu lugar. As pessoas ricas dispõem-se a exaltar as próprias 98
virtudes e os próprios valores a qualquer um que queira ouvi-las e,
quem sabe, fazer negócios com elas também.
Finalmente, há quem se considere acima da autopromoção.
Chamo isso de síndrome de superioridade, atitude também
conhecida como "vejam como sou especial". Nesse caso, o sentimento
é este: "Se os outros querem o que eu tenho, eles que me descubram
e venham a mim." Os que acreditam nisso ou estão na pior ou
estarão em pouco tempo, com certeza. Eles pensam que o mundo
inteiro vai se virar pelo avesso para encontrá-los só porque têm um
bom produto. No entanto, nunca ninguem vai saber que esse
produto existe, pois a empáfia dessas pessoas não lhes permite anunciar
isso a quem quer que seja, e o mercado está cheio de concorrentes.
Talvez você conheça este ditado: "Faça uma ratoeira melhor e
todas as pessoas virão bater à sua porta." Isso só é verdade quando
se acrescenta outra frase depois: "Se elas ficarem sabendo que a
ratoeira existe."
Em geral, os ricos são excelentes na atividade da promoção. Estão
sempre dispostos a divulgar os seus produtos, os seus serviços e as
suas idéias com paixão e entusiasmo. E sabem também como coloca-los
numa embalagem atraente. Se você acha que isso é errado, então
devemos proibir as mulheres de se maquiar e, aproveitando o embalo,
acabar também com os ternos masculinos. Todas essas coisas não
passam de "embalagens".
Robert Kiyosaki, autor de Pai rico, pai pobre, diz que todo
negócio, inclusive o de escrever livros, depende de vendas, e observa que
é reconhecido como um autor campeão de vendas e não como
o melhor escritor. A primeira qualificação paga muito mais do que
a segunda.
As pessoas ricas geralmente são líderes e todo grande líder é
excelente em autopromoção. Para ser um líder, você tem que ter
seguidores e pessoas que o apóiem. Portanto, deve ser capaz de convencer,
inspirar e motivar os outros a adotar as suas idéias. Até os
presidentes dos países precisam "vender" as suas idéias o tempo todo -
99
ao público, ao Congresso e até ao seu partido - para vê-las
implementadas. E, muito antes disso, se não as venderem a si próprios em
primeiro lugar, não conseguirão nem se eleger.
Em suma, todo líder que não pode ou não quer se promover não ocupará essa posição por muito tempo, seja na política, nos negócios,
nos esportes - nem mesmo em casa, como pai ou mãe. Insisto nisso
porque os líderes ganham muito mais dinheiro do que os seguidores.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Os líderes ganham muito mais dinheiro
do que os seguidores.
O ponto crítico nessa questão não é se você gosta ou não de se
promover, mas por que precisa fazer isso. Tudo se resume às suas
crenças. Você crê de verdade no seu próprio valor? Acredita de fato
no seu produto ou serviço? Está inteiramente seguro de que ele
beneficia as pessoas para as quais está tentando vendê-lo?
Se você tem certeza do valor do seu produto, por que escondê-lo
de quem necessita dele? Suponha que você vendesse um remédio
para artrite e encontrasse uma pessoa que sofre dessa doença. Você
o ocultaria dela? Esperaria que ela lesse a sua mente e adivinhasse
que você tem um medicamento que pode ajudá-la? O que você
pensaria de um indivíduo que, por ser timido, medroso ou bacana
demais para se promover, não oferecesse uma oportunidade de
melhora a alguém que sofre?
As pessoas que desconfiam da autopromoção costumam não
acreditar de forma plena nas suas capacidades e nos seus produtos
ou serviços. Por isso é extremamente difícil para elas imaginar que
existe alguém que esteja tão certo do valor daquilo que possui que
deseja compartilhá-lo de todas as formas possíveis com quem cruza
o seu caminho.
Se você acreditar que o que tem a oferecer pode ser
verdadeiramente útil para as pessoas, terá grandes chances de ficar rico.
100
DECLARAÇÃO
Promovo o meu valor com paixão e entusiasmo.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Dê uma nota de um a dez ao produto ou serviço que você está
oferecendo atualmente (Ou pensando em oferecer), de acordo
com o grau de confiança que tem nele. Se a nota for de sete a nove,
faça uma nova avaliação com o objetivo de elevar o seu valor.
Caso o resultado seja igual ou inferior a seis, pare de oferecê-lo e
comece a trabalhar com algo em que você realmente acredite. 2. Leia livros e faça cursos de marketing e vendas. Torne-se um
especialista nessas áreas, capaz de vender o seu produto ou
serviço com sucesso e total integridade.
101
Arquivo de riqueza nº 9
As pessoas ricas são maiores do que os seus problemas.
As pessoas de mentalidade pobre são menores
do que os seus problemas.
Como já disse, enriquecer não é um passeio no bosque. É uma
viagem cheia de curvas, guinadas, desvios e obstáculos. A estrada
para a riqueza é repleta de perigos e armadilhas, e é precisamente
por isso que a maioria das pessoas não a toma. Elas não querem os
atritos, as dores de cabeça e as responsabilidades decorrentes. Em
suma, não desejam problemas.
Nesse aspecto se encontra uma das maiores diferenças entre as
pessoas ricas e bem-sucedidas e as de mentalidade pobre: as primeiras
são maiores do que os seus problemas, enquanto as últimas são
menores do que eles.
Aqueles que pensam pequeno fazem qualquer coisa para evitar
obstáculos. Quando se vêem diante de um desafio, saem correndo.
A ironia é que, nessa busca por uma vida sem complicações, eles
acabam tendo outros problemas, sentindo-se muitas vezes fracassados.
O segredo do sucesso não é tentar evitar os problemas nem se
esquivar ou se livrar deles, mas crescer pessoalmente para se tornar
maior do que qualquer adversidade.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
O segredo do sucesso não é tentar evitar os problemas
nem se esquivar ou se livrar deles, mas crescer pessoalmente
para se tornar maior do que qualquer adversidade.
Numa escala de um a dez, imagine-se uma pessoa dotada de força
de caráter e determinação de nível dois enfrentando um problema
de nível cinco. Essa dificuldade lhe parece grande ou pequena?
Olhando do nível dois, um obstáculo do nível cinco há de parecer
um grande problema.
102 Agora imagine que você se aprimorou e a sua força de caráter
atingiu o nível oito. Esse mesmo problema de nível cinco se
mostra grande ou pequeno aos seus olhos? Como num passe de mágica, eLe
se transformou num probleminha.
Para terminar, suponha que você deu um duro danado consigo
mesmo e tornou-se uma pessoa com força de caráter de nível dez. O
mesmo obstáculo de nível cinco é agora um grande ou um pequeno
problema? A resposta é: ele simplesmente não é mais um problema!
O seu cérebro nem sequer o registra como tal e tampouco esse
entrave produz qualquer energia negativa - ele é apenas uma
ocorrência normal do seu dia-a-dia, como escovar os dentes e se vestir.
Observe que, independentemente de você ser rico ou pobre, de
pensar grande ou pequeno, as adversidades não deixam de existir.
Enquanto você respirar, sempre estará diante dos chamados
problemas e obstáculos da vida. Para encurtar a conversa: o tamanho do
problema nunca é a questão principal - o que importa é o seu
próprio tamanho.
Isso pode doer, mas, se você está pronto para passar ao nível
seguinte de sucesso, vai ter que se conscientizar do que de fato
acontece na sua vida. Preparado? Então la vai.
Se você tem um grande problema, isso quer dizer apenas que está
sendo uma pessoa pequena. Não se deixe enganar pelas aparências.
O seu mundo exterior é um simples reflexo do seu mundo interior,
Caso queira fazer uma mudança permanente, redirecione o foco: do
tamanho dos seus problemas para o tamanho da sua pessoa.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Se você tem um grande problema, isso quer dizer
apenas que está sendo uma pessoa pequena.
Um dos lembretes nada sutis que sugiro aos participantes dos
seminários é: sempre que você pensar que tem um problemão,
aponte para si mesmo e grite: "Pequeno, pequeno, pequeno!" Isso o
103
despertará abruptamente e o fará redirecionar o foco para o objeto
que nunca deveria ter abandonado: você mesmo. Depois, a partir do
seu eu superior" (e não do eu de vítima, baseado no ego), respire
fundo e decida, naquele exato momento, que você será uma pessoa
maior, que não permitirá que nenhuma dificuldade ou obstáculo
estrague a sua felicidade e o seu sucesso.
Quanto maiores forem os problemas com os quais você lidar,
maior o negócio que será capaz de conduzir; quanto maior o número
de funcionários que você administrar, maior a quantidade de clientes que poderá atender; quanto maior o universo de clientes que você
atender, maior o montante de dinheiro que conseguirá controlar e,
finalmente, maior a fortuna que terá capacidade de acumular.
Repito: a sua riqueza cresce na mesma medida que você, O
objetivo é evoluir pessoalmente até ser capaz de superar quaisquer
problemas e obstáculos que se interponham no caminho da conquista
e conservação do seu dinheiro.
Por falar nisso, conservar a riqueza é uma história inteiramente
diferente, sabia? Eu não. Para mim, depois que enriquecesse,
permaneceria rico. Acredite: perder o meu primeiro milhão quase tão
depressa quanto o ganhei foi um doloroso despertar. Hoje entendo
qual foi o problema. Na época, a minha "caixa de ferramentas" não
era grande e forte o suficiente para manter a riqueza que eu havia
conquistado. Digo e repito: ainda bem que pratiquei os princípios
da mente milionária e consegui me recondicionar. Não apenas
recuperei o milhão como, por causa do meu novo modelo de
dinheiro, ganhei muitos outros. E o melhor de tudo é que, além de
conservá-los, eu os faço continuar crescendo num ritmo fenomenal.
Pense em você como o seu próprio recipiente de riqueza. Se ele é
pequeno e a sua fortuna é muito grande, o que acontecerá? Você a
perderá. O recipiente vai transbordar e o excesso de dinheiro cairá
pelo lado de fora. Não se pode ter mais dinheiro do que cabe no
próprio recipiente. Portanto, você terá que crescer até se tornar um
recipiente amplo, capaz não apenas de guardar, mas de atrair mais
104
fortuna. O universo abomina o vazio - se o seu recipiente de riqueza
for muito grande, ele se prontificará a preencher o espaço.
Um dos motivos pelos quais as pessoas ricas são maiores do que
os problemas está relacionado com algo que expliquei antes. Elas
não estão concentradas nos obstáculos, mas nas metas. Repito: em
geral a mente focaliza uma coisa principal de cada vez; portanto, ou
a pessoa está se lamuriando por causa da dificuldade ou está
trabalhando para saná-la. Os ricos e bem-sucedidos são orientados para
as soluções, empregam o seu tempo e a sua energia pensando em
estratégias e respostas para os desafios que surgem e criando
sistemas para garantir que o problema não volte a ocorrer.
As pessoas fracassadas e de mentalidade pobre são orientadas para
os problemas. Perdem tempo e energia praguejando e se queixando
e raramente encontram soluções criativas para amenizar a
dificuldade, muito menos para que ela não volte a surgir.
Os ricos não fogem das adversidades, não se esquivam nem se
queixam delas. São guerreiros financeiros. Nos cursos, a definição
que dou a guerreiro é: "Aquele que conquista a si mesmo."
Feitas as contas, se você se torna um mestre em lidar com
problemas e na superação de qualquer obstáculo, o que pode impedi-lo de
alcançar o sucesso? A resposta é: nada. E, se nada pode detê-lo, você não pára nunca. E, se jamais pára, que opções possui na vida? A
resposta é: todas. Como nada pode freá-lo, todas as coisas estarão à sua
disposição. Você apenas escolhe e aquilo é seu - isso é que é liberdade.
DECLARAÇÃO
Sou maior do que os meus problemas. Posso lidar com qualquer
problema.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Sempre que você se sentir perturbado por um "grande"
problema, aponte para si mesmo e diga: "Pequeno, pequeno,
105
pequeno! Em seguida, respire fundo e declare para si mesmo:
"Posso lidar com isso. Sou maior do que qualquer problema."
2. Registre por escrito um problema que você tem. Depois liste
10 medidas possíveis para resolvê-lo ou, pelo menos, para
melhorar a situação. Assim, você deixará de pensar nesse obstáculo
e começará a solucioná-lo. Além disso, se sentirá muito melhor.
106
Arquivo de riqueza nº 10
As pessoas ricas são excelentes recebedoras.
As pessoas de mentalidade pobre
são péssimas recebedoras.
Se eu tivesse que estabelecer a causa número um que impede
muita gente de atingir o seu pleno potencial financeiro, ela seria a
seguinte: não saber receber. A maioria das pessoas pode ou não
saber dar, mas definitivamente não é boa em receber. E, por causa
disso, acaba não recebendo mesmo.
Receber costuma ser um desafio por diversas razões. Primeiro, a
pessoa não se sente digna ou merecedora. Essa síndrome permeia
toda a nossa sociedade. Eu diria que mais de 90% dos indivíduos
carregam o sentimento de não serem merecedores. De onde vem tanta baixa auto-estima? Da fonte de sempre: o
nosso condicionamento. Na maior parte dos casos, isso é o
resultado de ouvirmos 20 respostas "Não" para cada "Sim", 10 "Você está
fazendo errado!" para apenas um "Você está fazendo certo!" e cinco
"Você é um trouxa!" para cada "Você é o máximo!".
Por mais positivos que tenham sido os nossos pais ou
responsáveis, em geral acabamos carregando o sentimento de não estarmos
o tempo todo à altura dos seus elogios e das suas expectativas. Por
isso não nos consideramos merecedores.
Além disso, a maioria de nós traz o fator punição gravado na
mente. Essa regra não escrita diz que, quando fazemos algo errado,
seremos punidos. Algumas pessoas são castigadas pelos pais, outras
pelos professores... e, em certos círculos religiosos, há quem seja
ameaçado com a maior de todas as condenações: não ir para o céu.
É claro que, agora que somos adultos, tudo isso é passado. Certo?
Errado. O condicionamento da punição está tão impregnado na nossa
mente que, não havendo ninguém por perto para nos castigar
quando cometemos um erro ou quando simplesmente não somos
perfeitos, nós punimos a nós mesmos sem perceber. Na nossa infância,
107
esse castigo talvez tenha vindo na clássica maneira "Você se
comportou mal, por isso não vai ganhar chocolate". Hoje, porém, poderia
assumir a forma "Você se comportou mal, por isso não vai ganhar
dinheiro" Isso explica por que algumas pessoas limitam os seus
rendimentos e outras sabotam o próprio sucesso de modo subconsciente.
Não admira que as pessoas tenham dificuldade em receber. Basta
um pequeno erro para que se sintam condenadas a carregar o ônus
da miséria e da pobreza pelo resto da vida. "Isso está meio
exagerado", você deve estar pensando. E desde quando a mente tem lógica e
compaixão? Repito: a mente condicionada é uma pasta de arquivos
cheia de programações passadas, significados inventados e histórias
de dramas e desastres. "Fazer sentido" não é o seu forte.
Nos seminários, costumo ensinar algo que talvez o faça se sentir
melhor. No fim das contas, não importa se você se sente merecedor
ou não, pois poderá enriquecer de qualquer forma. Muitas pessoas
ricas não se consideram altamente merecedoras. Na verdade, essa
costuma ser uma das maiores motivações para alguém fazer fortuna:
provar o próprio valor a si mesmo e aos outros. Mas a idéia de que o
mérito próprio é indispensável para a construção do patrimônio
liquido não tem necessariamente fundamento na vida real. Como já
disse, enriquecer para atestar a capacidade pessoal talvez não torne a
pessoa feliz, portanto é melhor conquistar a riqueza por outros
motivos. O essencial é perceber que o sentimento de não ser
merecedor não impede ninguém de ser bem-sucedido - do ponto de vista
estritamente financeiro, pode até ser um ativo motivacional.
Dito isso, quero que você entenda de forma bem clara o que vou afirmar agora. Este pode ser um dos momentos mais importantes
da sua vida. Preparado? Então lá vai.
Reconheça que ser ou não merecedor é apenas uma "história"
inventada. Mais uma vez: nada tem significado, exceto aquele que
nós mesmos atribuímos às coisas. Quanto a você, não sei, mas eu
nunca ouvi falar de alguém que ao nascer tenha passado pela "fila do
carimbo"! Você consegue imaginar Deus carimbando a testa de cada
108
pessoa que acaba de chegar ao mundo? "Merecedor... não
merecedor... merecedor... não merecedor. Argh... definitivamente não
merecedor." Sinto muito, não acredito que as coisas aconteçam assim.
Ninguém lhe impõe esse rótulo. É você mesmo quem faz isso, quem
inventa isso e quem decide isso. Você e só você determina se é ou
não merecedor. É um ponto de vista exclusivamente seu. Se você diz
que é merecedor, então é. Se diz que não é, então não é. Em
qualquer hipótese, você viverá a sua própria história. É simples assim.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Se você diz que é merecedor, então é. Se diz que não é,
então não é. Em qualquer hipótese, você viverá a sua
própria história. É simples assim.
Mas por que as pessoas fazem isso consigo mesmas? Por que
inventam a história de que não são merecedoras? Porque isso é da
natureza da mente humana. Você já percebeu que um cão não se
preocupa com essas coisas? Consegue imaginar um cachorro dizendo
"Não vou enterrar esse osso para o dia em que tiver fome porque
não mereço"? Criaturas pouco inteligentes como essa nunca fariam
isso consigo mesmas. Somente nós, os seres mais evoluidos do
planeta, conseguimos nos limitar dessa maneira.
Um dos meus próprios ditados é: "Se um carvalho de 30m de altura
tivesse a mente de um ser humano, cresceria apenas 3m." Eis, portanto,
a minha sugestão: como é muito mais fácil mudar a sua história do que
o seu senso de merecimento, altere a sua história em vez de se
preocupar em modificar o seu senso de merecimento. É bem mais simples
e barato. Apenas invente uma história nova e mais positiva e viva-a.
"Eu não posso fazer isso", afirma você. "Sinto muito, mas não sou
indicado para dizer se sou ou não merecedor. Isso tem que partir de
outra pessoa." Sinto muito, digo eu: a questão definitivamente não é
assim. Não faz a menor diferença o que alguém diz agora ou disse
no passado porque, para que essa idéia dê resultado, você tem que
109 acreditar nela e aceitá-la por inteiro, e isso não pode ser feito por
outra pessoa que não seja você mesmo. No entanto, apenas para
fazê-lo sentir-se melhor, vamos jogar o jogo: a partir deste momento,
eu o declaro merecedor pelo resto da sua vida.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
"Se um carvalho de 30m de altura tivesse a mente
de um ser humano, cresceria apenas 3m."
Portanto, siga este conselho: pare de engolir essa tolice de "não
merecimento" e comece a tomar as medidas cabíveis para enriquecer.
O segundo motivo principal da dificuldade de receber é a pessoa
ter acreditado no ditado: "Dar é melhor do que receber." Trata-se de
um completo disparate. O que é melhor: quente ou frio, grande ou
pequeno, esquerda ou direita, claro ou escuro? Dar e receber são as
duas faces de uma mesma moeda. Quem inventou que é melhor dar
do que receber, sinto muito, era ruim em matemática. Para todo
doador tem que haver um recebedor; para todo recebedor tem que
haver um doador.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Para todo doador tem que haver um recebedor;
para todo recebedor tem que haver um doador.
Pense no assunto: como você poderia dar algo se, do outro lado,
não existisse alguém para receber? As duas pessoas têm que estar em
perfeito equilíbrio para que possam atuar meio a meio. E, como dar
e receber necessariamente se equivalem, devem também ser iguais
em importância.
Além disso, como é a sensação de dar? A maioria de nós
provavelmente concorda que o ato de dar nos proporciona um sentimento
maravilhoso e gratificante. Por outro lado, como fica o nosso estado de
espírito quando queremos dar e a outra pessoa não quer receber? Quase
110
todos nós nos sentimos muito mal com isso. Saiba, portanto, o
seguinte: aquele que não se dispõe a receber "rouba" quem quer lhe dar algo.
Recusar-se a receber é negar ao outro a alegria e o prazer da
doação, é fazê-lo infeliz. Por quê? Porque, corno não me canso de
dizer, tudo é energia. Quando uma pessoa quer dar alguma coisa e
não consegue, essa energia não tem como se expressar e fica presa
dentro dela, transformando-se em emoções negativas. Para piorar as coisas, não estando plenamente propensa a receber,
a pessoa está "treinando" o universo a não lhe dar. É simples: se alguém
não está aberto a receber a sua parte, ela irá para quem esteja. Esse
é um dos motivos que levam os ricos a ficar mais ricos e as pessoas
de mentalidade pobre a se ver numa situação cada vez mais difícil.
Não é porque os primeiros sejam mais merecedores, mas porque
eles admitem receber, enquanto a maior parte daqueles que pensam
pequeno não aceita isso.
Aprendi essa lição em grande estilo num acampamento na floresta.
Como pretendia passar dois dias ali, montei uma espécie de tenda
com uma lona - prendi um dos lados do tecido no chão e o outro a
uma árvore, mantendo uma inclinação de 45º. Foi bom ter feito esse
abrigo, pois choveu durante toda a noite. Quando saí dali na manhã
seguinte, vi que eu, como tudo o mais sob aquele teto improvisado,
estava seco, mas que uma poça muito funda se formara do lado de
fora, na base da lona. Foi quando escutei a minha voz interna dizer:
"A natureza é plena em abundância, mas não discrimina nada nem
ninguém. Quando a chuva cai, a água tem que ir para algum lugar.
Se uma parte está seca, outra tem que estar duplamente molhada.
Olhando a poça, percebi que esse mesmo processo ocorre com o
dinheiro. Verdadeiras fortunas circulam por aí em plena
abundância, e elas têm que ir para algum lugar. A questão é simples: se uma
pessoa não está propensa a receber a sua parte, esta acabará indo para
quem está. O dinheiro, como a água da chuva, não liga a mínima
para quem vai ficar com ele.
Por conta da experiência naquele abrigo, criei uma oração que diz
111
o seguinte: "Universo, se você mandou uma coisa extraordinária para
uma pessoa que não está querendo recebê-la, faça-a chegar até mim.
Estou aberto e disposto a aceitar todas as suas bênçãos. Obrigado."
Peço aos participantes de meus seminários que repitam isso comigo.
As pessoas ficam eufóricas. Elas se entusiasmam porque estar
inteiramente aberto a receber é algo incrível, e essa sensação é maravilhosa,
pois o natural é se sentir desse jeito. Qualquer alternativa que você
tenha inventado para isso é, eu insisto, apenas uma história inútil,
que não serve a você nem a ninguém. Deixe a sua história partir e o
seu dinheiro chegar.
Quem é rico trabalha muito e acredita que é perfeitamente
apropriado ser bem recompensado por seus esforços e pelo valor que
agrega aos outros. As pessoas de mentalidade pobre também dão
duro, mas o sentimento de que não são merecedoras as faz crer que
não é justo serem bem remuneradas por seus esforços e pelo valor
que agregam. Essa crença as predispõe ao papel de vítimas. Pergunto:
como alguém poderá ser uma "boa" vítima se ganhar bem? Muitos individuos de mentalidade pobre acreditam de verdade
que são melhores porque não têm dinheiro. Algo lhes diz que são
maus bondosos, piedosos ou espiritualizados. Bobagem. A única
Coisa que os distingue é estarem freqüentemente numa situação
financeira ruim. Num dos seminarios, um homem veio falar
comigo aos prantos. Ele disse:
- Não consigo imaginar como poderei me sentir bem tendo um
monte de dinheiro enquanto outras pessoas possuem tão pouco.
Eu lhe fiz algumas simples perguntas:
- Que bem o senhor pode fazer aos necessitados se também é um
deles? A quem o senhor está ajudando se está sem dinheiro? Por
acaso o senhor não é uma boca a mais para alimentar? Não seria mais
eficaz se enriquecesse e fosse capaz de ajudar as pessoas a partir de
uma posição de força em vez de uma posição de fraqueza?
Ele parou de chorar e respondeu:
- Agora entendo. Como posso ter acreditado numa bobagem tão
112
grande? Harv, acho que chegou a hora de ficar rico e, no caminho,
ajudar os outros. Obrigado.
Ele voltou ao seu lugar como um novo homem. Tempos depois,
recebi dele um e-mail dizendo que estava ganhando três vezes mais
do que antes e que estava impressionado com isso. E o melhor de
tudo: que era maravilhoso poder ajudar os seus amigos e familiares
que ainda estavam em dificuldades.
Isso me leva a um ponto importante: se você possui meios de ganhar
rios de dinheiro, ganhe. Por quê? Porque muitas pessoas - pense
sobretudo nas que vivem em regiões assoladas pela fome, pelas guerras e
pelas doenças - provavelmente jamais terão essa oportunidade. Se você
é um dos afortunados que têm capacidade para fazer isso (e você tem,
do contrário não estaria lendo este livro), use todos os recursos de que
dispõe para a conquista desse objetivo. Enriqueça e ajude quem não
tem a mesma possibilidade que você. Essa atitude faz muito mais
sentido do que continuar sem dinheiro e não prestar auxílio a ninguém.
É claro, haverá quem diga: "O dinheiro vai fazer com que eu
mude. Se eu enriquecer, posso me tornar um individuo ganancioso.
Primeiro, as únicas pessoas que dizem isso são as que têm uma
mentalidade pobre. Essa idéia não passa de uma justificativa para o fracasso, fruto das muitas ervas daninhas dos seus jardins financeiros
"internos". Não caia nessa armadilha.
Segundo, quero deixar bem claro: o dinheiro apenas intensificará
aquilo que você já é. Se você é mesquinho, o dinheiro lhe dará a
oportunidade de ser mais mesquinho. Se você é bom, ele lhe propiciara
os meios de ser melhor. Se você tem ma índole, ele lhe permitira ser
pior ainda. Se você é generoso, a riqueza só fará com que a sua
generosidade aumente. E quem disser que não é assim está, com certeza,
numa situação financeira ruim.
PRINCIPIO DE RIQUEZA
O dinheiro apenas intensificará aquilo que você ja é.
113
O que fazer, então? Como se tornar um bom recebedor?
Primeiro, comece a nutrir a si mesmo. Lembre-se: somos
criaturas de hábitos, portanto você terá que praticar conscientemente o
ato de receber o melhor que a vida tem para lhe oferecer.
Um dos elementos-chave do sistema de administração do
dinheiro que ensino é ter a Conta da Diversão, da qual você poderá
sacar um valor designado para gastar com coisas que lhe dão
satisfação e o façam sentir-se "milionário". A idéia com essa conta
bancária é ajudá-lo a validar o seu merecimento e fortalecer o seu
"músculo recebedor".
Segundo, quero que você pratique se sentir emocionado e grato
toda vez que achar ou receber algum dinheiro. É engraçado,
quando eu estava nas minhas fases de dureza e via uma moeda no chão,
jamais me abaixava para apanhá-la. Hoje, que sou rico, pego
qualquer coisa que pareça dinheiro. Dou-lhe um beijo de boa sorte e
declaro em voz alta: "Eu sou um ímã que atrai dinheiro. Obrigado,
obrigado, obrigado."
Não fico ali parado julgando o nome que aquilo tem - dinheiro é
dinheiro, e achá-lo é uma bênção do universo. Agora, que estou
plenamente aberto a receber qualquer coisa que passa na minha frente,
essas dádivas chegam a mim.
Essa disposição é absolutamente essencial para quem quer
enriquecer. É também indispensável para os que desejam conservar
a fortuna. Se você é mau recebedor e por acaso lhe cai no colo uma
quantidade substancial de dinheiro, o mais provável é que ele
desapareça num instante. Repito: "Primeiro o interior, depois o exterior."
Em primeiro lugar, expanda a sua "caixa" de recebimento, depois
observe como o dinheiro surgirá para enchê-la.
Volto a dizer: o universo abomina o vazio. Em outras palavras,
um espaço vazio sempre será preenchido. Você já notou o que acontece com uma garagem e um armário desocupados? Eles geralmente
não ficam assim por muito tempo. Já reparou também como é
estranho que o tempo necessário para a execução de uma tarefa qualquer
114
é sempre igual ao tempo dado para que ela seja concluída? Não?
Quando você expandir a sua capacidade de receber, perceberá isso.
E mais: assim que você se tornar aberto a receber, todas as áreas
da sua vida passarão a ser igualmente receptivas. Você ganhará não
apenas mais dinheiro como mais amor, mais paz, mais felicidade e
mais satisfação. Por quê? Por causa de outro principio que uso com
freqüência. Ele diz: "Você faz uma coisa do mesmo modo como faz
todas as outras coisas.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Você faz uma coisa do mesmo modo
como faz todas as outras coisas.
A sua maneira de ser numa área é geralmente a mesma em todos
os setores da sua vida. Se você se bloqueia para não receber dinheiro,
é provável que também não se abra para aceitar todas as outras
coisas boas que poderia ganhar. Em geral, a mente não delimita um
campo especifico em que a pessoa é má recebedora. Na verdade,
ocorre exatamente o contrário: ela tem o hábito de generalizar
ao extremo, dizendo: "Você é do jeito que é, sempre e em todos os
aspectos."
Se você é um mau recebedor, é assim que age em todas as áreas.
A boa notícia é que, quando se tornar um excelente recebedor, será
assim também em todos os aspectos: aberto para aceitar tudo o que
o universo tem a lhe oferecer em todos os campos da sua vida.
A única coisa de que você precisa se lembrar é continuar dizendo
"obrigado" sempre que obtiver uma bênção.
DECLARAÇÃO
Sou um excelente recebedor. Estou aberto e propenso a receber
grandes quantidades de dinheiro na vida.
Eu tenho uma mente milionária!
115
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA 1. Pratique ser um excelente recebedor. Toda vez que alguém o
elogiar por qualquer motivo, diga apenas: "Obrigado." Não
retribua a gentileza na mesma hora. Isso permitirá que você
receba plenamente o elogio e se aproprie dele em vez de
"mandá-lo de volta" como muita gente faz. Além disso, garante
à pessoa que o elogiou a alegria de lhe dar esse presente sem ter
o desprazer da devolução.
2. Absolutamente todo dinheiro que você achar ou receber deve
ser festejado com muito entusiasmo. Vá em frente e declare em
alto e bom som: "Eu sou um ímã que atrai dinheiro. Obrigado,
obrigado, obrigado." Isso vale para o dinheiro que você
encontrar no chão, para aquele que receber de presente, para aquele
que vier do governo, para aquele que chegar às suas mãos como
pagamento e para aquele que o seu negócio lhe proporcionar.
Lembre-se: o universo está programado para apoiá-lo. Caso
você continue declarando que é um ímã que atrai dinheiro - e
especialmente se você tem uma prova disso -, o universo dirá
apenas "Certo" e lhe enviará mais.
3. Trate-se com carinho. Pelo menos uma vez por mês, tome uma
atitude especial para agradar a você mesmo e ao seu espírito.
Receba massagens, corte o cabelo num salão chique, se dê um
almoço ou jantar refinado, alugue um barco ou uma casa de
praia ou peça a alguém que lhe sirva o café da manhã na cama.
Faça coisas que lhe permitam se sentir rico e merecedor. Mais
uma vez: a energia vibracional que você emite nesse tipo de
experiência enviará ao universo a mensagem de que a
abundância está presente na sua vida e, insisto, o universo simplesmente
fará o seu trabalho, dizendo "Certo", e lhe dará oportunidades
de receber mais.
116
Arquivo de riqueza nº 11
As pessoas ricas preferem ser
remuneradas por seus resultados.
As pessoas de mentalidade pobre preferem
ser remuneradas pelo tempo que despendem.
Você já deve ter ouvido este conselho: "Vá à escola, tire boas notas,
arranje um bom emprego, consiga um contracheque "estável", seja
pontual, trabalhe duro... e será feliz para sempre." Não sei qual é a
sua opinião a respeito disso, mas eu gostaria de ter a garantia dessa promessa por escrito. Infelizmente, esse sábio conselho vem do
Livro dos Contos de Fadas, volume 1.
Não vou me dar ao trabalho de desmascarar essa afirmação. Você
é capaz de fazer isso sozinho, observando a sua própria experiência
e a vida das pessoas ao seu redor. O que quero analisar é a idéia que
está por trás do contracheque "estável". Não há nada errado em ter
um contracheque assim, a não ser que ele interfira na capacidade
que você possui de ganhar o que merece. É nesse ponto que está o
problema: ele geralmente interfere.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Não há nada errado em ter um contracheque estável,
a não ser que ele interfira na capacidade que você possui
de ganhar o que merece. É nesse ponto que está
o problema: ele geralmente interfere.
As pessoas de mentalidade pobre preferem receber um salário
garantido ou ser remuneradas por horas trabalhadas. Precisam da
"segurança" de saber que terão aquela exata quantidade de dinheiro
sempre na mesma data, todo mês. O que elas não percebem é que
essa segurança tem um preço, e o preço é a riqueza.
A vida baseada na segurança é uma vida fundamentada no medo.
Na verdade, o que a pessoa está dizendo é: "Temo não ser capaz de
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ganhar o suficiente pelo meu desempenho, por isso me contento em
receber o suficiente para sobreviver ou ter algum conforto."
As pessoas ricas escolhem ser remuneradas pelos resultados que
produzem, se não totalmente, pelo menos em parte. Elas costumam
ter o seu próprio negócio. Tiram os seus rendimentos dos lucros que
obtêm. Ganham por comisSão ou por percentual de receita.
Preferem ações da empresa ou participação nos lucros a salários
altos. Observe que nenhuma dessas fontes de renda dá garantias.
Como disse antes, no mundo financeiro as recompensas são
geralmente proporcionais dOS riscos.
Os ricos acreditam em si mesmos. Crêem no seu valor e na sua
capacidade de agrega-lo ao mercado. Pessoas que pensam pequeno,
não. É por isso que precisam de garantias.
Certa vez, negociei com uma assessora de relações públicas que
queria que eu lhe pagasse honorários mensais de US$ 4 mil.
Perguntei-lhe o que eu receberia em troca. Ela respondeu que eu
teria pelo menos o equivalente a US$ 20 mil em divulgação na imprensa por mês, em média. Eu quis saber: "E se você não produzir
esse resultado ou algo próximo a isso?" Ela afirmou que de qualquer
modo estaria dispondo do seu tempo, por isso merecia esse valor.
Eu lhe disse: "Não estou interessado em remunerá-la pelo seu
tempo, mas por determinado resultado. Se você não o alcançar, por
que devo lhe pagar? Por outro lado, caso você obtenha um
resultado melhor, receberá mais. Preste atenção: eu lhe darei 50% de
qualquer valor médio que você produzir. De acordo com os seus
números, isso corresponderia a honorários mensais de US$ 10 mil,
ou seja, mais do que o dobro do que você pretende ganhar."
Ela topou? De jeito nenhum. Ela vai bem? Não, e continuará assim
até descobrir que, para ficar rica, precisa receber por seus resultados.
As pessoas de mentalidade pobre trocam tempo por dinheiro. O
problema dessa estratégia é que o seu tempo é limitado. Portanto,
elas invariavelmente acabam quebrando a regra de riqueza nº 1, que
diz: "Nunca estabeleça um teto para os seus rendimentos." Ao optar
118
por ser remunerado pelo tempo que despende, você estara matando
as chances de ficar rico.
PRINCIPIO DE RIQUEZA
Nunca estabeleça um teto para os seus rendimentos.
Essa regra também se aplica aos negócios de prestação de serviço
em que, geralmente, as pessoas são remuneradas por horas
trabalhadas. É por isso que advogados, contadores, consultores e outros
profissionais que ainda não são sócios das empresas para as quais
colaboram - e, portanto, de cujos lucros não participam - só
conseguem, na melhor das hipóteses, rendimentos moderados.
Suponha que você está no ramo de canetas e recebe um pedido de
50 mil unidades. O que faria nesse caso? Telefonaria para o seu
fornecedor, encomendaria as 50 mil canetas, as entregaria ao cliente
e embolsaria o lucro, feliz da vida. Agora imagine que você é um
exímio massagista e tem 50 mil clientes fazendo fila a sua porta,
todos eles querendo os seus serviços. O que você faz? Simplesmente
se rói de arrependimento por não estar no ramo de canetas. O que
mais pode fazer? Experimente explicar a ultima pessoa da fila que o
atendimento vai demorar "um pouco porque a consulta terá que
ser marcada para as 15h15 de uma terça-feira daqui a quatro décadas". Não estou sugerindo que é errado prestar serviços pessoais.
Apenas não espere ficar rico tão cedo, a não ser que você invente
uma forma de se duplicar ou de alavancar a si mesmo.
Nos seminários, freqüentemente encontro assalariados e
profissionais que são remunerados por hora que se queixam de não estar
ganhando tanto quanto merecem. A minha resposta é: "Na opinião
de quem? Tenho certeza de que o seu patrão acredita que está lhe
pagando de forma justa. Por que você não sai do esquema do salario
e pede que o seu pagamento seja feito, parcial ou integralmente,
com base no seu desempenho? Ou, se não for possivel, por que não
trabalha por conta própria? Só assim saberá que está recebendo o
119
que merece." Mas esse conselho, por alguma razão, não parece
satisfazer essas pessoas que, obviamente, morrem de medo de testar o
seu real valor no mercado.
A resistência que as pessoas costumam ter à idéia de receber por
seus resultados decorre, muitas vezes, apenas do medo de romper
com o velho condicionamento. Pela minha experiência, vejo que a
maioria daqueles que estão empacados num emprego estável tem
uma programação passada que lhe diz que essa é a maneira
"normal" de ser remunerado por seu trabalho.
Os pais não podem ser responsabilizados por isso. (Se você for
uma boa vítima, acho até que colocará a culpa neles.) Em geral, eles
tendem a ser abertamente protetores. Portanto, no seu modo de
entender, é natural querer que os seus filhos tenham uma existência
segura em termos financeiros. Como você já deve ter percebido,
qualquer trabalho que não proporcione um contracheque estável
geralmente produz aquela terrível reação por parte deles: "Quando
é que você vai arranjar um emprego de verdade?"
Quando os meus pais me faziam essa pergunta, felizmente a
minha resposta era: "Se Deus quiser, nunca!" A minha mãe ficava
arrasada. Mas o meu pai dizia: "É isso mesmo. Você jamais ficará
rico trabalhando para outra pessoa em troca de salário. Se é para ter
um emprego, faça questão de que lhe paguem em porcentagem. Ou,
então, o melhor é trabalhar por conta própria."
Eu também o aconselho a adotar esse esquema. Escolha entre
abrir o seu próprio negócio, trabalhar por comissão ou receber uma
porcentagem da receita, dos lucros ou das ações da empresa.
Qualquer que seja a sua decisão, assegure-se de criar uma situação
que lhe permita ganhar com base nos seus resultados.
Acredito que a maioria das pessoas deveria trabalhar por conta
própria, em tempo integral ou parcial. O principal motivo disso é que a maior parte dos milionários enriqueceu montando um negócio próprio.
Se você não tem uma idéia brilhante para iniciar um negócio,
não se preocupe: use a de alguém. Por exemplo, trabalhe como um
120
vendedor comissionado. A atividade de vendas costuma produzir
resultados financeiros excelentes. Caso seja bom nisso, terá a chance
de ganhar uma fortuna.
Em alguns países, como OS Estados Unidos, uma ótima opção é
entrar para uma empresa de marketing de rede - um sistema de
distribuição que movimenta bens e/ou serviços do fabricante para o
consumidor por meio de uma "rede" de empresários independentes,
sem a necessidade de pontos-de-venda. Os produtos são adquiridos
por eles diretamente da empresa a preço de distribuidor e
revendidos a preço de tabela ao consumidor final.
Mesmo com pouco dinheiro, a pessoa pode se tornar um
empresário/distribuidor e desfrutar das vantagens de possuir um negócio
próprio com um pequeno número de inconvenientes
administrativos. Porém, e isso é importante, não pense nem por um minuto
que alguém consegue ser bem-sucedido nessa atividade sem se
dedicar - o negócio só dá certo quando o trabalho é bem-feito. O
êxito nesse ramo depende de treinamento, tempo e energia.
Outra opção é trocar o emprego por uma relação contratual. Se o
seu empregador estiver disposto, ele pode contratar a sua empresa
em vez da sua pessoa para realizar basicamente as mesmas
atividades que você executa agora. Algumas exigências legais tem que ser
atendidas, mas o importante é que, CaSO você consiga um ou dois
clientes a mais, mesmo em tempo parcial, podera receber como
empresário em vez de como empregado e desfrutar das vantagens
fiscais correspondentes. Quem sabe o tempo parcial se torna tempo
integral, dando-lhe a oportunidade de alavancar a si mesmo,
contratar outras pessoas para fazer o trabalho e, finalmente, dirigir o
seu próprio negócio?
Você deve estar pensando: "O meu patrão jamais concordaria
com isso." Eu não teria tanta certeza. Entenda que o custo de um
funcionário para a empresa é bastante alto - ela tem que pagar não
apenas o salário, mas uma série de encargos trabalhistas que podem
chegar a 80% do valor dessa remuneração. É claro que, em alguns
121 casos, você talvez tenha que abrir mão dos benefícios que recebe
como funcionário, mas, só com o que estará economizando em
impostos, poderá adquirir o que há de melhor para satisfazer as
suas necessidades.
No fim das contas, a única maneira de você ganhar o que
realmente merece é receber com base nos seus resultados. Não custa
lembrar o que meu pai me dizia: "Você jamais ficará rico trabalhando
para outra pessoa em troca de um salário. Se é para ter um emprego,
faça questão de que lhe paguem em porcentagem. Ou, então, trabalhe
por conta própria."
Isso é que é conselho sábio.
DECLARAÇÃO
Prefiro ser remunerado com base nos meus resultados.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Se atualmente você trabalha por um salário mensal, crie e depois
proponha ao seu empregador um plano de remuneração que
lhe permita receber, ao menos parcialmente, com base nos seus
resultados pessoais, bem como nos resultados da empresa.
Caso você tenha um negócio próprio, estabeleça um plano de
remuneração que permita aos seus colaboradores e
fornecedores receberem basicamente pelos resultados que produzem e
pelos resultados da sua empresa.
2. Se você está empregado e não ganha o que merece com base
nos resultados que alcança, pense em abrir um negócio próprio,
ainda que em tempo parcial. Uma opção é oferecer serviços
independentes de consultoria à empresa para a qual trabalha,
mas agora recebendo por desempenho e resultados, e não apenas
pelo seu tempo.
122
Arquivo de riqueza nº 12
As pessoas ricas pensam: "Posso ter as duas coisas."
As pessoas de mentalidade pobre pensam:
"Posso ter uma coisa ou outra."
As pessoas ricas vivem numa realidade de abundância. As pessoas de mentalidade pobre vivem num universo de limitações. Embora
elas habitem o mesmo mundo físico, a diferença está nas suas
perspectivas. Os indivíduos que pensam pequeno cultivam conceitos
baseados na escassez. Deixam-se guiar por lemas como "Nunca se
tem o bastante" e "Não se pode ter tudo"! Mesmo assim, embora
ninguém possa ter "tudo" - afinal, isso faz parte da vida -, eu
acredito que você, com toda a certeza, é capaz de possuir "tudo o que
realmente quer".
Você almeja uma carreira de sucesso ou ter mais tempo para
ficar com a sua família? Ambos. Você quer se dedicar aos negócios
ou se divertir? Ambos. Você deseja dinheiro ou uma vida com
sentido? Ambos. Você pretende enriquecer ou fazer o trabalho que
ama? Ambos. As pessoas de mentalidade pobre sempre escolhem
uma coisa ou outra, enquanto os ricos optam por ambas. Eles
entendem que, com um pouco de criatividade, podem quase sempre
imaginar uma forma de possuir o melhor dos dois mundos.
De agora em diante, quando você se confrontar com uma
situação do tipo "ou uma coisa ou outra", a questão fundamental a
perguntar a si mesmo é: "Como posso ter as duas coisas?" Esse
questionamento mudará a sua vida. Ele o livrará de um modelo de
escassez e limitação e, em troca, lhe dará um universo de
possibilidades e abundância.
Isso não se aplica apenas às coisas que você quer, mas a todas as
áreas da sua vida. Por exemplo: certa vez, tive que lidar com um
fornecedor insatisfeito que achava que a minha empresa, a Peak
Potentials, devia pagar despesas extras que ele não havia
originalmente previsto. O meu entendimento foi de que a estimativa dos
123
seus próprios custos era assunto dele, e não meu. E, se ele havia tido
mais gastos do que o previsto, aquilo era algo que cabia a ele mesmo
resolver. Eu estava mais do que disposto a negociar um novo acordo
para uma próxima vez, porém, no caso daquele serviço
especificamente, fiz questão absoluta de manter tudo o que tinha sido acertado
entre nós. Nos meus tempos de vacas magras, eu teria entrado nessa
discussão com o objetivo de defender o meu ponto de vista e deixar
claro que não pagaria ao sujeito um único centavo a mais do que o
combinado. E, mesmo que pretendesse mantê-lo como fornecedor,
aquela situação provavelmente acabaria numa grande briga. Partiria
do princípio de que só haveria um vencedor.
No entanto, como àquela altura eu já estava treinado a pensar em
termos de conseguir "as duas coisas" entrei na discussão
completamente aberto a criar uma situação em que não pagaria um único
centavo a mais e o meu fornecedor ficaria felicíssimo com o acerto
que fizéssemos. Em outras palavras, a minha meta era alcançar os
dois objetivos. E foi o que consegui.
Veja outro exemplo. Houve uma época em que decidi comprar uma casa de férias no Arizona. Vasculhei a área em que estava
interessado e todos os agentes imobiliários me disseram que, se eu
quisesse uma casa de três quartos com um escritório nessa região,
teria que desembolsar mais de US$ 1 milhão. A minha intenção,
porém, era gastar menos de US$ 1 milhão. A maioria das pessoas
reduziria a sua expectativa ou aceitaria pagar o valor apontado pelos
corretores. Eu me propus a conseguir a casa e manter a quantia que
estava disposto a desembolsar por ela. Depois, recebi um
telefonema com a notícia de que os proprietários de uma casa no lugar que
eu desejava e com o número de cômodos que eu queria haviam
reduzido o seu preço em US$ 200 mil, ou seja, menos de US$ 1 milhão.
Mais um tributo à intenção de obter as duas coisas.
Finalmente, sempre disse aos meus pais que não pretendia me
tornar escravo de um trabalho que eu não apreciasse e que "ficaria
rico fazendo aquilo que amava". A resposta era sempre a mesma:
124
"Você vive num mundo de sonhos. A vida não é um mar de rosas.
Negócios são negócios, prazer é prazer. Cuide primeiro de ganhar o
seu sustento. Depois, se sobrar tempo, curta a vida."
Lembro-me perfeitamente de dizer a mim mesmo: "Se eu seguir
esse conselho, acabarei como eles. Não, eu vou conseguir as duas
coisas." Foi muito dificil. Às vezes eu era obrigado a ficar uma ou
duas semanas fazendo um trabalho que detestava para poder comer
e pagar o aluguel. Mas nunca abri mão da intenção de alcançar os
meus dois objetivos. Jamais permaneci muito tempo num emprego
ou negócio que eu não apreciava. No fim, fui capaz de enriquecer
fazendo aquilo de que gostava. Agora que sei que isso é possível,
continuo em busca somente de trabalhos e projetos que me dão
prazer. E o melhor de tudo: hoje tenho o privilégio de ensinar outras
pessoas a agir desse modo.
Em nenhuma outra área o pensamento de que podemos ter "as
duas coisas" é mais importante do que no campo financeiro. As
pessoas de mentalidade pobre acreditam que devem optar entre a
riqueza e os demais aspectos da vida, por isso racionalizam a posição
de que o dinheiro não é tão importante.
Como já disse, essa idéia está errada. Afirmar que o dinheiro não
é tão relevante quanto as outras coisas da vida é absurdo. Volto a
perguntar: o que é mais importante - o seu braço ou a sua perna?
Ambos, é claro.
O dinheiro é um lubrificante. Ele lhe permite "deslizar" pela vida,
em vez de "se arrastar" por ela. Proporciona liberdade - para você
comprar o que desejar e fazer o que quiser do seu próprio tempo.
Com ele você tem condições de desfrutar o que há de melhor e
também a oportunidade de ajudar outras pessoas a satisfazer as suas
necessidades básicas. Acima de tudo, ser rico faz com que você não
precise gastar a sua energia se preocupando com a falta de dinheiro. A felicidade também é importante. Repito: é nesse ponto que as
pessoas que pensam pequeno se confundem. Muitas delas
acreditam que dinheiro e felicidade são mutuamente excludentes: ou
125
se é rico ou se é felit. Isso não passa da programação de quem
pensa pequeno.
Uma pessoa que é rica, em todos os sentidos dessa palavra,
entende que as duas coisas são indispensáveis. Da mesma forma
como precisamos de dois braços e de duas pernas, necessitamos de
dinheiro e felicidade.
Você pode comer o bolo e ter o bolo!
Chegamos, portanto, a outra importante diferença entre os
indivíduos ricos e os de mentalidade pobre.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
As pessoas ricas acreditam que
"se pode comer o bolo e ter o bolo".
As pessoas que têm um pensamento de
classe média crêem que "bolo é doce demais,
por isso só se deve comer um pedacinho".
As pessoas de mentalidade pobre, por
acreditarem que não merecem bolo,
pedem uma rosquinha, se concentram no
furo e se perguntam por que elas não têm "nada".
Eu lhe pergunto: de que serve ter o "bolo" se você não pode
comê-lo? O que exatamente você deve fazer com ele? Colocá-lo numa mesa
e ficar olhando? Bolo serve para ser comido e saboreado.
O modo de pensar "ou uma coisa ou outra" também ilude as
pessoas que acreditam na seguinte idéia: "Para eu ter mais, alguém tem
que ter menos." Volto a dizer: isso não passa de uma programação
restritiva baseada no medo. A noção de que os ricos apropriam-se de
todo o dinheiro deste mundo e por isso não sobra para ninguém
mais é absurda. Primeiro, essa crença pressupõe que a quantidade de
dinheiro existente é limitada. Não sou economista, mas, até onde
consigo perceber, notas e mais notas continuam a ser impressas.
126 Há décadas a oferta de dinheiro não está vinculada a nenhum ativo.
Portanto, mesmo que hoje Os ricos possuissem toda a riqueza do
planeta, amanhã haveria milhoes, talvez bilhões mais, disponiveis.
Outro aspecto que os simpatizantes dessa visão limitada parecem
não observar é que o mesmo dinheiro pode ser usado indefinidamente
para criar valor para todas as pessoas. Vou dar um exemplo.
Nos seminários, peço a cinco participantes que se dirijam ao palco
levando consigo um objeto. Dou uma nota de US$ 5 à pessoa nº 1 e
lhe digo para comprar algo da pessoa nº 2 com aquele dinheiro.
Suponha que ela adquira uma caneta. Agora a pessoa nº 1 tem uma
caneta e a pessoa nº 2, US$ 5. A pessoa nº 2 usa então os mesmos
US$ 5 para comprar, digamos, uma prancheta da pessoa nº 3.
Depois, com aquela mesma nota, a pessoa nº 3 adquire um laptop
da pessoa nº 4. Espero que você tenha captado a imagem e a
mensagem. Os mesmos US$ 5 foram usados para levar valor a cada
pessoa que o possuiu. Aquela nota passou por cinco individuos e criou
US$ 5 em valor para cada um deles e um total de USS 25 em valor
para o grupo. Portanto, os US$ 5, além de não terem se esgotado,
circularam e criaram valor para todos.
As lições são claras. Primeiro, o dinheiro não se esgota - a mesma
nota pode ser usada anos e anos e por milhares de pessoas. Segundo,
quanto mais rico é um individuo, mais dinheiro ele pode colocar em
circulação, permitindo que outras pessoas tenham mais dinheiro
para trocar por mais valor.
Isso é exatamente o contrário do que prega o pensamento baseado
em "ou uma coisa ou outra"! Quando uma pessoa possui dinheiro e
o usa, tanto ela quanto o indivíduo com quem aquela quantia foi
gasta têm, ambos, o valor. Para ser direto: se você está tão preocupado
com as outras pessoas e quer se assegurar de que elas tenham a sua
parte (como se existisse uma parte), faça o que puder para enriquecer
e espalhar mais dinheiro por aí.
Eu o estimulo a se livrar do mito de que o dinheiro é mau e de
que você deixará de ser tão "bom" ou tão "puro" se enriquecer. Essa
127
crença é uma grande besteira, e, se você continuar a aceitá-la, ficará
empacado num importante aspecto de sua vida.
Ser bondoso, generoso e afetuoso não tem nada a ver com a
quantidade de notas que há na sua carteira - essas qualidades vêm do que
existe no seu coração. Ser puro e espiritualizado não tem relação com
a sua conta bancária - esses atributos se originam do que está na sua alma. Acreditar que o dinheiro tem o poder de torná-lo bom ou mau
não passa do modo de pensar "ou uma coisa ou outra", puro lixo
programado que não ajuda em nada a sua felicidade e o seu sucesso.
Essa idéia também não tem a menor utilidade para as pessoas
ao seu redor, especialmente para as crianças. Se você faz absoluta
questão de ser uma boa pessoa, seja bom o suficiente para não
infectar a geração seguinte com crenças equivocadas que possa ter
adotado sem querer.
Caso deseje viver de fato uma vida sem limites, deixe de lado o
modo de pensar excludente e mantenha a intenção de ter as duas coisas.
DECLARAÇÃO
Eu sempre penso: "Posso ter as duas coisas."
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Pratique pensar em ter "as duas coisas" e crie maneiras de
conseguir isso. Sempre que se encontrar diante de duas
alternativas, pergunte-se: "Por que não posso ter ambas?"
2. Conscientize-se de que dinheiro em circulação acrescenta valor
à vida de todas as pessoas. Sempre que você gastar dinheiro,
diga a si mesmo: "Esse dinheiro passará por centenas de
indivíduos e criará valor para todos eles."
3. Pense em si próprio como um exemplo para os outros -
mostrando que é possível ser bondoso, generoso, afetuoso e rico.
128
Arquivo de riqueza nº 13
As pessoas ricas focalizam o seu patrimônio líquido.
As pessoas de mentalidade pobre focalizam o
seu rendimento mensal.
Em geral, quando o assunto é dinheiro, as pessoas
freqüentemente perguntam: "Quanto você ganha?" É raro ouvirmos: "Quanto
vale o seu patrimônio?" Pouca gente fala assim, a não ser nos
ambientes de alta classe.
Nesses lugares, as conversas sobre dinheiro costumam dizer
respeito ao patrimônio: "O Pedro acabou de vender as ações.
Ele tem agora um patrimônio de mais de R$ 3 milhões. A empresa de João abriu o capital. Ele agora possui R$ 5 milhões. A Maria
vendeu a firma e agora tem R$ 8 milhões." Ninguém diz: "Sabia
que o Ricardo ganhou um aumento, além de uma ajuda de custo
de 2%?"
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
A verdadeira medida da riqueza é o
patrimônio líquido e não os rendimentos.
A verdadeira medida da riqueza é o patrimônio líquido e não os
rendimentos. Sempre foi e sempre será. O patrimônio líquido é o
valor de tudo o que uma pessoa tem. Para determinar o seu
patrimônio, some o valor de todas as coisas que você possui - dinheiro,
ações, títulos, imóveis, o seu negócio atual, a sua casa - e depois
subtraia tudo o que deve, O patrimônio líquido é a medida definitiva
da riqueza porque, se necessário, os bens podem ser liquidados, ou
seja, convertidos em dinheiro.
Quem é rico sabe que há uma imensa diferença entre rendimentos
e patrimônio líquido. Os primeiros são importantes, mas
constituem apenas um dos quatro fatores determinantes do patrimônio
líquido, que são:
129
1. Rendimentos
2. Poupança
3. Investimentos
4. Simplificação
Toda pessoa rica compreende que a construção de um patrimônio
líquido substancial resulta de uma equação que contém esses quatro
elementos. Como todos eles são essenciais, examinarei um a um.
Existem dois tipos de rendimentos: ativos e passivos. Rendimento
ativo é o dinheiro que você ganha por seu trabalho: o seu salário ou,
caso seja um empresário, a renda ou os lucros que obtém com o seu
próprio negócio. O rendimento ativo é importante porque, na sua
ausência, é quase impossível chegar aos outros três fatores do
patrimônio líquido.
É com os rendimentos ativos que enchemos o nosso "funil
financeiro", por assim dizer. Em condições normais, quanto maior o
rendimento ativo, mais podemos poupar e investir. Embora esse
tipo de rendimento seja fundamental, eu repito: o seu valor depende
da parte que ele ocupa no conjunto do patrimônio líquido.
Rendimento passivo é o dinheiro que você recebe sem trabalhar
ativamente. Depois abordarei o rendimento passivo com mais detalhes. Por ora, considere-o uma das fontes de abastecimento do
seu funil financeiro, que pode ser usada para gastos, poupança e
investimento.
Poupar também é indispensável. Se você ganhar rios de dinheiro
e não conservar nenhum, não fará fortuna. Muita gente tem um
modelo de dinheiro programado para gastar - quanto mais ganha,
mais gasta. São indivíduos que optam pela gratificação imediata em
detrimento do equilíbrio a longo prazo. Os gastadores têm três lemas.
O primeiro é: "Ah, é só dinheiro." Conseqüentemente, dinheiro
é algo que eles não possuem em grande quantidade. O segundo é:
"Tudo que vai vem." Pelo menos é do que gostariam, porque o seu
terceiro lema é: "Sinto muito, agora não dá. Estou quebrado."
130
Sem rendimentos para encher o funil financeiro e sem poupança
para conservá-lo, é impossível passar ao próximo fator do
patrimônio líquido.
Depois que tiver começado a poupar uma parte apropriada dos
seus rendimentos, você pode chegar à etapa seguinte: fazer o seu
montante de dinheiro aumentar por meio de investimentos. Em
geral, quanto melhores os investimentos, mais rápido o dinheiro
cresce e mais patrimônio líquido ele proporciona. As pessoas ricas
despendem tempo e energia aprendendo a investir e têm orgulho de ser
excelentes investidoras ou, pelo menos, de contratar ótimos
profissionais para executar essa tarefa por elas. Quem tem a mentalidade
pobre pensa que investimento é coisa de rico. E, como nunca
aprende a fazer isso, continua na pior. Volto a dizer: todas as partes
da equação são importantes.
O quarto fator do patrimônio líquido pode ser considerado o
azarão do páreo: pouca gente reconhece a sua importância para
a criação da riqueza. Trata-se da "simplificação". Ela caminha lado a
lado com a poupança e requer o estabelecimento consciente de um
estilo de vida em que você dependa menos de dinheiro. Com a
redução do seu custo de vida, aumentam a poupança e também
a quantidade de dinheiro disponível para investir.
Para ilustrar o poder da simplificação, vou contar a história de
uma participante do Seminário da Mente Milionária. Aos 23 anos
de idade, Sue tomou uma sábia decisão: comprou uma casa. Nesse
negócio, ela gastou pouco menos de US$ 300 mil. Sete anos depois
houve um boom no mercado imobiliário e Sue vendeu a casa por
mais de US$ 600 mil, obtendo um lucro superior a US$ 300 mil.
Ela pensou em adquirir uma nova casa, mas, após participar
do seminário, percebeu que, se investisse o dinheiro com juros de
10% e simplificasse o seu estilo de vida, poderia viver
confortavelmente dos rendimentos sem nunca mais ter que trabalhar. Em vez
de comprar uma nova casa, Sue foi morar com a irmã. Hoje, aos 30
anos, ela é financeiramente livre. Não conquistou a independência 131
ganhando uma tonelada de dinheiro, mas reduzindo
conscientemente as suas despesas pessoais. Sim, ela ainda trabalha - porque
gosta -, porém ela não precisaria mais fazer isso. Na verdade, Sue só
trabalha seis meses por ano. Os outros seis meses ela passa nas ilhas Fiji
- primeiro, porque adora o lugar; segundo, porque, como diz, lá o
seu dinheiro rende muito mais. Como vive entre os moradores locais
e não entre os turistas, os seus gastos não são grandes. Você conhece
alguém que pode ficar seis meses por ano numa ilha tropical sem
precisar trabalhar, na flor dos seus 30 anos? E que tal aos 40, 50, 60
ou em qualquer outra idade? Tudo isso aconteceu porque Sue criou
um estilo de vida simples. Assim, não precisa de nenhuma fortuna
para se sustentar.
Quanto lhe custa, portanto, ser financeiramente feliz? Se você
sente necessidade de morar numa verdadeira mansão, ter 10 carros
e três casas de veraneio, dar a volta ao mundo todo ano, comer
caviar e beber o melhor champanhe para preencher a sua vida,
ótimo. Saiba, no entanto, que está colocando o seu sonho de
felicidade num patamar extremamente alto e pode precisar de um tempo
enorme para alcançá-lo.
Mas, Caso você não faça questão de todos esses "brinquedos" para
ser feliz, é provável que concretize o seu objetivo financeiro mais cedo.
Volto a dizer: a construção do patrimonio líquido é uma equação
de quatro partes. Considere a seguinte analogia. Imagine-se dirigindo
um onibus. Como seria a viagem se esse veículo só tivesse uma roda?
Provavelmente lenta, acidentada, cheia de percalços - você ficaria
girando em círculos. Soa familiar? As pessoas ricas jogam o jogo do
dinheiro com as quatro rodas. Por isso a viagem que fazem é tão
rápida, suave, direta e relativamente tranqüila.
A propósito, USo a analogia do ônibus porque, depois de alcançar
o sucesso, a sua meta pode ser levar outras pessoas nesse passeio.
Aqueles que têm uma mentalidade pobre ou uma visão de classe
média jogam o jogo do dinheiro com uma roda só. Acreditam que
o único jeito de enriquecer é ganhando rios de dinheiro. Eles pensam
132
assim porque nunca fizeram fortuna. Não conhecem a lei de
Parkinson: "A despesa cresce na proporção direta da receita." Veja o que normalmente acontece na nossa sociedade. A pessoa
tem um carro, depois ganha mais dinheiro e compra um carro
melhor; possui uma casa, depois ganha mais dinheiro e adquire uma
casa maior; tem roupas. depois ganha mais dinheiro e compra
roupas mais caras; tem férias, depois ganha mais dinheiro e gasta
mais nas férias. É claro que existem exceções a essa regra,
pouquissimas, aliás. Em geral, à medida que os rendimentos aumentam, os
gastos sobem também. É por isso que apenas os rendimentos por si
mesmos não criam riqueza.
Este livro se chama Os segredos da mente milionária. Eu pergunto:
milionária se refere aos rendimentos ou ao patrimônio líquido? Ao
patrimônio líquido. Portanto, se você pretende ser um milionário
ou algo mais do que isso, tem que focalizar a construção desse
patrimônio, que, como já demonstrei, depende de muitas coisas além dos
seus rendimentos.
Adote a política de conhecer o seu patrimônio líquido até o
ultimo centavo. Vou lhe sugerir um exercicio que pode mudar a sua
vida financeira.
Pegue uma folha de papel e escreva o cabeçalho PATRIMÔNIO
LÍQUIDO. Em seguida, crie uma planilha simples, começando com
zero e terminando com o objetivo que você considerar adequado.
Anote o seu patrimônio líquido atual. A cada 90 dias, inclua o seu
novo patrimônio líquido. Desse modo, você se verá ficando cada vez
mais rico. Por quê? Porque estará monitorando esse patrimonio.
Lembre-se: aquilo que focalizamos se expande. Como sempre
digo nos treinamentos que organizo: "É onde a atenção está que a
energia flui e o resultado aparece."
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
É onde a atenção está que a energia flui
e o resultado aparece.
133
Monitorando o seu patrimônio líquido, você se concentra nele.
Como aquilo que a mente focaliza se expande, esse patrimônio
crescerá. Por falar nisso, essa lei vale para todos os aspectos da vida:
tudo aquilo de que você cuida cresce.
Para isso, eu lhe recomendo procurar um bom consultor
financeiro. Esse profissional pode ajudá-lo a monitorar e construir o seu
patrimônio líquido. Ele o orientará sobre como organizar as suas
finanças e lhe ensinará maneiras de poupar e fazer o seu dinheiro crescer. A melhor forma de encontrar um bom consultor é buscar
referências com um amigo ou parceiro que esteja satisfeito com um
especialista nessa área. Não estou lhe dizendo para aceitar tudo o
que esse profissional disser como um dogma. A minha sugestão é
que você escolha alguém com as qualificações necessárias para
orientá-lo a planejar e controlar as suas finanças. Um bom
consultor lhe fornecerá instrumentos, programas de computador,
conhecimentos e recomendações que o ajudarão a adquirir hábitos de
investimento geradores de riqueza. Em geral, eu recomendo que seja
uma pessoa que trabalhe com todo tipo de produtos financeiros, e
não apenas com seguros e fundos, para que você possa escolher as
opções que mais lhe convêm.
DECLARAÇÃO
Estou concentrado na construção do meu patrimônio líquido.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Mantenha-se concentrado nos quatro fatores do patrimônio
líquido: aumentar os seus rendimentos, engordar a sua
poupança, elevar o retorno dos seus investimentos e diminuir os
gastos pessoais, simplificando o seu estilo de vida.
2. Crie um extrato do seu patrimônio liquido. Atualize em reais
tudo o que você tem (os seus ativos) e subtraia o valor de tudo
134
o que deve (o seu passivo). Comprometa-se a monitorar e
revisar trimestralmente esse extrato. Repito: por força da lei do
foco, tudo aquilo de que você cuida cresce.
3. Contrate um consultor financeiro bem-sucedido que trabalhe
para uma firma conhecida e conceituada. A melhor forma de
encontrar um excelente especialista nessa área é pedir
referências a amigos e parceiros.
135 Arquivo de riqueza nº 14
As pessoas ricas administram bem o seu dinheiro.
As pessoas de mentalidade pobre administram
mal o seu dinheiro.
Para escrever O milionário mora ao lado, Thomas Stanley
pesquisou milionários de toda a América do Norte. O livro mostra
quem são eles e como fizeram fortuna. As suas lições podem ser
resumidas numa unica frase: "Os ricos sabem gerir as suas finanças."
As pessoas ricas administram bem o seu dinheiro. Às peSsoas de
mentalidade pobre, não.
Os ricos não são mais inteligentes do que os indivíduos de
mentalidade pobre, apenas têm hábitos diferentes e mais pOsitivos em
relação às finanças. Como expliquei na parte 1, esses habitos se
baseiam primordialmente no condicionamento passado. Se alguém
não controla o próprio dinheiro de modo adequado, é porque
provavelmente não foi programado para lidar com esse assunto. E é
possível também que essa pessoa não saiba gerir o seu dinheiro de
forma simples e eficaz. Não sei se é o seu caso, mas a faculdade que
freqüentei não oferecia o curso Administração do Dinheiro.
Talvez esse tema não tenha muito glamour. mas ele se resume a
isto: o que distingue o sucesso dofracassofinanceiro é a capacidade que
a pessoa tem de administrar o próprio dinheiro. É simples: para
controlar dinheiro, é necessário administrá-lo.
Quem pensa pequeno administra mal suas finanças ou evita esse
tema completamente. Muitos indivíduos não gostam de gerir a sua
vida financeira porque, segundo dizem, isso lhes tira a liberdade ou
porque não têm dinheiro suficiente para controlar.
Quanto à primeira desculpa: administrar dinheiro não restringe
a liberdade de ninguém - ao contrário, a aumenta. Tomar a frente
dessa atividade é o que dá a uma pessoa a situação financeira de que
ela precisa para nunca mais ter que trabalhar na vida. Essa, para
mim, é a verdadeira liberdade.
136
Os que se valem do argumento "não tenho dinheiro suficiente
para administrar", por sua vez, estão olhando pelo lado errado do
telescópio. Em lugar de dizerem "Quando eu possuir muito dinheiro,
começarei a administrá-lo" devem dizer "Quando eu começar a
administrar as minhas finanças, terei muito dinheiro".
Quem pretende passar a controlar o dinheiro assim que "sair do buraco" se comporta da mesma forma que o obeso que diz "Vou
começar a fazer exercícios e dieta depois que perder 10kg". Isso é
colocar o carro na frente dos bois e não leva a lugar nenhum. Primeiro,
é necessario que a pessoa administre corretamente o dinheiro que
possui para, depois, ter mais recursos financeiros para gerir.
Nos Seminários, costumo contar uma história que atinge em
cheio a maioria das pessoas. Imagine que você está passeando com
uma criança de cinco anos e passa por uma sorveteria. Você entra e
compra para ela uma bola de sorvete na casquinha. Depois que
vocês saem dali, a criança balança o cone na mão e, de repente, o
sorvete cai no chão. Ela começa a chorar. Você volta à sorveteria e,
quando vai repetir o pedido, a criança vê num cartaz colorido a foto
de uma casquinha com três bolas. Ela aponta para o cartaz e grita:
"Eu quero este!"
Instala-se o problema. Por ser a pessoa bondosa, afetuosa e
generosa que é, você faria a vontade da criança e pediria uma casquinha
com três bolas? De imediato, a sua resposta talvez seja: "É claro."
Mas, pensando um pouco melhor, a maioria dos participantes dos
seminários responde: "De jeito nenhum." Afinal, por que premiar o
erro da criança e programá-la para falhar? Se ela não é capaz de
segurar direito uma casquinha que tem Só uma bola de sorvete,
como vai conseguir fazer isso com uma que tenha três?
Esse mesmo raciocínio se aplica quando se trata da sua relação
com o universo. Vivemos num universo bondoso e afetuoso cuja
regra é: "Você não terá mais até provar que é capaz de lidar com o
que já possui."
137
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Você não terá mais até provar que é capaz
de lidar com o que já possui.
Antes de gerir uma grande fortuna, você precisa adquirir o hábito
e a capacidade de administrar pouco dinheiro. Lembre-se: somos
criaturas de hábitos. Portanto, o hábito de administrar o dinheiro é
mais importante do que a quantidade de dinheiro que você tem.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
O hábito de administrar o dinheiro é mais
importante do que a quantidade de
dinheiro que você tem. Então, como você deve administrar seu dinheiro?
Primeiro, abra uma conta bancária e batize-a Conta da Liberdade
Financeira. Deposite nela 10% de cada real que você receber (já
descontados os impostos). Esse dinheiro só deve ser usado para
investir e para comprar ou criar fluxos de rendimentos passivos. A
finalidade dessa conta é gerar uma galinha que ponha ovos de ouro
chamados rendimentos passivos. E quando é que você vai começar
a gastar esse dinheiro? Nunca! Ele jamais será gasto - trata-se de
investimento apenas. Quando você se aposentar, passará a usar os
rendimentos dessa conta (os ovos), mas não o principal. Assim, ele
estará sempre crescendo e você nunca ficará na mão.
Emma, uma das minhas alunas, contou-me a sua história. Alguns
anos atrás, ela estava à beira da falência. Não queria, mas não via
alternativa: as suas dívidas iam muito além da sua capacidade de
administrá-las. Depois de conhecer o sistema de administração do
dinheiro que ensino, ela disse: "É isso aí. É assim que eu vou sair
dessa enrascada."
Como os demais participantes, Emma foi orientada a dividir o
138
seu dinheiro entre várias contas. "Fantástico", disse a si mesma,
"mas não tenho nenhum dinheiro para dividir." Decidida a tentar,
ela começou a depositar US$ 1 por mês nas suas contas.
Aplicando o sistema de alocação que aprendeu, daquele dólar ela
depositou 10 centavos na Conta da Liberdade Financeira. O seu
primeiro pensamento foi: "Como vou me tornar financeiramente
livre com 10 centavos de dólar por mês?" Então, comprometeu-se a
dobrar aquele valor mensalmente. No mês seguinte, ela separou
US$ 2, no terceiro US$ 4, depois US$ 8, depois US$ 16, US$ 32,
US$ 64 e assim por diante, até que, a partir do 12º mês, estava
depositando US$ 2.048.
Dois anos depois, os seus esforços começaram a dar resultados
espetaculares: Emma conseguiu depositar US$ 10 mil de uma só vez
na sua Conta da Liberdade Financeira. Ela havia desenvolvido tão
bem o hábito de administrar dinheiro que, quando um prêmio de
US$ 10 mil caiu no seu colo, Emma não precisou dessa quantia para
nada e pôde investi-la naquela conta.
Hoje, essa mulher não deve mais e está a caminho de se tornar
financeiramente livre. Tudo isso foi possível porque ela agiu de acordo
com o que aprendeu, começando com um único dólar por mês.
Não importa se você tem uma fortuna ou praticamente nada. O
essencial é começar já a administrar o que está nas suas mãos. Em
pouco tempo, você ficará impressionado com os resultados.
Outro dos meus alunos disse: "Como posso gerir o meu dinheiro
se estou vivendo de empréstimos?" A resposta foi: pegue emprestado mais US$ 1 e administre-o. Não interessa se você está arranjando
dinheiro emprestado ou ganhando uma ninharia por mês. Administre
o valor que tiver, porque o principio que está em ação transcende o
mundo físico: ele é também um princípio espiritual. Milagres
financeiros acontecerão se você demonstrar ao universo que é capaz de
controlar adequadamente as suas finanças.
Depois de abrir a Conta da Liberdade Financeira, crie na sua casa
o Pote da Liberdade Financeira e guarde nele alguma quantia todos
139
os dias. Podem ser R$ 5 ou R$ 10, um único real, um centavo que
seja ou todo o seu dinheiro trocado, O valor não importa - o hábito,
sim, O segredo, repito, é dar atenção diária ao seu objetivo de se
tornar financeiramente livre. Os semelhantes se atraem - dinheiro
chama dinheiro. Deixe esse pote se tornar o seu "ímã que atrai
dinheiro", faça com que ele traga para a sua vida mais e mais riqueza
e oportunidades de liberdade financeira.
Tenho certeza de que não é a primeira vez que você ouve o
conselho de poupar 10% dos seus rendimentos para investimentos de
longo prazo, mas talvez seja a primeira vez que alguém lhe diz para
ter uma outra conta - a Conta da Diversão -, especificamente
para você poder gastar e curtir.
Um dos maiores segredos da administração do dinheiro é o
equilíbrio. Por um lado, você deve poupar o máximo para ter condições
de investir e ganhar mais dinheiro. Por outro lado, convém
depositar 10% dos seus rendimentos na Conta da Diversão. Por quê?
Porque temos uma natureza holística. Não podemos afetar uma
parte da vida sem afetarmos outra. Algumas pessoas economizam
ao extremo. Com isso, o seu ser lógico e responsável fica satisfeito,
mas o seu espírito, não. No fim, esse lado espiritual, ávido por
satisfação, diz: "Chega. Quero um pouco de atenção também." E sabota
os seus resultados.
Se você apenas gasta, não só jamais enriquecerá como a parte
responsável do seu ser acabará fazendo com que você não curta as
coisas com as quais despende o seu dinheiro, porque se sente
culpado. Então, a culpa o leva a gastar ainda mais como forma de expressar
as suas emoções. Você se sente melhor durante um tempo, porém a
culpa e a vergonha logo retornam. A única maneira de romper esse
círculo vicioso é aprender a administrar as suas finanças de um
modo que dê certo.
O objetivo primordial da Conta da Diversão é a sua satisfação. Ela
lhe dará a oportunidade de fazer coisas que você normalmente não
faria - extravagâncias, como ir a um bom restaurante e pedir uma 140
garrafa do melhor vinho ou champanhe ou alugar um carro caro
para passear durante o fim de semana.
A regra que comanda a Conta da Diversão é: ela tem que ser
"zerada" todo mês. Exatamente. Você deve "torrar" mensalmente todo o
dinheiro que tiver depositado de um modo que o faça sentir-se rico.
Imagine-se, por exemplo, despejando cada centavo dessa conta no
balcão de um hotel de alta classe para passar um fim de semana ali.
É como eu disse: uma extravagância. Para a maioria de nós, a
única forma de respeitar o plano de poupança é compensá-lo com
um plano que premie o nosso esforço. Outras finalidades da Conta
da Diversão são: fortalecer o seu "músculo recebedor" e tornar mais
divertida a administração do dinheiro. Além da Conta da liberdade
Financeira e da Conta da Diversão, eu o aconselho a criar outras
quatro contas para dividir o seu dinheiro:
10% para a Conta de Poupança para Despesas de longo Prazo;
10 % para a Conta da Instrução Financeira;
50% para a Conta das Necessidades Básicas;
10 % para a Conta das Doaçoes.
Vou dizer outra vez: as pessoas de mentalidade pobre pensam que
tudo depende dos rendimentos - acreditam que, para enriquecer, é
necessário ter um salário nababesco. Isso é uma grande bobagem. A
verdade é que, se você administrar o seu dinheiro seguindo o
programa que sugiro, terá grandes chances de se tornar
financeiramente livre com rendimentos relativamente baixos. No entanto,
caso controle mal as suas finanças, não conseguirá essa liberdade
mesmo que tenha rendimentos elevados. Ë por isso que alguns
profissionais bem remunerados, como médicos, advogados, dentistas
e até atletas, muitas vezes são duros. Afinal, não se trata de quanto
dinheiro entra, e sim do que a pessoa faz com ele.
John, um dos participantes do seminário, disse-me que na
primeira vez em que ouviu falar em sistema de administração de
141 dinheiro pensou: "Que saco! Por que diabos alguém gastaria o seu
precioso tempo com essa bobagem?" Mais tarde, ele percebeu que,
se quisesse ser financeiramente livre um dia, também teria que saber
administrar o próprio dinheiro como fazem os ricos.
Como esse novo hábito não era algo natural para ele, John
precisou aprender essa lição. Disse ter se lembrado de quando treinava
para provas de triatlo. Era muito bom em natação e ciclismo, mas
não gostava de correr. Sempre forçava os pés, os joelhos e as costas
e ficava todo dolorido depois doS treinos. Durante a corrida,
respirava com dificuldade e os seus pulmões queimavam, mesmo que ele
não se empenhasse ao máximo. Detestava aquilo, porém sabia que,
se quisesse ser um triatleta de primeiro nível, teria que aprender a
correr e aceitar as conseqüências como parte dos custos da vitória.
John decidiu, então, correr todos os dias. Após alguns meses, passou
não apenas a gostar dessa atividade como a ansiar pela hora do seu
treino diario.
Aconteceu-lhe exatamente a mesma coisa na área da
administração do dinheiro. John começou detestando esse sistema, porém
depois acabou gostando dele. Agora, aguarda pela chegada do
pagamento para depositá-lo nas contas. E curte também monitorar o seu
patrimônio líquido, que passou de zero para mais de US$ 300 mil e
continua crescendo dia a dia.
Tudo se resume ao seguinte: ou você controla o seu dinheiro ou ele
o controlará. Para controlar o dinheiro, você tem que administrá-lo.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Ou você controla o seu dinheiro
ou ele o controlara.
Adoro ouvir o que as pessoas formadas nos meus seminarios
falam da sua confiança a respeito de dinheiro, de sucesso e de si
mesmas depois que começam a administrar corretamente as suas
finanças. E o melhor de tudo é que essa confiança se transfere às
142
outras áreas da sua vida, aumentando a sua felicidade e
melhorando os seus relacionamentos e até a sua saúde.
O dinheiro é uma parte fundamental da existência humana.
Quando você aprender a colocar as suas finanças sob controle, todos os setores da sua vida andarão bem.
DECLARAÇÃO
Sou um excelente administrador de dinheiro.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Abra a Conta da Liberdade Financeira. Deposite nela 10% de
todos os seus rendimentos (descontados os impostos). Esse
dinheiro jamais deve ser gasto, apenas investido para produzir
rendimentos passivos para a sua aposentadoria.
2. Crie na sua casa o Pote da Liberdade Financeira e guarde uma
quantia qualquer ali todos os dias. Podem ser R$ 5 ou R$ 10,
um único real, um centavo que seja ou todo o seu dinheiro
trocado. Isso deixará a sua atenção diariamente concentrada na
sua liberdade financeira. E, como você sabe, onde a atenção se
fixa os resultados aparecem.
3. Abra a Conta da Diversão ou tenha em casa o Pote da Diversão,
no qual você depositará 10% de todos os seus rendimentos.
Além da Conta da Diversão e da Conta da Liberdade
Financeira, abra quatro outras contas e deposite nelas as seguintes
porcentagens dos seus rendimentos:
10% na Conta de Poupança para despesas de Longo Prazo;
10% na Conta da Instrução Financeira;
50% na Conta das Necessidades Básicas;
10% na Conta das Doações.
143
4. Independentemente de quanto dinheiro você possui, comece a
administrá-lo agora. Não deixe para amanhã. Mesmo que só
tenha R$ 1, administre-o. Pegue 10 centavos e deposite no Pote
ou na Conta da Liberdade Financeira. Separe outros 10
centavos e deposite no Pote ou na Conta da Diversão. Essa simples
ação enviará ao universo uma mensagem dizendo que você está
pronto para receber mais dinheiro. É claro que, se puder
administrar mais, vá em frente. 144
Arquivo de riqueza nº 15
As pessoas ricas põem o seu dinheiro para dar duro para elas.
As pessoas de mentalidade pobre dão duro pelo seu dinheiro.
Se você é como a maioria das pessoas, cresceu programado para
acreditar que "tem que dar duro para ganhar dinheiro". São boas as
chances, porém, de que tenha sido criado sem o condicionamento
de que tão importante quanto isso é fazer o seu dinheiro "dar duro"
para você.
Não resta dúvida de que trabalhar muito é importante, mas somente
isso nunca o tornará rico. Como eu sei disso? Observe o mundo real.
Existem milhões - não, bilhões - de pessoas que se matam de
trabalhar, suam a camisa durante todo o dia e até à noite. São todas
ricas? Não. A maioria delas vive na pindaíba ou quase lá. Por outro
lado, quem você vê flanando pelos clubes de alta classe de todo o
mundo? Quem passa as tardes jogando golfe ou tênis e velejando?
Quem curte os dias fazendo compras e as semanas gozando férias?
Os ricos, é claro. Portanto, vou ser direto: a idéia de que é necessário
trabalhar duro durante toda a vida para ficar rico é besteira.
Um antigo ditado propõe "um real de trabalho por um real de
salário". Não há nada errado com esse provérbio, exceto que ele não
diz o que fazer com esse "real de salário". Saber que destino dar
a essa quantia é o que permite passar do trabalho duro para o
trabalho inteligente.
Os ricos podem viver os seus dias se divertindo e relaxando
porque trabalham de maneira inteligente. Eles compreendem o
principio da alavancagem e o utilizam - põem não só outras pessoas
como o próprio dinheiro para trabalhar para eles.
A minha experiência diz que de fato é necessário trabalhar muito
para ganhar dinheiro. Para as pessoas ricas, no entanto, essa é uma
situação temporária. No caso de quem tem uma mentalidade pobre,
é permanente. Os ricos entendem que é necessário suar a camisa
145
somente até que o seu dinheiro comece a trabalhar duro o bastante
para ocupar o seu lugar. Eles acreditam no seguinte: quanto mais o
seu dinheiro trabalha, menos eles terão que trabalhar.
Lembre-se: dinheiro é energia. A maioria das pessoas entra com a energia operária e tira a energia monetária. Os que alcançaram a
liberdade financeira aprenderam a substituir a energia do trabalho
que investem por outras formas de energia, que incluem trabalho de
terceiros, sistemas de negócios e capital de investimento. Repito:
primeiro a pessoa sua para ganhar dinheiro, depois deixa que ele dê
duro para ela.
No jogo do dinheiro, muita gente não faz a menor idéia de
quanto custa vencer. Qual é a sua meta? Quando Você vence o jogo? Você
está jogando para o gasto, para ter rendimentos de R$ 30 mil por
ano, para ficar milionário ou para se tornar um multimilionário? O
objetivo do jogo do dinheiro que ensino é: nunca ter que trabalhar
novamente... a não ser que você deseje fazer isso, e, nesse caso, que
seja por opção, não por necessidade.
Em outras palavras, a meta é tornar-se financeiramente livre tão
rápido quanto possível. A minha definição de liberdade financeira é
simples: é a capacidade de viver o estilo de vida que você deseja sem
precisar trabalhar nem depender do dinheiro de alguém.
Observe que há uma boa chance de que o estilo de vida que você
almeja custe caro. Conseqüentemente, para ser "livre", você terá que
ganhar dinheiro sem trabalhar. O rendimento sem trabalho é
chamado de rendimento passivo. Para vencer no jogo do dinheiro, o
objetivo é ter um rendimento passivo que dê para pagar pelo estilo
de vida desejado. Em suma, você se torna financeiramente livre
quando o seu rendimento passivo excede as suas despesas.
Identifiquei duas fontes primárias de rendimentos passivos. A
primeira é o "dinheiro que trabalha para você". Isso inclui ganhos
de investimentos que englobam ações, letras de câmbio, mercado
financeiro, fundos de investimento, assim como hipotecas e outros
ativos que se valorizam e têm liquidez.
146
A segunda grande fonte de rendimento passivo é o "negócio que
trabalha para você". São os rendimentos contínuos de negócios cuja
operação não depende do seu envolvimento pessoal, como aluguel
de imóveis, royalties de livros, músicas e programas de computador;
licenciamento de idéias; franqueamento de marcas; propriedade de
depósitos; e marketing de rede, ou multinível, para citar alguns. isso
também inclui montar qualquer negócio que esteja sistematizado
para operar sem a sua presença. Volto a dizer: é uma questão de
energia. A idéia é que o negócio, e não você, funcione e produza
valor para as pessoas.
O marketing de rede, por exemplo, é um conceito muito bom.
Primeiro, porque geralmente não requer um grande capital inicial. Segundo, porque, uma vez estabelecido, proporciona rendimentos
residuais constantes (outra forma de renda sem que você precise
trabalhar), ano após ano. Experimente obter isso com um emprego
das 9h às 6h.
Volto a enfatizar a importância de estabelecer estruturas de
rendimento passivo. É simples. Sem rendimento passivo, ninguém
consegue ser financeiramente livre. Porém, você sabia que a maioria das
pessoas tem muita dificuldade para criar fontes desse tipo de
rendimento? Isso ocorre por três motivos. Primeiro, o condicionamento.
A maioria de nós foi programada para não ter rendimento passivo.
Quando você tinha por volta dos 18 anos de idade e precisava de
dinheiro, o que os seus pais lhe diziam? "Ora, vá arranjar um
rendimento passivo?" Jamais. O mais comum era escutarmos o seguinte:
"Vá trabalhar!", "Arranje um emprego!", ou outra coisa do gênero.
Como fomos ensinados a trabalhar para conseguir dinheiro, o
rendimento passivo é, para muitos de nós, algo fora do normal.
Segundo, pouquíssima gente aprendeu a criar fontes de
rendimento passivo na escola, na faculdade ou em qualquer outro lugar.
O resultado é que a maioria das pessoas não sabe quase nada e,
conseqüentemente, não faz grande coisa a respeito disso.
Finalmente, como não tivemos contato com rendimento passivo
147
e investimentos nem aprendemos coisa nenhuma sobre esses
assuntos, nunca demos muita atenção a eles. As nossas opções
profissionais e de negócios são amplamente baseadas na geração de
rendimentos com o trabalho. Se você tivesse aprendido desde pequeno
que uma meta financeira básica na vida é criar fontes de rendimento
passivo, não teria reconsiderado algumas opções profissionais?
Sempre recomendo às pessoas que escolham um negócio em que
a geração de fluxos de rendimento passivo seja natural e
relativamente fácil. Quando elas estão atuando num campo que não
propicia isso, a minha sugestão é que mudem de área ou de atividade.
Isso é importante sobretudo numa época em que muitos
profissionais são prestadores de serviços pessoais e têm, portanto, que
estar presentes para ganhar dinheiro. Não há nada errado em estar
no ramo de serviços pessoais, a não ser o fato de que, se a pessoa não
montar o seu próprio cavalo de investimento bem cedo e cavalgar
excepcionalmente bem, ficará presa na armadilha de precisar
trabalhar para sempre.
Optando por negócios que a curto ou longo prazo produzam
rendimentos passivos, você terá o melhor dos dois mundos -
rendimentos ativos agora e rendimentos passivos no futuro. Consulte as
opções de negócios geradores de rendimento passivo que apresentei alguns parágrafos atrás.
Infelizmente, um grande número de pessoas tem um modelo de
dinheiro programado a favor do rendimento ativo e contra o
rendimento passivo. Se é o seu caso, procure mudar essa atitude
radicalmente para que a obtenção de rendimentos passivos substanciais
seja algo normal e natural na sua vida.
As pessoas ricas pensam a longo prazo. Elas equilibram os seus
gastos e prazeres de hoje com os investimentos necessários para a
liberdade de amanhã. Os individuos de mentalidade pobre pensam
a curto prazo. As suas vidas são governadas pela satisfação
imediata. Eles usam a desculpa: "Como posso pensar no amanhã, se mal
consigo sobreviver neste momento?" O problema é que, no fim das
148
contas, o amanhã se tornará hoje. Quem não cuidar do problema
agora dirá a mesma coisa de novo amanhã.
Para aumentar a sua riqueza futura, você terá que ou ganhar mais
ou gastar menos. Não vejo ninguém com um revólver apontado
para a sua cabeça e determinando em que casa você deve morar, que
carro deve ter, que roupas deve usar ou que comida deve comer.
Você tem o poder de fazer escolhas. É uma questão de prioridades.
Quem pensa pequeno opta pelo agora, as pessoas ricas preferem o
equilíbrio. Veja o caso dos meus sogros.
Durante 25 anos os pais da minha mulher foram donos de uma
loja de conveniência. A maior parte da sua receita provinha da venda
de cigarros, barras de chocolate, sorvetes, chicletes e refrigerantes. A
venda média era de menos de US$ 1. Em resumo, estavam no ramo
dos "centavos" de dólar. Ainda assim, eles poupavam a maior parte
do seu dinheiro: não comiam em restaurantes, não compravam
roupas caras e não tinham o carro do ano. Viviam de modo
confortável, mas modesto, e pagavam a sua hipoteca. Chegaram a adquirir
metade do mercado onde a loja estava situada. Poupando e investindo
"centavos", o meu sogro conseguiu se aposentar aos 59 anos de idade.
Detesto ser obrigado a lhe dizer isto, mas, quase sempre, comprar
coisas para o prazer imediato não passa de uma tentativa fútil de
compensar a insatisfação com a vida. Em geral, gastar um dinheiro
que você não tem é a manifestação da vontade de viver emoções que
já estão a seu alcance. Essa síndrome é comumente conhecida como
"terapia do varejo". O gasto excessivo e a necessidade de gratificação
imediata têm pouco a ver com o que você está efetivamente
comprando e tudo a ver com a falta de satisfação na sua vida. Mas é claro
que, se o seu gasto excessivo não for motivado por suas emoções
imediatas, ele provém do seu modelo de dinheiro.
Natalie, outra das minhas alunas, me disse que os seus pais eram
o máximo em termos de avareza. O pai tinha um carro velho de 15
anos, enferrujado, e ela sentia vergonha de ser vista nele,
principalmente quando a mãe ia buscá-la na escola. Sempre que entrava no 149
automóvel, rezava para que ninguém estivesse olhando. Nas férias, a
sua família nunca se hospedava em hotéis e pousadas nem viajava
de avião: eram 11 dias cruzando o país de carro e acampando ao
longo do caminho, todo ano.
Em suma, tudo era "caro demais". Pelo modo como agiam, Natalie
pensava que eles eram pobres. Mas o pai ganhava US$ 75 mil por ano,
o que na época lhe parecia bastante dinheiro. Ela ficava confusa.
Por odiar a sovinice dos pais, Natalie tornou-se o oposto deles. Só
queria o que fosse caro e de primeira qualidade. Quando começou
a ganhar o seu próprio sustento e foi morar sozinha, torrou, sem
perceber, todo o seu dinheiro e muito mais.
Natalie tinha cartões de crédito, cartões de afinidade e muitos
outros - e abusou de todos eles até não conseguir pagar nem sequer
as prestações mínimas. Nessa época, ela se inscreveu no Seminário
Intensivo da Mente Milionária. Segundo as suas próprias palavras,
foi o que a salvou.
Na sessão em que identificamos a sua "personalidade de dinheiro",
toda a vida de Natalie mudou. Ela entendeu por que gastava tanto:
era uma forma de ressentimento contra os pais por serem tão
sovinas. E também para provar a si mesma e ao mundo que não era
tão unha-de-fome quanto eles. Natalie diz que, desde que fez o
curso e alterou o seu modelo, não teve mais ânsia de gastar com
coisas sem sentido.
Ela nos contou que certa vez caminhava por um shopping center
quando viu, na vitrine de uma de suas lojas favoritas, um lindo
casaco de couro marrom-claro. Na mesma hora, a sua mente disse:
"Este casaco ficaria ótimo em você, combinaria muito bem com o
seu cabelo louro. Você precisa dele porque não tem nenhum casaco
bonito e elegante." Ela entrou na loja e disse que gostaria de
experimentá-lo. Nesse momento, viu a etiqueta com o preço: US$ 400.
Nunca havia desembolsado tanto dinheiro por um casaco. A sua
mente insistiu: "E daí, ele fica Lindo em você! Depois o dinheiro
entra e você paga."
150
Segundo Natalie, foi naquele instante que ela descobriu a
profundidade dos princípios da mente milionária. No mesmo momento em
que a sua mente a estimulava a comprar, o seu "arquivo" mental novo
e mais positivo apareceu e disse: "Seria muito mais útil depositar este
dinheiro na Conta da Liberdade Financeira. Para que você precisa
deste casaco? Você já tem um em casa e ele ainda está muito bom." Ela decidiu então suspender a compra até o dia seguinte em vez
de fazê-la na hora, como de costume. E não voltou mais à loja.
Natalie observou que os seus arquivos mentais de "gratificação
material" tinham sido substituidos por arquivos de "liberdade
financeira". Ela não estava mais programada para gastar. Hoje sabe
que é útil usar o exemplo dos seus pais para economizar e, ao
mesmo tempo, se permitir desfrutar de prazeres com o que deposita
na Conta da Diversão.
Algum tempo depois, Natalie fez com que os seus pais
participassem do seminário para que passassem a agir de modo mais
equilibrado. Emocionada, ela disse que eles começaram a se hospedar em
hotéis, compraram um carro novo e, depois que a prenderam a pôr o
dinheiro para trabalhar para eles, aposentaram-se como milionarios.
Hoje ela compreende que, para ser milionária, não precisa ser tão
sovina quanto os seus pais foram. Mas sabe também que, se gastar o
seu dinheiro de forma desmedida como antes, nunca será
financeiramente livre. Nas suas próprias palavras: "É fantástico ter o meu
dinheiro e a minha mente sob controle."
Volto a dizer: a idéia é fazer o seu dinheiro trabalhar para você
tanto quanto você trabalha para ele. Para isso, é necessário poupar e
investir em vez de gastá-lo como se essa prática fosse a missão da sua
vida. Chega a ser engraçado: os ricos possuem muito dinheiro e
gastam pouco, ao passo que as pessoas de mentalidade pobre têm
pouco e gastam muito.
Longo prazo versus curto prazo: quem pensa pequeno trabalha
para ganhar para o dia de hoje, enquanto as pessoas ricas trabalham
para investir no amanhã.
151
Os ricos compram ativos, coisas cujo valor provavelmente
aumentará. As pessoas de mentalidade pobre adquirem passivos,
coisas cujo valor, com toda a certeza, diminuira. Quem é rico
coleciona terras e propriedades. Os que têm uma mentalidade pobre
juntam contas a pagar.
Ofereço a você o mesmo conselho que dou aos meus filhos:
"Compre imóveis." Embora seja melhor adquirir aqueles que
produzam fluxo de caixa, na minha opinião qualquer imóvel é melhor
do que nenhum. Claro, esses bens têm altos e baixos, mas, no fim,
seja daqui a 10, 20 ou 30 anos, pode apostar que eles estarão
valendo muito mais do que hoje, e isso é tudo do que você precisa para
ficar rico. Adquira agora o imóvel que está ao alcance do seu bolso. Se
precisar de capital, associe-se a pessoas em quem confia e que conheça
bem. A única hipótese de você ter problemas com esses bens é
exagerar na dose e ter que vendê-los na baixa. Mas, se seguir o meu
conselho anterior e administrar corretamente o seu dinheiro, a
probabilidade de isso acontecer é muito pequena. Como diz o ditado:
"Não espere para comprar imóveis: compre imóveis e espere."
Como já dei um exemplo envolvendo os meus sogros, é justo que
cite agora um exemplo da vida dos meus pais. Como já disse, eles
não eram pobres, mas mal se garantiam na classe média. O meu pai
dava um duro danado e a minha mãe, como não tinha uma saúde
muito boa, ficava em casa comigo e com os meus irmãos. Muito
cedo o meu pai percebeu que todos os construtores para quem
trabalhava construíam em terrenos que haviam comprado muitos
anos antes. Observou ainda que todos eles ficaram extremamente
ricos. Então, os meus pais, que tambem poupavam centavos,
juntaram o suficiente para adquirir um terreno de 12 mil metros
quadrados a cerca de 32km da cidade onde morávamos. Custou-lhes
US$ 60 mil. Dez anos depois, um empreendedor decidiu construir
um shopping horizontal na propriedade. Os meus pais a venderam
por US$ 600 mil. Descontado o custo inicial, essa operação lhes deu
152
um rendimento médio anual de US$ 54 mil. Hoje eles estão
aposentados e vivem confortavelmente, mas eu aposto que, sem a compra
e venda dessa propriedade, estariam até hoje na corda bamba.
Felizmente, o meu pai percebeu o poder do investimento e,
principalmente, o valor do investimento em imóveis. Agora você sabe por
que eu coleciono terras.
Enquanto as pessoas de mentalidade pobre vêem cada real como
um dinheiro a ser trocado por algo que querem imediatamente, os
ricos consideram cada real que possuem uma "semente" a ser
plantada para render outros 100, que podem ser replantados para render
outros 1.000 e assim por diante. Pense nisso. Todo real que você
gasta hoje pode lhe custar R$ 100 no futuro. Eu, pessoalmente,
considero cada uma das minhas notas de dinheiro um soldado cuja
missão é conquistar a liberdade. Desnecessário dizer que tomo o
maior cuidado com os meus "soldados da liberdade": não me
desfaço deles de modo fácil nem rápido.
PRINCIPIO DE RIQUEZA
Os ricos consideram cada real que possuem uma "semente" a ser plantada para render outros 100, que podem ser
replantados para render outros 1.000 e assim por diante.
O segredo é instruir-se. Aprenda sobre o mundo dos investimentos.
Familiarize-se com os varios tipos de investimento e instrumentos
financeiros, como imóveis, hipotecas, ações, fundos, letras
de câmbio, moeda estrangeira, tudo o que esteja ao seu alcance.
Escolha uma área para se especializar. Comece a investir nesse
campo e depois diversifique.
Em suma: as pessoas que pensam pequeno dão duro, gastam todo
o seu dinheiro e precisam trabalhar muito para sempre; quem é rico
trabalha duro, poupa e investe o dinheiro para nunca mais ter
que trabalhar.
153
DECLARAÇÃO
O meu dinheiro trabalha para mim e se multiplica.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Instrua-se. Assista a seminários sobre investimentos. Leia pelo
menos um livro sobre esse assunto por mês, além de revistas e
jornais do setor financeiro, como Exame, Isto E Dinheiro,
Gazeta Mercantil e Valor Econômico. Não estou lhe dizendo para
seguir todos os conselhos dados por essas publicações, mas
que se familiarize com as opções financeiras que encontrará.
Escolha uma área para se especializar e comece a investir nela.
2. Mude o foco: do rendimento "ativo" para o "passivo". Relacione
pelo menos três estratégias com as quais você pode obter
rendimentos sem trabalhar, seja no campo dos negócios ou na
área de investimentos. Comece pesquisando e depois entre em
ação com essas estratégias.
3. Não espere para adquirir imóveis. Compre-os e espere.
154
Arquivo de riqueza nº 16 As pessoas ricas agem apesar do medo.
As pessoas de mentalidade pobre
deixam-se paralisar pelo medo.
No começo deste livro apresentei o Processo de Manifestação.
Reveja a fórmula: pensamentos conduzem a sentimentos,
sentimentos conduzem a ações, ações conduzem a resultados.
Milhões de pessoas "pensam" em ficar ricas, e milhares delas fazem
meditação e declarações com esse objetivo, além de visualizarem a
riqueza que querem conquistar. Eu medito quase todos os dias. Mas
nunca aconteceu de eu estar sentado meditando ou fazendo uma
visualização e cair um saco de dinheiro na minha cabeça. Acredito
que sou apenas um dos infelizes que têm que fazer alguma coisa
para ter sucesso.
A meditação, a visualização e as declarações são ferramentas
maravilhosas, mas, até onde sei, nenhuma delas por si só lhe
proporcionará dinheiro no mundo real. Você tem que tomar medidas
concretas para vencer. E por que a ação é tão decisiva?
Retornando ao Processo de Manifestação, veja o caso dos
pensamentos e sentimentos: eles fazem parte do mundo interior ou
exterior? Do mundo interior. Agora os resultados: eles fazem parte do
mundo interior ou exterior? Do mundo exterior, Isso quer dizer que
a ação é a "ponte" entre esses dois mundos.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
A ação é a "ponte" entre o mundo interior
e o mundo exterior.
Mas, se a ação é tão importante, o que nos impede de tomar as
medidas que sabemos que precisamos tomar?
O medo.
O medo, a dúvida e a preocupação são alguns dos maiores
155
obstáculos não apenas ao sucesso como também à felicidade. Por
esse motivo, uma das maiores diferenças entre as pessoas ricas e as de
mentalidade pobre é que as primeiras estão sempre dispostas a agir
apesar do medo, enquanto as últimas deixam-se paralisar por ele.
No livro Como superar o medo, Susan Jeffers diz que o grande erro
que a maioria das pessoas comete é esperar que a sensação de medo
diminua ou desapareça para que comecem a agir. Em geral, elas
aguardam para sempre.
Num dos cursos da Peak Potentials, ensino que o verdadeiro guerreiro é capaz de "domar a serpente do medo". Isso não
pressupõe matar a serpente nem se livrar ou fugir dela. Quer dizer
exatamente "domar" a serpente.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
O verdadeiro guerreiro é capaz de
"domar a serpente do medo".
O fundamental é você perceber que não é necessário tentar se
livrar do medo para vencer. As pessoas ricas e bem-sucedidas têm
medo, dúvidas e preocupações. Elas apenas não se deixam paralisar
por esses sentimentos. Os indivíduos de mentalidade pobre, no
entanto, permitem que essas coisas os impeçam de seguir em frente.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Não é necessário tentar se livrar do medo para vencer.
Por sermos criaturas de hábitos, precisamos aprender a agir
apesar do medo, da dúvida, da preocupação, da incerteza, da
inconveniência e do desconforto. E temos que aprender a agir quando não
temos vontade de fazer isso.
Certa vez, na noite de encerramento de um curso em Seattle, eu
falava sobre o próximo Seminário Intensivo da Mente Milionária
que organizaria em Vancouver, no Canadá, quando um homem se
156
levantou e disse: "Harv, pelo menos uma dúzia de amigos e
familiares meus já participaram desse seminário e os seus resultados
foram absolutamente fenomenais. Estão todos muito mais felizes
do que antes e na estrada do sucesso financeiro. Eles me disseram
que é um aprendizado capaz de mudar a vida de uma pessoa. Por
isso, se você realizasse esse seminário aqui em Seattle, eu com
certeza me inscreveria."
Eu lhe agradeci pelo depoimento e perguntei se ele estava aberto
a uma orientação. Depois que ele concordou, perguntei como ele
estava se saindo com as finanças. Timidamente, ele disse:
- Não muito bem.
- Não me surpreende. Se você deixa uma viagem de carro de três
horas, um vôo de uma hora ou uma caminhada de três dias impedi-lo
de fazer uma coisa que deseja fazer e da qual precisa, o que mais
poderá impedi-lo? A resposta é simples: qualquer coisa. Não se trata
do tamanho do desafio, se trata do seu tamanho. Ou você é uma
pessoa que se deixa deter ou é alguém que não se deixa deter. A escolha é sua. Caso queira enriquecer ou ser bem-sucedido de alguma
forma, tem que ser um guerreiro. Precisa estar determinado a
realizar o que for necessário para isso. Deve ensinar a si mesmo a não se
deixar parar por nada neste mundo. Ficar rico nem sempre é cômodo
nem fácil. Na verdade, pode ser algo muito dificil. Mas e daí? Um dos
princípios-chave do guerreiro é: "Se você só estiver disposto a realizar o
que é fácil, a vida será difícil. Mas, se concordar em fazer o que é difícil,
a vida será fácil." As pessoas ricas não escolhem as suas ações pela
maior facilidade ou comodidade - esse modo de ser é próprio de
quem tem uma mentalidade pobre.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Se você só estiver disposto a realizar o que é fácil,
a vida será difícil. Mas, se concordar em fazer
o que é difícil, a vida será fácil.
157
No fim da minha resposta, a platéia estava em silêncio.
Mais tarde, o homem que havia começado aquela discussão foi
me agradecer por "abrir os seus olhos" É claro que ele se inscreveu
no curso, mesmo fora da sua cidade, e ainda apareceu com mais
três amigos.
Agora que já falei sobre a comodidade, vou passar para o tema do
desconforto. Por que é tão importante agir apesar do desconforto?
Porque "confortável" é o lugar onde você está agora. Se o seu
objetivo é atingir um novo patamar de vida, tem que sair da sua zona de
conforto e praticar ações desconfortáveis.
Suponha que você esteja levando uma vida de nível cinco e queira
conquistar uma vida de nível dez. Os níveis de cinco para baixo
estão dentro da sua zona de conforto, enquanto os de seis para cima
estão fora dela, na sua zona de "desconforto".
As pessoas de mentalidade pobre não se dispõem a sentir
desconforto. Lembre-se: sentir-se confortável é a maior prioridade das suas
vidas. Mas vou lhe dizer um segredo que só os ricos e bem-sucedidos
sabem: conforto é algo supervalorizado. Ele faz com que a pessoa
sinta aconchego e segurança, no entanto não lhe permite crescer.
Para isso, ela tem que ampliar a sua zona de conforto. Alguém só
consegue se expandir verdadeiramente se estiver fora dessa área.
Eu lhe pergunto: na primeira vez em que você experimentou algo
novo, sentiu-se confortável ou desconfortável? A segunda opção,
provavelmente. E o que aconteceu daí em diante? Quanto mais você
repetia a experiência, mais confortável ela se tornava, não é? É assim
que a coisa funciona. Tudo é desconfortável no começo; porém, se
você se mantém firme e insiste, acaba superando a zona de
desconforto. E vence. Então, passa a uma zona de conforto nova e ampliada,
mostrando que se tornou uma pessoa maior. A partir de agora, sempre que você se sentir desconfortável, em vez
de se refugiar na sua velha zona de conforto, bata nas próprias costas
e diga: "Eu devo estar crescendo" e continue seguindo em frente.
158
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Você só poderá crescer de verdade se estiver
fora da sua zona de conforto.
Caso você deseje ser rico e bem-sucedido, trate de aprender a se
sentir bem com o desconforto. Pratique conscientemente estar na
zona de desconforto e fazer o que lhe dá medo. Quero que você se
lembre para o resto da vida da seguinte equação: zc ZR, isto é, a
sua "zona de conforto" é igual à sua "zona de riqueza.
Ampliando a sua zona de conforto, você aumenta não só os seus
rendimentos como a sua zona de riqueza. Quanto mais confortável
você quiser se sentir, menos riscos se disporá a correr, menos
oportunidades desejará explorar, menos pessoas conhecerá, menos
estratégias desenvolverá. Captou a mensagem? Quanto mais o
conforto se torna uma prioridade na sua vida, mais contraído de medo
você fica. Por outro lado, expandindo a si próprio, você amplia a sua
zona de oportunidade, o que lhe permite atrair e conservar mais
rendimentos e riqueza. Não se esqueça: se você tiver um grande
recipiente (zona de conforto), o universo terá prazer em enchê-lo.
As pessoas ricas e bem-sucedidas possuem zonas de conforto muito
amplas e as aumentam constantemente para poderem ganhar e
conservar mais riqueza.
Embora nunca ninguém tenha morrido de desconforto, a
aspiração ao conforto matou mais idéias, oportunidades, ações e
crescimento do que qualquer outra coisa neste mundo. O conforto
aniquila. Se a sua meta na vida é se sentir confortável, eu lhe
garanto duas coisas: primeiro, você nunca ficará rico; segundo, jamais será
feliz. A felicidade não é obtida com uma vida mais ou menos
satisfatória, em que ficamos o tempo todo nos perguntando o que mais
poderia ter acontecido. A felicidade surge como resultado de
estarmos no nosso estado natural de crescimento e vivendo o máximo
do nosso potencial.
159
Tente fazer o seguinte. Na próxima ocasião em que se sentir
desconfortável, indeciso ou intimidado, em vez de se encolher ou se
refugiar na segurança, siga em frente. Observe e vivencie as
sensações de desconforto reconhecendo que são apenas sensações - incapazes de detê-lo. Insistindo tenazmente apesar do desconforto,
você acabará atingindo a sua meta.
Não importa se o desconforto não diminuir. Na verdade, se isso
acontecer, considere esse fato um sinal para elevar o seu objetivo,
porque, no momento em que se sentir confortável, você vai parar de
crescer. Repito: para avançar até o máximo do seu potencial, é
necessário que você viva no limite das suas possibilidades.
E, como somos criaturas de hábitos, é necessário praticar. Pratique
agir apesar do medo, da inconveniência e do desconforto - e aja
quando não estiver com vontade de fazer isso. Desse modo, você
passará rapidamente a um patamar de vida mais alto. No processo, não
deixe de verificar com regularidade a sua conta bancária porque, eu
lhe garanto, ela estará crescendo com muita rapidez também.
A mente humana é uma excepcional romancista. Ela inventa
histórias incriveis, em geral baseadas em dramas e desastres, a partir de
coisas que nunca ocorreram e que provavelmente nunca
acontecerão. O escritor Mark Twain explicou o assunto com toda a clareza:
"Já tive milhares de problemas na minha vida, a maioria dos quais
nunca aconteceu de fato."
Uma das coisas mais importantes a entender na vida é que você
não é a sua mente. Você é muito maior e mais poderoso do que ela.
A sua mente é uma parte de você tanto quanto a sua mão.
Uma pergunta para provocar o seu raciocínio: e se a sua mão
fosse como a sua mente? Ela estaria em toda parte, dando tapas em
você o tempo todo e falando sem parar. E o que você faria? A
maioria das pessoas responde: "Eu a cortaria fora." Mas, se a sua mão é
uma ferramenta poderosa, por que você se livraria dela? A resposta
certa, evidentemente, é: você gostaria de controlá-la, manejá-la e
treiná-la para trabalhar a seu favor, e não contra você.
160
Saber treinar e manejar a própria mente é o maior talento que se
pode ter na vida, tanto em termos de felicidade quanto de sucesso, e é
exatamente isso o que desejo ensinar com este livro.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Saber treinar e manejar a própria mente é o maior
talento que se pode ter na vida, tanto em termos
de felicidade quanto de sucesso. Como é que você treina a sua mente? Começando pela
observação. Note como a sua mente produz regularmente pensamentos
desfavoráveis à sua riqueza e felicidade. Quando identificar tais
pensamentos, comece a substitui-los de forma consciente por outros
que o fortaleçam. E onde você encontra esses modos de pensar?
Aqui mesmo, neste livro. Todas as declarações contidas nestas
páginas São modos de pensar que transmitem força e êxito.
Adote todas essas maneiras de pensar e ser e também essas
atitudes como suas. Não espere um convite formal. Decida agora
mesmo que a sua vida será melhor se você optar por pensar da forma
como sugiro aqui em vez de permanecer com os habitos mentais
autodestrutivos do passado. Deterrnine que, de hoje em diante, os
seus pensamentos não mais o governam, você é quem os governa.
A partir de agora, a sua mente não é mais o capitão do navio: você
é o capitão e a sua mente está sob as suas ordens.
Você pode escolher os seus pensamentos.
Você tem a capacidade natural de descartar, a qualquer momento,
todo pensamento que não lhe seja favorável. E, a qualquer instante,
pode também instalar pensamentos fortalecedores, simplesmente
optando por se manter concentrado neles. Você tem o poder de
controlar a sua mente.
Mais uma vez, cito a frase do meu amigo e escritor Robert G. Allen:
"Nenhum pensamento mora de graça na cabeça de ninguém."
Isso quer dizer que você pagará por seus pensamentos negativos.
161
Pagará em dinheiro, em energia, em tempo, em saúde e em termos
de felicidade. Se o seu objetivo é atingir rapidamente um novo nível
de vida, comece a classificar os seus pensamentos nestas duas
categorias - os que lhe dão poder e os que minam o seu poder. Observe-os
e determine se eles contribuem ou não para a sua felicidade e o seu
sucesso. Escolha então alimentar somente aqueles que o fortalecem
e recuse-se a se manter concentrado nos que o debilitam. Quando
surgir na sua cabeça um pensamento prejudicial, diga "Cancela" e
"Obrigado pela informação". Em seguida, substitua-o por um modo
de pensar mais favorável. Eu chamo esse processo de pensamento
poderoso. Guarde as minhas palavras: se você o praticar, a sua vida
jamais voltará a ser a mesma. É uma promessa.
Então, qual é a diferença entre "pensamento poderoso" e
"pensamento positivo"? Ela é sutil, porém profunda. Na minha opinião, as pessoas usam o pensamento positivo para fingir que está tudo bem
quando acreditam que não está. Com o pensamento poderoso, nós
compreendemos que tudo é neutro, nada tem significado, exceto
aquele que nós mesmos atribuimos - nós criamos a nossa história e
damos a cada coisa o seu sentido.
Essa é a diferença entre pensamento positivo e pensamento
poderoso. O primeiro faz com que as pessoas acreditem que os seus
pensamentos são verdadeiros. Por sua vez, o pensamento poderoso
reconhece que os nossos pensamentos não são verdadeiros, mas
que, de qualquer modo, nós criamos a nossa própria história e
podemos inventar uma que nos seja favorável. Não fazemos isso
porque os novos pensamentos sejam verdadeiros no sentido
absoluto, mas porque eles nos são mais úteis e nos parecem muito
melhores do que os outros.
162
DECLARAÇÃO
Eu ajo apesar do medo. Eu ajo apesar da dúvida. Eu ajo apesar
da preocupação. Eu ajo apesar da inconveniência. Eu ajo apesar do
desconforto. Eu ajo quando não estou com vontade de agir.
Eu tenho uma mente milionária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Liste os três maiores medos ou preocupações que você tem a
respeito de dinheiro e riqueza. Para cada um deles, escreva o
que faria se a situação temida efetivamente acontecesse. Você
sobreviveria? A superaria? O mais provável é que a resposta seja
afirmativa. Agora pare de se preocupar e comece a enriquecer.
2. Pratique sair da sua zona de conforto. tome deliberadamente
decisões que o façam se sentir desconfortável. Por exemplo,
converse com pessoas com quem não falaria, peça um aumento
de salário, suba os preços dos seus produtos, acorde uma hora
mais cedo todo dia.
3. Aplique o pensamento poderoso. Observe a si próprio e os seus
padrões de pensamento. Acolha somente aqueles que
contribuam para a sua felicidade e o seu sucesso. Desafie a voz
dentro da sua cabeça sempre que ela lhe disser "Não posso",
"Não quero", "Não estou a fim". Não deixe que a voz do medo,
que a voz do conforto, seja mais forte do que você. Faça um
pacto consigo mesmo: sempre que a voz tentar impedi-lo de
realizar alguma coisa, você a fará de qualquer forma para mostrar à sua mente que é você quem manda, e não ela. Assim,
aumentará espetacularmente a sua confiança, enquanto a sua
voz, reconhecendo que tem pouco poder sobre você, se
pronunciará cada vez menos.
163
Arquivo de riqueza nº 17
As pessoas ricas aprendem e se aprimoram o tempo todo.
As pessoas de mentalidade pobre acreditam
que já sabem tudo.
No começo dos meus seminários, apresento às pessoas o que
chamo de as três palavras mais perigosas que pronunciamos. São
elas: "Eu já sei." Como você sabe que sabe alguma coisa? É simples.
Se você a vivencia, você sabe sobre ela. Do contrário, ouviu falar, leu
sobre ou comentou a respeito, mas não sabe. Para ser direto: é
provável que você ainda tenha muito a aprender em relação a dinheiro,
sucesso e vida.
Como expliquei no começo deste livro, na minha época de vacas
magras, tive a sorte de receber o conselho de um amigo da minha
família que era multimilionário. Ele teve compaixão ao me ver
naquela situação difícil. Lembre-se do que ele me disse: "Harv, se as
coisas não estão indo como você gostaria, isso quer dizer apenas que
há algo que você não sabe." Felizmente, eu levei essa sugestão a sério
e passei de sabe-tudo a "aprende-tudo". Daquele momento em
diante, a minha vida mudou completamente.
As pessoas de mentalidade pobre estão sempre tentando provar
que estão certas. Usando a máscara de quem já sabe tudo, elas dizem
que foi um golpe de má sorte ou um probleminha passageiro no
universo o que as deixou falidas ou numa situação em que têm que
se sacrificar muito para conseguir dinheiro.
Uma das minhas frases mais conhecidas é: "Ou você está certo ou
você é rico, nunca as duas coisas ao mesmo tempo." Estar "certo"
corresponde a se aferrar a velhos modos de ser e pensar. Sinto dizer,
mas foi isso que o conduziu à situação em que você está agora. Essa
filosofia também se aplica à felicidade, no sentido de que ou você
está certo ou você é feliz.
164
PRINCÍPIO DE RIQUEZA Ou você está certo ou você é rico,
nunca as duas coisas ao mesmo tempo.
O escritor e locutor Jim Rohn disse algo que se aplica
perfeitamente a esse assunto: "Se você se mantiver fazendo o que sempre
fez, continuará conseguindo o que sempre conseguiu." Ora, o seu
jeito você já conhece - agora precisa aprender novas maneiras de
pensar e agir. Foi por esse motivo que escrevi este livro. O meu
objetivo é acrescentar alguns arquivos mentais aos que você já possui.
Eles correspondem a novos modos de pensar, a novas ações e,
portanto, a novos resultados.
É por isso que é essencial que você continue a aprender e crescer.
Os físicos concordam que nada neste mundo é estático. Tudo o
que é vivo muda o tempo todo. Por exemplo, uma planta que não
cresce está morrendo. Isso também vale para as pessoas e para
quaisquer outros organismos vivos: portanto, se você não cresce,
está morrendo.
Uma das minhas frases favoritas é a do escritor e filósofo Eric
Hoffer: "Os que aprendem herdarão a Terra, enquanto os que já
sabem estão magnificamente equipados para viver num mundo que
não existe mais." Dito de outra forma: se você não estiver
aprendendo continuamente, será deixado para trás.
As pessoas de mentalidade pobre dizem que não podem se
instruir por falta de tempo e de dinheiro. Os ricos, por outro lado,
estão mais ligados na citação de Benjamin Franklin: "Se você acha
que a instrução é cara, experimente a ignorância." Tenho certeza de
que você já ouviu isso antes: conhecimento é poder. E poder é
capacidade de agir.
A única maneira que conheço de você possuir a riqueza que deseja
é saber jogar o jogo do dinheiro, dentro e fora de você. É necessário
que aprenda as técnicas e estratégias que apresento neste livro para
165
aumentar os seus rendimentos, para administrar o seu dinheiro e
para investi-lo com eficiência. A definição de insanidade é: fazer
sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes. Certamente,
você já seria rico e feliz se o que está fazendo desse certo. Qualquer
outra coisa que a sua mente invente como resposta não passa de
desculpa esfarrapada.
Detesto ter que dizer isso com todas as letras, mas este é o meu
trabalho. Acredito que um bom orientador sempre exigirá de você
mais do que você exige de si mesmo. Do contrário, por que você
necessitaria de um profissional desse tipo? Como orientador, a minha
meta é treiná-lo, inspirá-lo, convencê-lo e fazê-lo observar, ao vivo,
o que o está impedindo de progredir. Resumindo, usar todos os meios para ajudá-lo a conquistar um nível de vida mais elevado. Se
for preciso, vou despedaçá-lo e reconstruí-lo de uma forma que dê
certo. Farei tudo o que estiver ao meu alcance para torná-lo 10 vezes
mais feliz e 100 vezes mais rico. Se você está atrás de uma Poliana,
eu sou o cara errado. Caso deseje subir de modo rápido e contínuo,
podemos prosseguir.
Sucesso é algo que se aprende. Podemos aprender a vencer em
qualquer coisa. Se você quer ser um grande jogador de golfe, será
capaz de aprender a fazer isso. Se prefere ser um grande pianista,
conseguirá aprender a se tornar um. Se deseja ser verdadeiramente
feliz, terá condições de aprender a ser assim. Se quer enriquecer,
também pode aprender como fazer isso. Não importa onde você
está agora - o essencial é que esteja disposto a aprender.
Uma das minhas frases mais conhecidas é: "Todo mestre já foi um
desastre." Veja um exemplo. Certa vez, um esquiador olímpico
participou de um dos seminários. Quando fiz essa afirmação, ele se
levantou e pediu a palavra. Pela sua atitude incisiva, pensei que fosse
discordar veementemente de mim. Ao contrário, ele relatou a todos
os presentes a sua história. Quando criança, era o pior esquiador de
todo o seu grupo de amigos - tão lerdo que às vezes nem o chamavam
166
para esquiar. Então ele decidiu freqüentar aulas de esqui. Todo fim
de semana, acordava bem cedo para ir à montanha. Em pouco tempo,
não só alcançou os mesmos resultados que os seus amigos obtinham
como os ultrapassou. Foi quando passou a se envolver em
competições de esqui e conseguiu um técnico de alto nível. As suas palavras
foram: "Sou um mestre no esqui agora, mas quando comecei era um
perfeito desastre. Harv tem toda a razão. Podemos aprender a ser
vitoriosos em qualquer coisa. Eu aprendi a vencer nesse esporte. A
minha próxima meta é aprender a ganhar no jogo do dinheiro."
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
"Todo mestre já foi um desastre."
Ninguém nasce um gênio das finanças. Toda pessoa rica, inclusive
eu, aprendeu a vencer no jogo do dinheiro. Lembre-se do lema: "Se
eles podem, eu também posso.
Enriquecer não diz respeito somente a ficar rico em termos
financeiros. É mais do que isso: trata-se da pessoa que você se torna, do
ponto de vista do caráter e mentalmente, para alcançar esse
objetivo. Vou lhe contar um segredo que pouca gente conhece: a maneira
mais rápida de ficar e permanecer rico é trabalhar no seu próprio
desenvolvimento. A idéia é você se aprimorar para se transformar
em alguém bem-sucedido. Repito: o seu mundo exterior é apenas um reflexo do seu mundo interior. Você é a raiz, os seus resultados
são os frutos.
Gosto do ditado que diz: "Você leva a si mesmo para todo lugar
a que vai." Se você crescer e se tornar uma pessoa bem-sucedida em
termos de caráter e de atitude mental, será vitorioso de forma
natural em tudo o que fizer. Ganhará o poder da escolha absoluta.
Passará a ter força interior e a capacidade de optar por qualquer área
de trabalho, de negócio ou de investimento, sabendo que será um
sucesso. Essa é a essência deste livro. Quando você é alguém grau
cinco, obtém resultados grau cinco. Mas, caso você cresça e se torne
uma pessoa grau dez, conseguirá resultados grau dez.
167
Preste atenção, porém, neste alerta: se você não fizer o trabalho
interior e, de alguma forma, conseguir ganhar rios de dinheiro, terá
sido provavelmente um golpe de sorte, e é possível que venha a
perder tudo. Por outro lado, caso você se torne uma pessoa bem-
sucedida por dentro e por fora, não apenas fará sucesso como o
manterá, o aumentará e, o mais importante de tudo, será
verdadeiramente feliz.
As pessoas ricas entendem que a seqüência do sucesso é SER,
FAZER, TER.
As pessoas de mentalidade pobre e as que têm uma visão de classe
média acreditam que a seqüência do sucesso é TER, FAZER, SER. Em
sua maioria, elas pensam o seguinte: "Se eu tiver muito dinheiro,
poderei fazer o que quiser e serei um sucesso."
Os ricos seguem um pensamento diferente: "Se eu me tornar uma
pessoa bem-sucedida, poderei fazer o que preciso fazer para ter o
que quero, incluindo rios de dinheiro."
Eis outra coisa que somente as pessoas ricas sabem: a principal
finalidade de enriquecer não é ter toneladas de dinheiro, mas ajudá-lo
a crescer para ser a melhor pessoa que você puder. Na verdade, esta
é a meta de todas as metas: crescer como ser humano. Quando lhe
perguntaram por que todo ano ela muda de personalidade, de
música e de estilo, a cantora e atriz Madonna respondeu que a música é
a sua maneira de expressar o seu eu e que reinventar a si própria a
cada ano a obriga a crescer para se tornar a pessoa que ela deseja ser.
Em suma, sucesso não é um "o que", e sim um "quem". A boa
notícia é que o seu "quem" pode ser treinado e ensinado. Falo por mim.
Não sou perfeito nem estou sequer perto disso, mas, quando penso
em quem sou hoje comparado ao que era há 20 anos, percebo uma
correlação direta entre o "eu e a minha riqueza" (ou a falta dela)
daquela época e o "eu e a minha riqueza" de hoje. Se eu aprendi o caminho do sucesso, você também conseguirá fazer isso. Por esse
motivo, estou no ramo do treinamento pessoal. Sei por experiência
própria que praticamente todas as pessoas podem ser treinadas para
168
vencer. Isso aconteceu comigo e agora sou capaz de orientar
milhares de indivíduos para que eles sejam igualmente vitoriosos.
Descobri outra diferença capital entre as pessoas ricas e aquelas que
têm uma mentalidade pobre: os ricos são especialistas no que fazem.
Quem tem um pensamento de classe média costuma ser apenas
razoável no seu campo de atuação, enquanto as pessoas que possuem
uma mentalidade pobre são inexpressivas na sua área. Você é bom
no que faz? É competente no seu trabalho? Quer um modo
totalmente imparcial de saber? Examine o seu contracheque. Ele lhe dirá
tudo. É simples: para ganhar o máximo, você tem que ser o máximo.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Para ganhar o máximo, você tem que ser o máximo.
Vemos esse princípio em operação todos os dias no esporte
profissional pelo mundo afora. Em geral, os melhores atletas são os que
ganham os maiores salários. São também os que faturam mais
dinheiro com publicidade. Esse mesmo princípio está presente no
mundo dos negócios e das finanças. Não importa se você é
empresário, profissional liberal ou distribuidor de marketing de rede, nem
se você ganha por comissão, se é assalariado ou se vive de rendas de
imóveis, de ações ou de outros investimentos: quanto melhor o seu
desempenho na sua área, mais ganhará. Essa é outra razão pela qual
é obrigatório você se instruir e se qualificar continuamente.
Quanto ao aprendizado, vale observar que os ricos não apenas
continuam a aprender como fazem questão de se instruir com aqueles
que já estão onde eles querem chegar. No meu caso, um dos
fatores que fizeram a maior diferença diz respeito à pessoa que me
ensinou. Sempre optei por aprender com os que são mestres nos
seus respectivos campos - não com quem se diz especialista, mas
com individuos cujo discurso se sustenta em resultados.
As pessoas ricas aconselham-se com individuos que são mais
ricos do que elas. Quem tem uma mentalidade pobre busca orien-
169 tação com os amigos, que, em geral, estão numa situação financeira
tão difícil quanto a sua.
Certa vez, tive uma reunião com um banqueiro da área de
investimentos que queria fazer negócio comigo. Depois de sugerir que eu
realizasse um investimento inicial de milhares de dólares no seu
banco, ele me pediu que lhe encaminhasse os meus demonstrativos
financeiros para que ele fizesse as suas recomendações.
Olhei nos olhos dele e disse: "Desculpe, mas você já não tem esse
histórico? Se você quer que eu o contrate para cuidar do meu
dinheiro, não seria mais apropriado você me mostrar os seus
demonstrativos financeiros? E, se você não for realmente rico, esqueça o
negócio." Ele ficou em estado de choque. Eu diria que ninguém
nunca havia lhe perguntado pelo seu patrimônio como condição
para investir no seu banco.
É absurdo. Se você quisesse escalar o Everest, contrataria um guia
que nunca tivesse chegado ao cume desse monte? Não seria mais
inteligente procurar alguém que já tivesse alcançado o topo várias
vezes e que soubesse exatamente como fazer isso?
Portanto, eu estou, sim, sugerindo que você dedique muita atenção
e energia a aprender continuamente e, ao mesmo tempo, a escolher
com cuidado a pessoa que lhe fornecerá conhecimentos e conselhos.
Se você se instruir com quem não vai bem, sejam consultores,
orientadores ou planejadores, a única coisa que irá aprender é como fracassar.
Da mesma forma como há caminhos para subir o Everest com
êxito, existem rotas e estratégias comprovadas para criar rendimentos
elevados, liberdade financeira e riqueza. Você tem que estar disposto
a aprendê-las e a utilizá-las.
Como parte do método de administração de dinheiro da mente
milionária, sugiro mais uma vez que você deposite 10% dos seus
rendimentos na Conta da Instrução Financeira. Destine esse dinheiro
especificamente a cursos, livros, fitas, CDs ou a qualquer outro meio
que lhe permita se qualificar, seja no sistema educacional formal,
170
seja em empresas conceituadas em treinamento e orientação pessoal.
Qualquer que seja a sua escolha, essa conta lhe garantirá os recursos
necessários para aprender e crescer em vez de ficar repetindo o
refrão das pessoas de mentalidade pobre: "Eu já sei." Quanto mais
você aprender, mais ganhará. Pode acreditar.
DECLARAÇÃO
Eu me comprometo a aprender e crescer o tempo todo.
Eu tenho uma mente milionária! AÇÃO DA MENTE MILIONÁRIA
Comprometa-se com o seu crescimento. Todo mês, leia pelo
menos um livro ou participe de um curso ou seminário sobre
dinheiro, negócios ou desenvolvimento pessoal. O seu
conhecimento, a sua confiança e o seu sucesso agradecerão.
171
"E o que eu faço agora?"
E agora? O que você faz? Por onde começar?
Espero que você tenha gostado deste livro, porém, mais
importante do que isso: desejo que use os princípios que aprendeu para
melhorar espetacularmente a sua vida. A minha experiência diz, no
entanto, que apenas ler não fará a diferença que você está buscando.
Ler é um bom começo, mas, se você quer vencer no mundo real, são
as suas ações que contam.
Na parte 1, apresentei o conceito de modelo de dinheiro. É
simples: esse modelo determina o seu destino financeiro. Para começar
a trocar o modelo que você tem por um que favoreça o seu sucesso
financeiro, não deixe de realizar todos os exercícios sugeridos nos
campos da programação verbal, do exemplo e dos episódios
específicos. E faça também diariamente as declarações sugeridas.
Na parte 2, você aprendeu 17 modos de pensar que distinguem os
ricos das pessoas de mentalidade pobre. Recomendo que guarde na
memória cada um desses "arquivos de riqueza" repetindo todos os
dias as declarações propostas. No fim, você se posicionará diante da
vida e, sobretudo, diante do dinheiro de um modo totalmente
diferente. A partir desse ponto, fará novas escolhas, tomará novas
decisões e obterá novos resultados. Para acelerar o processo, não deixe
de executar os exercícios práticos relacionados no fim de cada um
dos arquivos de riqueza.
Esses exercícios de ação são obrigatórios. Para que a mudança seja
permanente, ela deve ter uma base celular - a programação do seu
cérebro tem que ser refeita. Portanto, você precisa colocar a teoria
em prática. Não basta ler sobre ela, falar sobre ela e pensar sobre ela:
é necessário praticá-la efetivamente.
172 Atente para a voz dentro da sua cabeça dizendo alguma coisa
como: "Exercícios, exercícios - eu não preciso deles nem tenho
tempo para isso." Observe quem está falando: é a sua mente
condicionada. Lembre-se, o trabalho dela é mantê-lo exatamente onde
você está, na sua zona de conforto. Ignore-a. Execute os exercícios de
ação, faça as suas declarações e veja a sua vida decolar.
Sugiro também que você leia este livro do começo ao fim pelo
menos uma vez por mês durante um ano inteiro. "O quê?", deve
estar berrando a voz. "Eu já li tudo, por que tenho que fazer essa
leitura tantas vezes?" Boa pergunta, e a resposta é simples: a
repetição é a mãe do aprendizado. Volto a dizer: quanto mais você estudar
este livro, mais rapidamente os seus conceitos se tornarão naturais
e automaticos.
Como disse antes, eu aprendi a trilhar o caminho do sucesso,
portanto agora é a minha vez de ajudar os outros. A minha missão é
instruir as pessoas e inspirá-las a viver o seu "eu superior", que
é baseado na coragem, no propósito e na alegria, e não no medo, na
necessidade e na obrigação.
Sinto-me verdadeiramente abençoado por organizar seminários,
cursos e outros programas que transformam a vida de muita gente
de maneira rápida e permanente. Fico emocionado por já ter sido
capaz de ajudar mais de 350 mil pessoas a se tornarem mais ricas
e felizes.
A marca da verdadeira riqueza é determinada
por quanto a pessoa é capaz de dar.
- T. Harv Eker
Este livro ensina você a observar o seu modo de pensar e a
desafiar os seus pensamentos, os seus hábitos e as suas ações limitadoras
e prejudiciais com relação ao dinheiro. Começo falando a respeito
do dinheiro porque ele é uma das maiores fontes de sofrimento na
vida das pessoas. Mas também considero um quadro maior. Quando
173
você passar a reconhecer o seu comportamento desfavorável em
relação às finanças, essa consciência se transferirá a todas as áreas da
sua vida.
O objetivo dos princípios que ensino é ajudá-lo a elevar o seu grau
de consciência. Repito: consciência é observar os pensamentos e as
ações para poder agir com base em escolhas verdadeiras feitas no presente, e não na programação passada. Trata-se, como já disse, do
poder de reagir a partir do seu "eu superior". Dessa forma, você pode
ser a melhor pessoa que é capaz de ser e assim cumprir o seu destino.
E sabe o que mais? A essência dessa transformação não diz respeito
somente a você. Tem a ver com todo o nosso mundo, que não é mais
do que o reflexo das pessoas que o constroem. Quando cada indivíduo
aprimora o seu grau de consciência, a consciência de todo o planeta
se eleva - passando do medo à coragem, do ódio ao amor e da escassez
à prosperidade para todos.
Cabe, portanto, a cada um de nós, esclarecer a si próprio para
poder acrescentar mais luz ao mundo.
Se você deseja que a Terra seja de determinada maneira, comece
a ser dessa maneira. Se você quer que ela se transforme num lugar
melhor, passe você mesmo a ser melhor. É por isso que eu acredito
que é sua obrigação crescer até atingir o seu pleno potencial para
criar abundância e sucesso na sua vida. Dessa forma, será capaz de
ajudar os outros e contribuir para o mundo de um modo positivo.
Obrigado por dedicar o seu precioso tempo à leitura deste livro.
Desejo a você um tremendo sucesso e a verdadeira felicidade.
T. Harv Eker
174
Agradecimentos
Escrever um livro parece ser um projeto individual, mas a
verdade é que, quando se pretende que ele seja lido por milhares, quem
sabe até milhões de pessoas, isso requer o trabalho de toda uma
equipe. Em primeiro lugar, agradeço à minha mulher, Rochelle, à
minha filha, Madison, e ao meu filho, Jesse. Obrigado por me
proporcionarem o espaço necessário para realizar o que me propus a
fazer. Também quero agradecer aos meus pais, Sam e Sara, assim
como à minha irmã, Mary, e ao meu cunhado, Harvey, por seu amor
e apoio ilimitados. Toda a minha gratidão ainda a Gail Balsillie,
Michelle Burr, Shelley Wenus, Robert e Roxanne Riopel, Donna Fox,
A. Cage, Jeff Fagin, Corey Kouwenberg, Kris Ebbeson e a toda a
equipe da Peak Potentials Training por seu trabalho e dedicação
à tarefa de dar uma contribuição positiva à vida das pessoas, além, é
claro, de fazer da Peak Potentials uma das empresas de
desenvolvimento pessoal que mais crescem em todo o mundo.
Obrigado ao meu brilhante agente editorial, Bonnie Solow,
por seu permanente auxílio e incentivo e por me guiar pelos
meandros da área editorial. Outro grande agradecimento à equipe da
HarperBusiness: ao diretor Steve Hanselman, que teve a visão deste
projeto e lhe dedicou tanto tempo e energia; ao meu maravilhoso editor, Herb Schaffner; ao diretor de marketing, Keith Pfeffer; e ao
diretor de publicidade, Larry Hughes. Agradeço especialmente aos
meus colegas Jack Canfield, Robert G. Allen e Mark Victor Hansen
por sua amizade e permanente apoio desde o começo do projeto.
Finalmente, sou profundamente grato a todos os participantes
dos meus seminários, ao pessoal de apoio e aos parceiros da Peak
Potentials. Sem vocês, não haveria seminários de mudança de vida.
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